— Aqui é lindo... - digo olhando para a vista do parapeito daquele enorme prédio, um dos maiores prédios daquela grande cidade, o ar aqui em cima era mais escasso — é bom para se jogar daqui - digo colocando um pé na frente.
— Eu sei... - ela diz olhando para mim, olho para a mesma e sorrio... — Deveríamos chamar o Mark - ela sorri para mim e rimos juntos daquilo.
— Obrigado por me salvar... - digo voltando a minha postura e só olhando a paisagem — Nunca irei esquecer de você, Collins.
— Foi bom te ver novamente, Grandão - ela diz, assim que olho para a mesma mais uma vez, ela some no ar.
— Aly? - escuto a voz da May atrás de mim, ela segurava uma câmera que tinha ganhado de Natal do meu pai, junto com uma carta: Para a minha filha do coração e em breve, Mary Lewis.
— Oi, meu amor - digo saindo da beirada e andando até a mesma, toco na barriga dela e a beijo — Aqui é lindo...
— Sim, perfeito pra tirar uma foto - ela diz animada e sinto nossos pequenos se mexendo — Quer tirar uma foto?
— A foto da nossa alma - digo sorrindo — Prefiro lhe admirar do que tirar uma foto - os meus cabelos voavam com o vento, a mesma fica na ponta dos pés e tenta prender eles.
— Eu amo cuidar deles - ela diz prendendo o mesmo em um elástico preto — Vem, prometo que será só uma foto - ela diz pegando em minha mão e me levando para um banco onde dava pra ver pelo vidro atrás de mim.
Me arrumo da forma que a minha fotógrafa pede para tirar a foto, que tira me mostra com um enorme sorriso em seu rosto.
A beleza da Mary era como olhar para um anjo esculpido, ela em si era toda perfeita, seus cabelos ruivos fazia a minha mente viajar em um passeio onde me levava a imaginar eles sendo desenhados pelas mãos de um grande artista.
— Pessoal? - chega o Mark atrás da gente, seus cabelos agora tão grandes me fazem pensar em uma piada.
— Tá imitando o meu penteado? - brinco e o mesmo estira seu dedo do meio para mim e oferece um pouco da pipoca que estava em sua mão.
— A Nora avisou que vocês estavam aqui - ele diz comendo mais — Aqui realmente é lindo.
— Eu sei, a May me pediu pra ser modelo dela aqui por isso - digo dando uma piscadela para o Mark e ele revira os olhos.
— Vai tirar fotos de alguém bonito de verdade, né ruiva? - pergunta o mesmo com ciúmes e sorrio.
— Claro, por que não? - ela responde, procuro a Karol e vejo a mesma com algumas embalagens térmicas de café.
— Vocês já viram a altura daqui? - pergunto olhando para o Mark.
— É baixinha - ele diz olhando para a parte de baixo, e em questão de segundos vejo o mesmo ficando igual um papel — Eu vou na lanchonete lá embaixo... Eu esqueci de pegar a mostarda do cachorro quente...
— Que cachorro quente? - pergunto vendo o mesmo andando rapidamente.
— Também esqueci de comprar ele - ele diz acelerando passando pela Karol e beijando a bochecha dela — Eu encontro vocês lá embaixo, eu acho que a minha pipoca está estragada...
— Por que acha isso? - pergunta a Karol me fazendo sorrir.
— Minha barriga está embrulhada, minha visão está turva, é... Tá anoitecendo rápido demais - diz o Mark andando rapidamente para o elevador — Tô indo lá embaixo vomitar.
— Ele ainda não admite que tem medo de altura, né? - pergunto e a May sorri me abraçando.
— Trouxe um belo chá vermelho para a ruiva grávida e um café expresso para o loiro - ela diz entregando para gente as embalagens térmicas de café.
— Obrigado - digo sorrindo tocando mais uma vez na barriga da May, as crianças se agitavam um pouco mais ao meu toque, me deixando fascinado.
— Assim eles não vão me deixar tirar mais fotos ou tomar meu chá, amor... - diz a May me olhando com um sorriso.
— Ei, vocês dois - digo me agachando e falando com a barriga da May —, deixem a mamãe de vocês descansar um pouquinho, depois brincamos mais - escuto uma risada da Karol se sentando, me levanto e beijo a May
— Tá virando um pai bem coruja - diz a mesma — Vocês dois estão, o primeiro filho de vocês.
— Eu já tenho um filho, Karol - digo e a May me abraça tomando seu chá — ele não está aqui, mas eu tenho, esses aqui, são nossos primeiros filhos, e sou mesmo coruja, não vou deixar nada machucar eles.
— Eu sei disso - ela fala sorrindo e a mesma tira seu celular do bolso — O Evans dá ligando, perguntando se a gente não vai.
— Fala que já estamos indo - digo vendo a May sorrindo, como eu amo esse sorriso, como eu amo essa vida... E pensar que tudo começou com o vazio de uma solidão que se transformou em meu tudo, me faz pensar o quanto Sarah Collins é importante para mim... Eu sempre te amei Collins, obrigado por me dar permissão de lhe conhecer e lhe amar mais ainda...
Fim
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A foto da sua Alma
RomanceSarah Collins uma jovem que com seus dezessete anos, junto com seus melhores amigos, Mark Evans, um garoto prodígio que é muito novo, e Karol Miller, uma garota forte que é considerada uma das melhores alunas de seu curso, está cursando medicina em...