Capítulo Treze

254 18 0
                                    

Lena...

Acordo no dia seguinte em um quarto que não é meu, mas de alguém muito especial. Viro a cabeça e vejo Ana, linda, dormindo tranquilamente em suas roupas íntimas, abraçada a um travesseiro. A cena é tão adorável que um sorriso bobo escapa dos meus lábios.

Levanto-me com cuidado para não a acordar e vou direto para o banheiro. Tomo um banho rápido e, sem escova de dentes, uso o enxaguante bucal. Enrolo-me na toalha e vou procurar algo no armário de Ana que me sirva. Encontro uma calcinha boxer e uma camiseta de uma banda mexicana super grande—O que seria um RBD? Penso em perguntar assim que ela acordar.

Já vestida, decido preparar um café da manhã. Na cozinha, faço ovos mexidos com bacon, suco de laranja, café preto para mim, iogurte e algumas frutas. Preciso repor as energias, afinal, na noite anterior, fizemos amor novamente. Com tudo pronto, coloco a comida em uma bandeja e volto para o quarto. Ana ainda dorme profundamente.

Coloco a bandeja no criado-mudo e ajoelho-me ao lado dela, dando um beijo suave em sua bochecha.

— Bom dia, meu anjo! — sussurro.

Ela se espreguiça lentamente, sorrindo de olhos fechados.

— Bom dia... Que horas são? — pergunta com a voz sonolenta.

— São 10h15 da manhã.

Ana arregala os olhos, assustada.

— Tá brincando, né?

Faço que não com a cabeça, sorrindo.

— Mi Dios! O que você fez comigo, Lena? Nunca acordo tão tarde! — Ela se agita na cama, e eu começo a rir do pequeno surto dela.

— Calma, Ana, está tudo bem. Uma vez não mata. Fiz café da manhã para te recompensar pela noite maravilhosa de ontem. — Dou-lhe um beijo suave e coloco a bandeja sobre a cama.

Ela se senta, os olhos brilhando ao ver a comida.

— Você fez isso tudo?

— Fiz.

— Lena Luthor fez um café da manhã para mim, e eu nem estou machucada? Isso é muita coisa para processar. — Ela pega o suco e dá um gole.

— Bom, foi você quem tomou a iniciativa, Senhorita Diaz. — Selo nossos lábios com um beijo, sentindo o sabor doce da laranja.

Ana cora, mesmo depois de tudo que aconteceu entre nós.

— Não me olhe assim! — ela diz, meio envergonhada.

— E por que não?

— Porque, se continuar, não vamos sair desse apartamento hoje, e eu tenho que trabalhar. Minha chefe é bem exigente, sabe? — Ela começa a comer as frutas, mas tudo o que faz parece muito sensual para mim.

Pego uma uva e, provocando, passo pela boca dela até ela mordê-la, selando nossos lábios em seguida. O beijo começa a ficar mais intenso, mas ela interrompe de repente, olhando para a camisa que estou usando.

— Espera aí, essa camisa é minha?

— É sim, desculpa! Tem problema eu estar usando? — Pergunto, um pouco envergonhada.

— Problema nenhum. Você está na minha casa, no meu quarto, na minha cama e com minhas roupas. Parece um sonho perfeito. — Ela sorri e me puxa para mais um beijo.

— Está bem, chega! Acho que a L-Corp precisa da presidente, e eu tenho contas para pagar. — Ela diz, brincando.

— Ah, entendi... Você não quer ficar comigo. — Faço um biquinho, fingindo tristeza.

— Para, Lena! Claro que quero! — Ela ri da minha cara de falsa tristeza. — Lenaaa! Para! — Ana segura meu rosto com as duas mãos, e eu sorrio, satisfeita. — Garota, é por isso que eu te amo.

Ana se cala de repente, percebendo o que acabou de dizer. Seus olhos arregalam, e ela vira o rosto, um pouco surpresa com as próprias palavras.

— Espera, o quê? Pode repetir? Você não planejava dizer isso, né?

— Nope. — Respondo, sorrindo. — Mas... wow.

— Wow mesmo. Eu também te amo, Diaz. — Nos beijamos novamente, em um gesto cheio de paixão e ternura.

---

Mais tarde, na L-Corp

Já é noite, e ainda estou na L-Corp, terminando de revisar e assinar alguns documentos. Jess já foi embora há horas, e Ana também. Ela teve que sair mais cedo hoje. Desde o tempo em que ficou nas mãos de Lex, Ana tem sentido dores de cabeça, tonturas, náuseas e dores intensas nos lugares onde deveriam ter cicatrizes, mas não há marcas—graças ao seu DNA de bruxa. Alex insistiu para que ela fosse até a Torre e fizesse um check-up completo.

Estamos todos preocupados. Sabemos que Lex ainda deseja algo de Ana, mas ainda não temos certeza do que ele está tramando. De alguma forma, ele apagou todas as evidências de seus experimentos, como se nunca tivessem existido. Ana não se lembra de muito do que aconteceu enquanto estava com ele, e a última coisa que quero é traumatizá-la ainda mais.

Mas preciso saber... algo crucial sobre o que Lex fez com ela.

"Inesperado" | Lena Luthor & S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora