Em minha caminhada em direção à praça novamente, ouço de longe um relinchar de cavalo. Não me lembro de animais nessa parte da trilha quando vinha com Phoebe.
Curioso, sigo o barulho até encontrar a fonte, atracado a uma carruagem já conhecida por mim.
— Por que me segues, César? – pergunto, assustando o cocheiro que olhava o horizonte.
— Oh céus! Quase me mata de susto, Príncipe Marius – responde um pouco nervoso – não me entenda mal, não poderia voltar ao rei sem seu filho. Sou muito obediente a ti, mas amo demais minha cabeça para permitir que me cortem o pescoço – ele brinca passando a mão em sua nuca.
— Tudo bem – acaricio a crina do animal ao meu lado sorrindo pelo seu comentário – o que me diz de voltarmos ao castelo juntos, então? Já me cansei de andar, retornarei amanhã.
O homem rapidamente abre a porta da condução e espera que eu adentre para dar partida em nosso retorno.
— Sua coroa está bem protegida em seu assento, majestade — ele faz reverência, após eu subir o primeiro degrau.
Recolho o adorno dourado e ajeito em meu colo depois de me sentar. Já acomodado escuto o cocheiro iniciar o caminho até o castelo.
— Vamos, Pegasus! Em frente – grita o rapaz.
Retorno a olhar a paisagem pela janela, lembrando da belíssima história de amor do cravo e da rosa. Como será que vai o casamento? Quem mais haviam convidado além da família de Patos?
Eu gostaria de ir a um casamento de flores, a julgar pela beleza da Rosa, com certeza teria bom gosto em escolher cada detalhe da decoração. Ou talvez... eu quisesse ser esta flor. Ser amado por outro, independente de meus espinhos e inseguranças. Sei que no fundo este é meu maior desejo.
Não demorou muito tempo para chegar à frente de um enorme monumento que era o castelo real. Para um reino tão afastado, são muito avançados em tantas riquezas.
Agradeço a César por abrir a porta para mim e subo as escadas da entrada, já sendo recebido pelos guardas com referências. Ao entrar no salão do trono vejo uma das serviçais no canto foi o que parece limpando assim de aranha que se formavam nos lugares apertados.
— Com licença – vou até a moça – acabo de chegar do vilarejo e não tive a chance de conhecer o local onde irei dormir.
— Posso lhe mostrar onde são seus aposentos, vossa majestade – após curvar levemente a cabeça em cumprimento, a mulher anda em direção à uma escada fazendo sinais para que a acompanhe.
A espiral de degraus é contínua, chega a cansar qualquer um que utilize. Andar nunca foi um problema para mim até porque tenho costume de andar pelos bosques de Calewia, é bom para a mente.
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Um Príncipe Para O Príncipe
RomanceMarius Mansel é o príncipe herdeiro do trono do reino de Calewia. Um pintor maravilhoso que ama seu povo com todo o coração. Consegue ser gentil mesmo com toda sua riqueza e faz o possível para conquistar a amizade de toda população de sua terra. Ma...