Capítulo Três

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Allyson Lewis

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Allyson Lewis

Dois meses depois

Às vezes eu só queria fugir do mundo, só queria ficar sozinho… Às vezes sinto saudades até daquele folgado na minha casa.

Pego as minhas coisas na mesa do refeitório, onde todos estavam comendo. 

— Algum problema, Allyson? - pergunta a Sarah, que estava sentada ao meu lado. Ela toca na minha coxa e aperta levemente — Aconteceu alguma coisa?

— Não, tá tudo bem - digo beijando a sua bochecha. Nesses últimos dias confesso que estou criando um bom relacionamento com a Sarah, não posso me apegar a isso.

Nem todas são iguais, mas todos podem me machucar novamente, e me usar… Por que todas são assim?

— Tem certeza? - pergunta a Karol ao seu lado. O Luke olhava pra mim com uma certa preocupação, ele parecia conseguir ler o que eu estava sentindo naquele momento.

— Tenho sim - digo arrumando a minha mochila nas costas, dou um selinho na Sarah e vejo todos naquela mesa ficarem um pouco surpresos por conta daquele ato. Ando até o Luke, fazemos um aperto de mãos, e digo em seu ouvido — Prometo que tudo vai dar certo, não precisa se preocupar dessa vez - digo para o Luke, que solta um leve sorriso,  soltando minha mão do seu aperto.

A Sarah continuava olhando para mim, ela parecia querer entender o que tava acontecendo. Como faço pra ela não perceber que sou um completo vazio, que não posso lá no fundo entregar para ela uma coisa que não possuo mais?

Começo a sentir a minha respiração falhar, e os olhos arderem, solto um pequeno sorriso para o Luke, e ando praticamente correndo para o estacionamento da faculdade, abro o meu carro, jogando a minha mochila para a parte de trás e começo a bater no volante do meu carro, olho para o espelho e me pergunto.

— Quem é você? Quem me tornei? - pergunto olhando para o retrovisor, sabendo que aquele Ally de dois anos atrás não existe mais, tudo culpa daquela bruxa… E minha mesmo, por permitir que ela voltasse pra minha vida. Grito para o retrovisor com raiva de mim mesmo, assim que fico sem ar, coloco a minha cabeça no volante, tudo que eu quero é paz.

Ligo o meu carro e começo a dirigir sem rumo. As ruas de Vancouver estavam praticamente sem trânsito, conseguia dirigir tranquilamente. Paro em um semáforo e olho para o carro à minha esquerda, vejo um casal feliz como se tivessem descoberto um novo mundo, talvez tenham mesmo.

Olho para o semáforo e vejo que ainda demoraria pra abrir, olho para direita e vejo um carro grande com uma família totalmente feliz, não entendo como o meu desejo em ter aquilo um dia morreu, assim como consigo sentir inveja daqueles dois carros. 

Queria saber se um dia irei ter alguém, pertencer a essa pessoa, e essa pessoa ser minha por igual, ter um dia em casa crianças correndo. Mas isso nunca vai acontecer, essa merda de amor não existe, e se existir… eu sou completamente amaldiçoado de não conseguir ter esse sentimento, só queria fazer essa dor parar.

A foto da sua AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora