"Inesperado" | Lena Luthor & S/N

Capítulo Nove

Lena...

Já fazem alguns meses que eu e a Ana estamos trabalhando juntas no projeto Nonathiery. Durante esse tempo, percebi o quanto ela é especial. Tão doce, alegre, linda... e extremamente inteligente! É difícil acreditar que uma pessoa só possa ter tantas qualidades.

"Tá, confesso... estou desenvolvendo sentimentos por ela. E, ao longo desses meses, passamos por momentos complicados. Existe uma tensão entre nós, e, em algumas ocasiões, quase nos beijamos..., mas, no final, sempre aparecia alguém no momento errado."

[...]

Agora, com essa história de Lex atrás dela, estou apavorada. Sei do que ele é capaz para conseguir o que quer. O fato de Ana ser uma espécie de bruxa só piora a situação. Se ele a quer, isso significa que algo muito ruim está por vir, e muitas pessoas podem sair feridas no processo.

Acho que essa viagem para a Irlanda será boa para mim. A última vez que estive lá, eu tinha apenas 4 anos e minha mãe morreu afogada. Talvez seja o momento de descobrir mais sobre ela. Nem me lembro de como ela era — minha única lembrança vem de fotos antigas. O fato de Lilian ter me incentivado a saber mais sobre minha mãe biológica me deixa ainda mais intrigada.

[...]

Antes de Ana sair da L-Corp hoje, ela comentou que teria uma consulta amanhã. "Será que ela está doente?" — tentei não me meter, mas a preocupação ficou na minha mente.

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DIA SEGUINTE

Acordo após uma noite horrível de sono. Ultimamente, venho sonhando muito com minha mãe. "Quase não admito, mas sinto tanto a sua falta."

Levanto, faço minha higiene matinal, tomo um banho e me arrumo para o trabalho. Normalmente, não tomo café da manhã em casa, mas hoje decido fazer diferente. Vou até a cozinha, pego um pedaço de torta de limão da geladeira e sirvo um café preto sem açúcar.

Como decidimos ir para a Irlanda de última hora, preciso deixar tudo organizado na L-Corp, então não posso perder tempo e vou direto para a empresa.

[...]

Já são 13h e, mais cedo, recebi uma mensagem da Ana dizendo que teve um imprevisto e chegaria mais tarde. Desde então, não recebi mais nenhuma notícia.

[...]

Agora são 16h48, e ainda nada da Ana. Ela sempre me avisa quando não pode vir, mas hoje, além da mensagem pela manhã, não tive mais nenhum sinal dela. Isso me deixa com uma sensação ruim.

Vou até a mesa da minha secretária e peço que envie alguém para verificar se Ana está bem em casa. Poderia ir eu mesma, mas o que eu diria? "Oi, Ana, estou preocupada e vim ver se está tudo bem." Não, melhor não.

[...]

Poucas horas depois, chega a notícia de que uma jovem cientista foi sequestrada enquanto estava em uma clínica de fertilização. Os sequestradores apagaram a mãe da mulher, amarraram-na e a abandonaram em uma rua deserta.

TV...

Horas depois de ser deixada em uma rua deserta, a mãe da vítima, uma mulher de 42 anos, acorda desorientada e sai à procura de ajuda. Um morador local a encontra e liga para a polícia. Ela conta o que aconteceu, e a busca pela jovem Ana Diaz começa.

[...]

Meu desespero só aumenta. O sequestro da Ana não foi aleatório, tenho certeza de que Lex está por trás disso. Mas o que ele quer tanto com ela?

Kara e os outros entram no meu escritório com expressões sérias, claramente já sabendo do que aconteceu.

— Foi o Lex. — digo, andando de um lado para o outro, nervosa.

— Se acalma, Lee. Vamos encontrá-la. — Kara me abraça ao ver meu desespero. — Você gosta dela, não é? — Minha resposta é apenas um aceno.

— Precisamos ir até a clínica onde ela foi sequestrada. Talvez haja algum rastro de energia lá — Jonh sugere, e todos concordamos.

— Mas o que ela estava fazendo lá? Você sabia se ela queria ser mãe? — Sonhadora pergunta, me olhando curiosa.

— Na verdade, não... nunca conversamos sobre isso.

— Então vamos? — Alex apressa o grupo.

— Eu posso ir com vocês?

— Melhor não, Lena. Se Lex estiver lá, ele pode usar isso contra você... e acabar machucando a Ana para te atingir. — Kara tenta me proteger.

— Está bem... mas, por favor, tragam ela de volta! — minha voz falha e sinto um nó na garganta. Uma lágrima ameaça cair.

— Caramba, você realmente gosta dela!

— Muito... eu gosto mesmo.

— Então vamos garantir que você a terá de volta. — Jonh diz, saindo pela janela.