"Inesperado" | Lena Luthor & S/N

Capítulo Vinte Um

O oceano se apaixonou
pelo céu...
Mas ele sabia que nunca
ficariam juntos
Até que um dia uma gota
caiu do céu
Desde então,
é na chuva que eles se
AMAM

Ana...

Eu sabia que estava prestes a enfrentar um dos maiores desafios da minha vida. Mas, não importa o que me custasse, eu protegeria esse bebê das garras de Lex Luthor. Não deixaria que ele usasse a vida que carrego dentro de mim para seus propósitos sombrios.

Sentia meu corpo inteiro formigar, como se pequenos choques percorressem minha pele, à medida que ouvia aquela voz. A voz de Lex, fria e calculista, como uma lâmina afiada. Um medo visceral subiu pela minha espinha. Eu podia ouvir meus batimentos ecoando nos ouvidos.

— Não leve para o lado pessoal, querida, mas você está carregando algo que me pertence. — Lex disse, seus olhos predadores focados em mim, como se eu fosse apenas uma peça em seu jogo.

Ele apontou para minha barriga, ainda lisa, mas eu sabia o que aquilo significava. Coloquei minhas mãos protetoramente sobre o ventre, sentindo um calor de fúria misturado à fragilidade do que estava por vir.

— Nem pense nisso, Lex! Ele nunca será seu, seu maldito! — Minhas palavras saíram com um veneno que eu mesma não sabia que tinha.

Lex sorriu, um sorriso frio e cruel. — Você virá comigo, querida, e esse bastardo será muito útil. Ele tem um propósito muito maior do que você pode imaginar. Pena que a mãe seja tão cabeça dura para colaborar.

Meu estômago revirou de nojo. Eu não era apenas uma "mãe" para ele; para Lex, eu era um meio para um fim, um experimento ambulante.

— Então é isso? — murmurei, sentindo minha raiva e minha magia crescendo dentro de mim. — Tudo isso... só para roubar meus poderes? — Minhas mãos começaram a formigar. Cada célula do meu corpo estava vibrando, como se toda a energia presa dentro de mim estivesse pronta para explodir.

Ele me puxou pelo braço com força, arrastando-me até a rua, onde um carro preto aguardava. O céu estava carregado de nuvens, e a escuridão começava a envolver a cidade, como se refletisse a batalha que se aproximava. O cheiro de chuva iminente misturava-se ao meu pavor.

Mas algo estava mudando dentro de mim. Sentia a energia crescer, a cada segundo ficando mais forte, como se uma tempestade estivesse se formando em meu interior. E então, eu soube. Eu tinha o poder. Eu podia lutar.

Com um movimento rápido, puxei meu braço de volta, encarando Lex diretamente nos olhos. — Você quer magia, Lex? Então é magia que você vai ter! — gritei, sem pensar duas vezes.

Libertei tudo o que tinha, toda a magia que borbulhava dentro de mim, em uma explosão de luz azul. A energia irradiou de mim como uma onda devastadora, iluminando a rua escura. O impacto da explosão foi tão forte que me jogou para trás. Meu corpo estava exausto, enfraquecido pela descarga.

Quando finalmente consegui abrir os olhos, a rua estava deserta, exceto por uma coisa: uma fenda. Uma ruptura no ar, como se a própria realidade tivesse sido rasgada pela força da minha magia.

— O que... o que eu fiz? — murmurei, sem fôlego, o pânico se espalhando em meu peito.

Eu sabia que precisava sair dali. Agora.

Com o que restava da minha energia, concentrei-me e usei minhas últimas gotas de magia para abrir um portal. Não sabia exatamente para onde ele me levaria, mas qualquer lugar era melhor do que ali, à mercê de Lex.

Antes de desaparecer completamente, o último vislumbre que tive foi de Supergirl e os SuperAmigos. Eles estavam ali, a alguns metros de distância, seus rostos cheios de choque e espanto. Eu os vi. Eles me viram. E então, eu fui sugada pelo portal.

O mundo ao meu redor desapareceu, e tudo ficou escuro.

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Fim