CAPÍTULO 3

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Acordo sentindo muita dor na cabeça

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Acordo sentindo muita dor na cabeça.

Estou num lugar que não reconheço, um quarto pequeno e branco, com duas portas e uma cama de solteiro, onde estou deitada. Procuro na memória minha última lembrança e só me vem o momento em que aquele subordinado ordenou que eu entrasse na casa de Rômulo Guimarães.

Devo estar na casa dele. Eles se aproveitaram do meu apagão.

Sinto como se novamente tivesse batido a cabeça, mas agora essa dor latejante vem do lado esquerdo. Passo a mão atrás da cabeça, sinto uma coisa colada, talvez um curativo mal colocado, em seguida a tentativa de me sentar falha devido a tontura.

"Por que me trouxeram para cá?

Não pode ser para me ajudar."

Ele me tratou tão mal! Me humilhou e ainda me colocou para fora como um saco de lixo.

Quando sair desta casa, não terá perdão para ele. Irei expor Rômulo Guimarães para que todos saibam como ele trata seus funcionários e os familiares destes; direi que ele negligenciou a morte do meu pai e quando o procurei, ele me humilhou.

Sento novamente e mesmo com a tontura, permaneço na posição, esperando que ela passe e assim possa me levantar a fim de sair daqui.

Ao menos não estou presa a nada.

Espero alguns segundos e a tontura passa, mas volta ao me levantar. Eu me apoio na parede até conseguir me equilibrar e assim chego na porta. Está escuro fora do quarto, mas ainda existe uma luz que vem de fora e entra por algumas janelas de vidro.

Ando pela sala à procura de uma saída, uma caminhada sofrida onde a cada passo sinto como se alguém acertasse minha cabeça com um martelo, por isso, dou passos pequenos.

Depois de alguns passos, minha cabeça dói muito. Fecho os olhos, apertando-os e respiro fundo. Contenho as lágrimas, pois a dor é intensa a ponto de me fazer chorar.

Com a dor amenizada, abro os olhos e vejo um par de chinelos na minha frente, pernas, e quando ergo a cabeça, vejo um homem de pijama. É o homem que mais cedo insistiu para que eu entrasse na casa.

— É melhor a senhorita voltar para a cama, ainda não parece estar nada bem — ele fala como se importasse com alguma coisa.

— Eu vou embora. — Tento desviar dele, mas estou muito tonta para isso, então me desequilibro e não consigo me soltar do móvel onde me apoio.

— Eu vou te ajudar a voltar para a cama. — Ele segura meu braço e tento me soltar, mas não consigo.

— Eu quero ir embora.

— A senhorita não pode ir embora agora, é meia-noite.

O senhor me vira para outra direção e segurando em meus ombros, me leva de volta para o quarto. Ando de olhos fechados, apertando-os, devido a dor e ando a passos pequenos.

A namorada Falsa do MilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora