Capítulo XXI

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Haviam se passado alguns dias de calmaria desde que o Kazekage foi salvo. As coisas em relação a Akatsuki pareciam ter dado uma acalmada. Zetsu desistiu de tentar fazer a sua "irmã" obedecer, visto que não obteve sucesso nenhuma única vez.

Hiyori acordou ao ouvir uma música suave, ao abrir a janela notou alguns pássaros cantarolando nos galhos de uma árvore na frente de seu quarto. Depois que a preguiça saiu do corpo, foi até o banheiro, se despiu e tomou um longo banho quente.

Enquanto sua mente estava meio aérea, começou a se lembrar de flashes do seu passado, a imagem de seus irmãos eram nítidas, e o sorriso deles ficaram gravados em sua memória. Um sorriso se formou em seu rosto ao imaginar como seria reencontrá-los um dia.

De alguma forma, quando estou com o Naruto e o Sasuke, eles me lembram os filhos do meu irmão Hagoromo, Indra e Ashura, me pergunto se de alguma forma eles ainda vivem dentro deles dois. Quando eles nasceram, um tempo depois da okasan ser selada, eu não tive muito tempo para conhece-los. Não demorou muito até eu ter o mesmo fim da okasan, por sorte, eu ainda estou viva. Será que tem algum propósito nisso? Eu vivi tanto tempo atrás, e agora estou aqui. — Pensou ela

Depois de se arrumar, foi até a cozinha tomar o café da manhã que seu pai havia lhe preparado. Em cima da mesa ela encontra um bilhete escrito " Tenha um bom dia, Kakashi ".

Ao ler, sorriu e sentiu seu coração ser preenchido com esse pequeno gesto de carinho. Enquanto comia, ouviu leve batidas em sua porta, tão leves que se não tivesse uma boa audição, passaria despercebido.

— Hina chan, é você? — perguntou antes de abrir.

— Como você sabe? Duvido que estaria usando o byakugan de manhã cedo. — Brincou.

— É que você é tão delicada, que parece que está batendo na porta com uma pena. — Diz rindo e abrindo a porta para a amiga.

— Eu não sou tão delicada assim. — toca a ponta dos dedos um no outro.

— Verdade, e eu tenho 15 anos. — Hiyori responde em tom de brincadeira.

Hinata por um momento a olhou confusa, e só depois lembrou que sua amiga era um pouco, MUITO, mais velha do que aparenta ser.

— Mas não é como se você fosse tão madura Hiyori chan. — encarou.

— Clarou que não, eu estava a mimir dentro de uma pedra por uns 1000 anos. — riu e deu um sorriso amargurado.

As duas ficaram conversando por um tempo, e Hiyori contou para ela tudo que tinha acontecido durante a viagem, desde as lutas, até os momentos mais íntimos com Neji, Hinata que bebia um suco, o cuspiu ao ouvir a menção " Nós nos beijamos ".

— O-o que? — diz envergonhada.

— Eu que deveria estar envergonhada. — cora. — Mas foi isso mesmo que você ouviu.

— Eu nunca imaginei, o Neji nii San dessa forma. — diz impressionada. — Mas, como foi?

— F-foi muito bom. — tosse falsa.

Hinata soltou uma risada ao perceber que Hiyori estava tão envergonhada, e ficou provocando ela perguntando mais e mais detalhes.

— Se você não parar, vou começar falar do Narutinho. — Hiyori deu uma risadinha perversa, enquanto esfragava as mãos uma na outra como se estivesse tramando algo.

— N-naruto kun? Por que? — se fez de desentendida.

— Talvez porque alguém fique observando um garoto loirinha as escondidas. — sorriu maliciosamente.

— Xiuuu, ninguém pode ouvir isso. — diz cobrindo o rosto de vergonha com um travesseiro.

— Não tem ninguém aqui boba. — puxa o travesseiro dela.

Depois de mais um tempo de conversa, elas tinham colocado todo o assunto em dia, eram ótimas amigas, e se davam muito bem juntas, era inegável o amor da amizade das duas, e sempre ficavam muito feliz quando estavam uma com a outra.

Já era quase meio dia, Hinata voltou para casa, e Hiyori decidiu ir caminhar um pouco e ir até o hospital mais uma vez visitar Gaara, ela não deixou de visita-lo um dia se quer. Ao chegar lá, falou com a recepcionista, e pediu para visita-lo.

— Ele deve ficar muito feliz com uma amiga tão atenciosa. — a recepcionista sorri para Hiyori.

— Eu espero que sim. — diz num tom gentil.

Ela correu até a sala, e ao ver ele acordado, seu sorriso foi de orelha a orelha. — Você acordou. — correu até ele.

— Hiyori. — Sorriu.

— Você parece muito melhor. — da um leve abraço nele e se senta na poltrona ao lado.

— Eu estou, obrigado por terem me salvado, significa muito pra mim, eu pensei que estava tudo acabado. — suspira.

— Imagina, somos amigos não somos? — diz ela calorosamente.

— Claro que sim. — diz feliz.

O chakra do Shukaku foi quase totalmente drenado, mas uma pequena parcela ainda estava dentro de Gaara, o que era um alívio. Depois de ter convivido tanto tempo com o Shukaku, não seria tão fácil se despedir.

Mesmo que ele tivesse feito muito mal ao Gaara, ainda assim salvou sua vida várias vezes.

Meu irmão Hagoromo criou as bestas de caldas ao dividir o chakra da Juubi ( 10 caldas ) e solta-las pelo mundo. Por muito tempo os humanos usaram tais chrakras como armas, ou melhor, tentaram, quase nenhum humano era realmente capaz de controla-las. Cada uma delas tem seu próprio nome e próprio poder, elas também têm sentimentos assim como nós, o que a Akatsuki está fazendo com elas, é inadmissível. Se a Okasan não tivesse sido levada pela ganância de querer mais e mais poder, talvez o mundo hoje estivesse realmente em paz. A cada dia que passa, minhas lembranças ficam cada vez mais frescas na minha memória, é como se fosse ontem que tudo aconteceu. — Pensou ela.

— Planeta terra chamando. — Gaara estala os dedos tentando chamar atenção.

Ela o olha de repente um pouco atordoada, e percebe que estava com a cabeça nas nuvens.

— Desculpe, desculpe, estou aqui. — riu baixinho.

— Quer me contar o que se passa em sua cabeça? — ele pergunta preocupado.

— Só estava lembrando de umas coisas, nada demais, obrigada por se preocupar comigo. — ela sorriu carinhosamente.

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