2. Park Jae

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- P-por favor Sr.Park, eu juro para o senhor que foi somente isso então p-por favor, poupe minha v-vida. E-eu tenho uma filha de 6 anos para terminar de criar. Isso nunca mais irá se repetir.

- Você tem razão, isso nunca mais irá se repetir.

- M-muito obrigado Sr.Park, e-eu...

- Tirem ele daqui e terminem o serviço, tenho coisas para fazer.

- Entendido senhor.

- NÃO, POR FAVOR SENHOR, EU IMPLORO...

Saio daquele lugar nojento e abafado, pego um cigarro e o acendo, meu segurança/motorista e meu braço direito Min-jun coloca meu terno sobre meus ombros e abre a porta do carro para eu poder entrar.

- Vamos para a loja xxxxx. - Digo soltando a fumaça do cigarro.

- Senhor, tem certeza que é mesmo está loja que deseja ir? Vejo que é uma loja de roupas somente femininas. - Min-jun diz olhando pra mim sobre o retrovisor interno.

- O endereço está correto. Kim me disse que queria uma coleção nova que chegou e tem somente nesta loja por enquanto. Você a conhece Min-Jun. - Respondo olhando pela janela.

- Entendi senhor.

Sou Park Jae, líder de uma máfia, presidente de uma empresa e também dono de uma boate bem famosa de Seul. Sou um homem digamos que muito ocupado. Uma das coisas que mais odeio é gente que tenta me enganar.
Vivo essa vida desde meus 13 anos quando meu pai disse que eu tinha talento para ser um gangster, claro que não aceitei por escolha minha, mas não queria desapontar meu pai. Mesmo com todas as merdas que ele fazia, ele ainda sim se preocupava com a família e não queria que eu morresse por aí por culpa da vida que ele levava. Então ele decidiu me treinar e me ensinar tudo sobre as coisas que ele fazia, ele era temido por muitos por seu histórico.

Meu pai depois de uns anos conseguiu manter uma certa quantia de mafiosos ao seu lado, isso fez com que depois de falecer eu não ficasse sobrecarregado com o fardo que ele criou a anos atrás. Eu tinha 25 anos quando ele se foi, minha mãe já estava doente antes disso acontecer, mas 3 meses depois ela decidiu se juntar a ele. Eles se conheceram quando ela ainda era uma menina, o amor entre eles era tão forte que se tornou em uma temida ligação que acontece entre alfas e ômegas, para eles isso não era problema, mas por conta da ligação perdi meus pais quase que ao mesmo tempo, sem ter uma pausa para me recuperar da perda do meu velho.

6 anos depois aqui estou eu terminando de criar minha irmã Kim, que é a única família que me restou, ela nasceu quando eu tinha 14 anos, ela tinha somente 11 quando nossos pais se foram. Tive que ser forte o bastante para não deixa-la triste mais do que ela já estava, não queria que ela pensasse que estava sozinha, então cuidei dela e a protegi até agora, óbvio que isso não vai mudar, irei protege-la até meu último dia de vida.

Chego na loja e pergunto a atendente que veio até mim com um grande sorriso em seu rosto.

-Posso ajudá-lo senhor?

- Gostaria de saber se ainda tem peças da coleção xxxx. - Digo olhando para meu celular lendo a porra do nome da coleção que Kim quer. A culpa é minha por mima-la tanto.

- Temos sim. O senhor quer dar uma olhada?

- Vou querer estas da foto com essas numerações. - Viro o celular para a atendente ver quais peças me refiro.

- Muito boa escolha. Sua filha vai amar. - Diz a mulher saindo para buscar as peças.

Nem perco meu tempo de explicar para a mulher que se trata da mimada da minha irmã e não de uma filha.
Se passa um tempo e a mulher volta com as sacolas com as roupas embrulhadas.

-Deseja mais alguma coisa senhor?

- Quero saber quanto que ficou tudo isso. - Digo acenando com a cabeça para Min-jun e ele rapidamente entende e pega as sacolas.

- Só um momento. - A mulher pega o celular para calcular os preços. - Fica 1.051.236,78 Wons senhor (equivalente a 4000 mil reais).

- Vou pagar com o cartão. - Digo irritado pegando minha carteira do bolso.

A mulher se curva agradecendo e eu saio da loja indo em direção ao carro. Digo a Min-jun para dirigir até em casa, irei entregar as coisas para Kim antes de ir para a empresa.
Assim que abro a porta ouço Kim descendo correndo as escadas toda alegre e soltando feromônios.

-O que eu já disse sobre soltar feromônios quando Min-jun estiver por perto. - Kim com 12 anos se manifestou como ômega, esse também é um dos motivos de eu ser bem "sensível" sobre ela.

- O que que tem? Min-jun irá se casar comigo quando eu fizer 20 anos, é bom para ele ir se acostumando com meu cheiro. - Desde pequena ela adora o Min-jun e sempre deixou claro que quando crescesse irá se casar com ele, é óbvio que isso me deixa irritado mas não é culpa de Min-jun, afinal ele me ajudou muito com ela quando meus pais faleceram.

- Min-jun é um alfa, você sabe que seus feromônios é difícil para ele, não sabe? - Digo tentando demonstrar calma. - Olha, trouxe a roupa que me pediu mas antes me obedeça e desfaça desses feromônios.

- Tudo bem. - Diz revirando os olhos.

Olho para Min-jun e ele está olhando para o lado tampando seu nariz, percebo que ele está corado. Eu não sou idiota ao ponto de não saber que é recíproco os sentimentos dele pelos de Kim, sei que ele a rejeita e finge não se importar por minha causa.

-Min-jun, pode sair se estiver com dificuldades. - Digo voltando a atenção para Kim.

- Sim Sr.Park. - Ele sai e fecha a porta rapidamente.

- Por quê provoca-lo desse jeito? Saiba que ele é um homem e acima de tudo um alfa. Você é só uma adolescente de 17 anos com hormônios a flor da pele. - Digo olhando para ela e com uma voz firme para que ela entenda que estou irritado com sua atitude ridícula e sem noção.

- Desculpe Jae-oppa. - Ela diz com a cabeça abaixada.- Minha intenção não era provoca-lo, só queria chamar a atenção dele. Oppa sabe que eu gosto de Min-jun de verdade não sabe? - Termina levantando a cabeça e me olhando com olhar de cachorro abandonado.

- Eu não vim aqui para discutir com você sobre Min-jun. Eu estou atrasado por causa dessas suas roupas, só vim deixá-las para você. - Entrego as sacolas para ela.

-Muito obrigada Jae-oppa, eu te amo. - Ela sorri radiante e me abraça. Acho que é por esse sorriso que Min-jun deve ter se apaixonado.

- Eu preciso ir. Não me espere acordada, voltarei bem tarde. - Acaricio sua cabeça e quando ela solta o abraço, desço a mão para seu rosto. - Me ligue se precisar de alguma coisa.

Me viro para ir até a porta e Kim me chama.

- Não tá esquecendo de nada? - Ela diz com um sorriso sapeca em seu rosto. Já imaginava que era sobre isso.

- Se cuida minha riqueza. - Kim tem o nome com o significado de ouro, nossos pais a chamavam de "minha riqueza". E para não deixar ela esquecer desse apelido caloroso que eles a deram, desde que meus pais se foram eu peguei esse desafio para mim. Então sempre me despeço dela desta maneira.

- Obrigada pelas roupas Jae-oppa. Tenha um bom trabalho. - E com aquele sorriso ela se despede de mim.

Ao sair de casa ouço meu celular tocar, olho para tela e vejo que são os encarregados de cuidar e organizar a minha boate. Deve ser sobre a vaga de garçom em aberto.

*Atendo a ligação.*

XX- Chefe?

Park Jae- Algum problema?

XX- Senhor, a vaga de garçom foi preenchida.

Park Jae- Ótimo. Deixo o restante com vocês.

XX- Mas tem um problema chefe.

Park Jae- Que tipo de problema?

XX- O ômega contratado tem um porte grande e forte, mas seu rosto é muito delicado e bonito. Será que os clientes irão reclamar sobre o corpo?

Park Jae- Como assim grande porte?

Entre Ômegas e Alfas Onde histórias criam vida. Descubra agora