CAPÍTULO 5

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Já levaram a bandeja vazia e agora estou aguardando a digestão, ainda dentro do mesmo quarto

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levaram a bandeja vazia e agora estou aguardando a digestão, ainda dentro do mesmo quarto. Eu me sinto uma prisioneira.

— Doutor, ela está aqui nesse quarto. — Abrem a porta e o médico entra. Um homem de meia idade, forte e baixo, com cabelo grisalho e pele branca se aproxima com uma maleta na mão.

— Bom dia.

— Bom dia — respondo sem sair da posição em que me encontro.

"Péssimo dia!"

Colocam uma cadeira na minha frente e ele se senta nela.

— Sou o doutor Alves.

— Linda. — Aperto a sua mão.

— Como se sente, Linda?

— Com muita dor de cabeça, tontura... — Coloco a mão em cima do curativo que fizeram.

"Também sinto raiva, ódio e sede de justiça."

— Eu vou te examinar e vamos ver o que podemos fazer para que melhore mais rápido. — Ele abre a maleta e tira alguns equipamentos.

O doutor anota meu nome completo, minha idade na ficha, afere minha pressão, olha a cor da minha pele, temperatura, verifica minha visão e, por fim, chega ao curativo.

— Tenho uma notícia boa e uma não tão boa.

— Diz as duas de uma vez — peço desanimada.

— O ferimento não foi tão grande, também não é grave, mas precisaremos cortar algumas mechas de cabelo que estão próximas a ele, para melhor cuidar da ferida.

— Tá bom. — Eu não me importo muito. — Quando a tontura e a dor vão passar?

"Eu quero sair logo daqui."

— Eu vou passar alguns medicamentos que vão ajudar com a dor e a vertigem, mas você deve se alimentar bem, também.

— Eu vou voltar para minha casa.

Ele mexe na minha cabeça, no meu cabelo e sinto quando corta a mecha, porque puxa um pouco no lugar do machucado e dói.

— Vai sim, quando estiver melhor.

Esse médico só pode ser mais um trouxa, subordinado do monstro, por isso nem adianta falar nada que ele não vai me ouvir, nem me ajudar.

Ele faz o curativo e me dá os medicamentos. Nada diferente dos que tomamos por conta.

Tomo na mesma hora.

— É melhor se deitar de lado — o médico orienta.

Toco no curativo e deduzo que tem um tufo grande de cabelo faltando na minha cabeça. Tento esconder com os fios que restam e prendo com uma presilha.

— Já estarei bem mais tarde? — pergunto antes do médico sair.

Estou aflita com isso.

Ele sorri.

A namorada Falsa do MilionárioOnde histórias criam vida. Descubra agora