Entre rosas e guitarras [ Taekook ]

Capítulo doze

Jeongguk estava paralisado e sem saber o que fazer, pois o seu coração estava acelerado, seu estômago se revirava com o bater das asas das borboletas e as suas mãos tremiam ansiosas.

Seus olhos estavam presos na figura de Taehyung, mas não sabia o que fazer, se fosse abrir a boca não tinha o que falar, se fosse dar um passo que fosse poderia ir para o chão, pois as pernas estavam trêmulas. Tudo o que lhe restou foi respirar fundo, desviar o olhar e engolir a seco, porque estava sem palavras e sem reação.

Mas Taehyung parecia ansioso por alguma resposta ou ação, então esperou pacientemente por alguns segundos a mais, até acabar segurando a mão do menor. Movido por um impulso, apenas deixou um beijo no dorso, observando as bochechas de Jeongguk vermelhas, mas aquele sorriso bobo que estava brotando nos cantos dos lábios dele acabou dizendo tudo o que precisava saber.

— Como você é piegas. — resmungou Jeongguk, abaixando a cabeça e soltando um riso sem graça, seus pés chutando uns raminhos de grama. — Fica criando climas românticos.

— Eu sei que você gosta. — falou Taehyung, puxando o menor pela cintura e o prendendo em seus braços, ouvindo o riso baixo dele.

— Na verdade, eu odeio. — provocou o menor, tendo que ficar nas pontas dos pés para ao menos tentar ficar na altura de Taehyung. — Mas posso me acostumar com isso.

— Será que se acostuma? — retrucou o mais velho, rindo fraco pelo tapa que ganhou e aproveitou para segurar na mão de Jeongguk novamente, levando o braço dele até acima dos seus ombros. — Eu acho que não.

— Mas eu vou me acostumar sim. — resmungou o Jeon, revirando os olhos e arfando baixo ao sentir Taehyung pegando-o no colo. — Me coloca no chão, idiota.

— Obrigado por me trazer aqui. Sinto que um enorme peso saiu das minhas costas e aliviou até mesmo o meu coração colocar tudo para fora. — agradeceu Taehyung, beijando a bochecha e depois a testa do Jeon, ouvindo o baixo suspiro dele ao se aconchegar no seu colo.

— Eu só fiz o que pensei que seria certo. — sussurrou Jeongguk, beijando a bochecha do maior também e apertando as pernas ao redor da cintura dele, mordendo o lábio inferior. — Ninguém fez isso por mim, pois tive que fazer sozinho, mas eu quis fazer por você.

— E eu sou grato por me ajudar assim. Eu não sei o que seria de mim sem você, Tilim Tim. — confessou o Kim, se afastando do lago do local, indo até um banco de madeira para poder se sentar. — Não tenho palavras para dizer o quão leve estou me sentindo e o quão bom foi ter essa sua ajuda.

— Piegas, piegas e piegas. — resmungou o menor, fazendo uma careta e negando com a cabeça, pois já estava mais do que acostumado com esse lado do mais velho, principalmente quando surgia de repente ou cheio de uma melosidade grudenta.

— Por você eu sou mesmo. — brincou o Kim, suspirando aliviado e não se sentindo como algumas horas antes, pois estava se sufocando no velório da própria mãe, mas agora tudo se acalmou e o furacão se tornou águas pacíficas de um mar sem agitação, fluía como paz. — Eu sou eternamente piegas por você.

— Desisto. — rendeu-se Jeongguk, fazendo uma careta e levantando as mãos em rendição, pois não aguentava mais, mas lá no fundo adorava. — Vamos embora.

( † )

O plano de entrarem sem chamar a atenção foi completamente em vão, pois os pais de Jeongguk se encontravam na sala assistindo algum filme na televisão que os dois mais novos nem prestaram atenção.

Sabiam que estavam sendo observados, mas Jeongguk apenas segurou na mão do Kim e o puxou em direção as escadas, as mãos se entrelaçando de modo automático, mas não deixando de fazer ambos os corações saltarem no peito, iniciando aquela faísca cheia de expectativa e segredos.