05 - Telefone

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Meu Deus...

Hayun encara seu professor, Jimin, enquanto ele fica lá sorrindo para ela. Ela espera que a raiva em seus olhos disfarce o rubor quente que ela pode sentir se espalhando por suas bochechas. "Eu realmente não acho que isso seja apropriado, senhor," ela diz zombeteiramente e cruza os braços. Jimin joga a cabeça para trás e rir das palavras dela, fazendo seu cabelo vermelho se mexer atraentemente e cair em seu rosto. Ela quer tanto tocá-lo.

Menina má, você não pode pensar nessas coisas!

"Vamos, relaxe," ele responde tentando mostra em seguida o seu ponto para pedir por isso. "Nós vamos nos ver muito fora da escola e eu não quero ter que te chamar de Srta. Kim o tempo todo."

Hayun se recusa a reconhecer isso, em vez disso, bufando: "Acho que você tem algo que me pertence."

Fingindo um olhar surpreso, ele retruca algo como: "Eu?" Hayun revira os olhos como resposta e estende a mão impaciente na direção dele, batendo o pé e insistindo que ele parasse de agir como um idiota e devolvesse o seu celular. Jimin enfia a mão no bolso e tira de lá um familiar aparelho azul, mas decide não o entregar de volta para sua dona tão facilmente. "Ah, isso?"

Quando ela tenta pegá-lo, Jimin o tira do alcance dela e o enfia no bolso de trás da calça novamente. "Ei!" ela grita com ele furiosa e sem paciência para suas brincadeiras.

Como resposta para a mudança de humor dela, Jimin faz um beicinho triste e fofo. "Você não está sendo um pouco rude? Acho que vou mantê-lo comigo."

Por que ele está fazendo isso comigo?!

"Eu vim até aqui para pegá-lo, apenas me devolva," ela rosna com raiva enquanto estende a mão novamente.

Jimin finge pensar nisso por alguns minutos e então responde: "Não."

"O que?"

Ele caminha despreocupadamente em direção à cozinha, deixando sua atitude despreocupada bem clara para ela. Vê-lo se afastar como se ele não se importasse com o mundo, faz algo dentro dela estalar. Tão rápida quanto seus pés podem faze-la correr, Hayun ataca o homem arrogante ruivo como um touro furioso.

Os olhos de Jimin ficam insanamente arregalados quando ele ouve passos vindo em sua direção e olha por cima do ombro para encontrar Hayun vindo correndo na sua direção como um carro sem freio. "Puta que..." ele exclama de repente, e então dispara pelo dormitório como um foguete com sua aluna maluca seguindo seus calcanhares.

Hayun, por outro lado, não para pra pensar em quão ridícula é a situação enquanto persegue seu professor risonho pela casa. É óbvio como ela não está familiarizado com o espaço, pois Jimin evita agilmente mesas, luminárias e vários imóveis enquanto ela bate e tropeça repetidamente nas coisas. Ele consegue obter um pouco de vantagem sobre ela, pulando sobre o sofá e correndo para a cozinha, mas Hayun atravessa através da porta e desliza pelo piso do chão, e de alguma forma consegue impedi-lo de ir na direção da porta que leva ao corredor. Jimin começa a recuar e correr para o outro lado, onde ela novamente desliza habilmente na frente dele. Ele está preso na cozinha agora, parado enquanto considera suas opções de fuga.

No rosto de Hayun agora há um sorriso louco, como o sorriso de um caçador após encurralar sua presa. "Devolve o meu celular," ela ordena, para o qual Jimin balança a cabeça em negação. Toda vez que ela dá um passo à frente, ele recua, até que suas costas estejam contra a geladeira. Ela não tem certeza do por que ele está fugindo dela; ele poderia facilmente dominá-la se tentasse. Afastando o pensamento, ela estende a mão pela terceira vez e o leva a agir. "Devolve o meu celular," Hayun força novamente entre os dentes cerrados.

"Não."

"Sr. Park!" ela grita o repreendendo.

"É Jimin," ele a corrige enquanto rir da situação que os dois se encontravam. Ele estava adorando tudo isso.

"DEVOLVE. O. MEU. CELULAR."

"Srta. Kim, há uma multa de $15 dólares para telefones confiscados durante..."

Hayun não o espera terminar de se explicar e se lança contra ele, enfiando a mão no bolso onde se encontrava seu celular porque, tempos desesperados pedem medidas desesperadas. Ela ignora o fato de que está basicamente apalpando seu professor enquanto vasculha os bolsos dele, mas é uma questão de vida e morte. Entretanto, seus bolsos traseiros estavam totalmente vazios.

Como? Eu o vi guardando no bolso.

"Hayun..." ele rir divertido, tentando parar as mãos delas que percorria toda sua bunda. Ela desvia das mãos dele e decide mudar sua caça ao tesouro para os bolsos da frente, porque ela sabe que seu telefone está ali em algum lugar. Enquanto ela cava ao redor, seus dedos roçam algo. "Hm... Cuidado onde você está tocando, querida," Jimin exclama sem fôlego. "Você não quer começar algo que não pode terminar."

Com os olhos arregalados, Hayun retira suas mãos imediatamente de onde estava tocando com os olhos arregalados, segurando a mão contra o peito. Merda, ela não queria tocar em nada importante lá embaixo! É então que ela percebe que era o seu celular. Seus olhos se iluminam ao ver o aparelho familiar e então sua mão vai rapidamente na direção dele, mas Jimin é mais rápido e o pega novamente, levantando o pequeno objeto acima da cabeça dela. Mesmo que ele não seja muito alto, ele é alto o suficiente para que ela não possa alcançar o celular sem ficar na ponta dos pés. Seu peso se inclina para frente até que ela esteja levemente descansando contra o peito de seu professor enquanto se esforça para pegar o que lhe pertence. Ela está tão perto. Foi uma longa batalha, mas está quase no fim.

"Eu irei deixar a multa de $15 dólares passar," Seu sussurro a choca com o quão perto ambos estão. Ela olha para ele e percebe o quão pequena é a distância entre eles dois. Centímetros. Não, algo ainda menor do que isso. Tão perto que a respiração quente dele ainda roça em sua boca. A surpresa com a aproximação faz com que Hayun perca o equilíbrio e se incline para frente, ficando pressionada contra ele. Ele não tenta ajudá-la a se equilibrar. "Eu também irei deixar passar o assedio contra mim, mas você terá que me pagar com outra coisa," Jimin murmura com os seus olhos escuros e um sorriso sugestivo inclinando os cantos de seus lábios carnudos que ela simplesmente não consegue parar de olhar. Eles parecem um pouco diferentes a essa distância, mais como se fossem firmes em vez de macios. E eles estão meio brilhantes, o que faz o estômago dela revirar de uma maneira estranha que ela nunca sentiu antes. "O que você pode me dar, Srta. Hayun?" ele sussurra no ouvido dela.

Saia daí.

Vá embora.

Desapareça.

"Nada," ela retruca firme e bate a mão no rosto dele, enquanto se afasta do homem muito atraente que também é seu professor, use sua cabeça, Hayun! O ataque repentino no rosto de Jimin fez com que ele soltasse o celular que estava em sua posse enquanto ele resmungava sobre algo (provavelmente xingando Hayun por ter batido no seu rosto) e tentava respirar sob sua mão que estava segurando sua bochecha dolorida. Hayun aproveita a oportunidade perfeita e pega o seu celular, antes de sair correndo da cozinha, gritando a plenos pulmões: "TAEHYUNG!"

"Ei!" Jimin grita de repente, dessa vez era ele que estava correndo atrás dela.

Ela começa a fugir de volta para o quarto de seu irmão e enfrenta o homem assustado, agarrando-se a ele como um coala. Jimin vem correndo segundos depois, expressando uma estranha mistura de irritação e diversão. Hayun se esconde atrás de seu irmão mais velho e observa seu professor da sua zona de segurança.

"O que você fez, Hayun?" Taehyung pergunta em um gemido medroso.

Entretanto, Jimin não faz questão de deixá-la responder. "Ela me assediou sexualmente e me deu um tapa!" ele declara estupefato e furioso. "Ela enfiou as mãos nos meus bolsos e me apalpou!"

O que?!

"Hayun...?" Taehyung se vira para ela com um sorriso malicioso e orgulhoso enorme no rosto. "Minha inocente batatinha fez isso?"

"Eu peguei o meu telefone, Obrigada, Taehyung. Eu te vejo mais tarde!" ela grita com pressa, aproveitando outra brecha para fugir daquele lugar, deixando seu irmão malvado e seu colega de quarto irritante para trás e sozinhos, enquanto os protestos de Jimin era ouvido por toda vizinhança.

Teach Her [Tradução PT/BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora