Capítulo 20. Minha Festa de Aniversário Sofre Uma Sombria Reviravolta

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O restante do verão pareceu estranho de tão normal. As atividades diárias prosseguiram: arco e flecha, escalada na pedra, equitação com pégasos. Jogamos captura da bandeira (embora todos evitássemos o Carpo de Zeus). Cantamos em torno da fogueira, disputamos corridas de bigas e pregamos peças nos outros chalés. Passei bastante tempo com Uriel e brincando com a sra. Isabella, mas ela ainda uivava à noite quando sentia muita saudade do antigo dono. Sina e eu estávamos sempre perto um do outro, mas nunca muito perto. Eu ficava feliz quando estava com ela, mas isso doía um pouco, e doía quando não estávamos juntos também.

Eu queria falar com ela sobre Cronos, no entanto não conseguia mais fazer isso sem tocar no nome de Josh. E esse era um tema que eu não podia trazer à tona. Ela me dispensava todas as vezes que eu tentava.

Julho se passou, com fogos de artifício na praia no Quatro de Julho. Agosto foi tão quente que os morangos começaram a assar nos campos. Finalmente, chegou o último dia no acampamento. O formulário padrão apareceu em minha cama depois do café da manhã, advertindo-me de que as harpias da limpeza me devorariam se eu ainda estivesse ali depois do meio-dia.

Às dez horas eu estava no topo do Cerro Metade-Homem, à espera da van que me levaria para a cidade. Providenciei para que a sra. Isabella ficasse no acampamento, onde ela seria cuidada conforme Quíron me prometera. Uriel e eu nos revezaríamos visitando-a durante o ano.

Eu esperava que Sina fosse comigo para Sundance Square, mas ela só veio se despedir. Disse que combinara de ficar no acampamento um pouco mais. Cuidaria de Quíron até que a pata dele estivesse completamente recuperada e continuaria estudando o laptop de Dédalo, que a mantivera ocupada nos últimos dois meses. Depois iria para a casa do pai, em Tacoma.

— Vou para uma escola particular — ela disse. — Provavelmente, vou odiar, mas — Ela deu de ombros.

— É, bem, então me ligue, o.k.?

— Claro — ela disse com certa frieza. — Vou ficar atenta para o caso de

Lá estava ele de novo. Josh. Ela não conseguia nem pronunciar o nome dele sem abrir uma imensa caixa de dor, preocupação e raiva.

— Sina — eu disse —, qual era o final da profecia?

Ela fixou os olhos na floresta a distância, mas não disse nada.

Descerás na escuridão do labirinto infinito — recordei. — O morto, o traidor e o perdido reerguidos. Erguemos muitos mortos. Salvamos Tony Salisbury, que veio a ser um traidor. Erguemos o espírito de Pã, que estava perdido.

Sina sacudiu a cabeça, como se quisesse me fazer parar.

Ascenderás ou cairás pelas mãos do rei espectral — pressionei. — Este não era Minos, como pensei. Era Xzavier. Ao escolher ficar do nosso lado, ele nos salvou. Da criança de Atena, a defesa final este era Dédalo.

— Noah

A destruição virá quando o último suspiro do herói acontecer. Agora faz sentido. Dédalo morreu para destruir o Labirinto. Mas qual era o último

E perderás um amor para algo pior que morrer. — Sina tinha lágrimas nos olhos. — Este era o último verso, Noah. Está feliz agora?

O sol de repente parecia mais frio.

— Ah! — eu disse. — Então Josh

— Noah, eu não sabia de quem a profecia falava. Eu eu não sabia se — Ela gaguejou, impotente. — Josh e eu durante anos ele foi o único que se importou de verdade comigo. Eu pensei

Noah Urrea e os Olímpicos: O Combate da Complicação [4] Onde histórias criam vida. Descubra agora