🎸 Capítulo cinco ( reescrito )

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Jeongguk chegou em casa não querendo conversar com ninguém, mas sabia que dessa vez a sua mãe estaria vindo atrás e ao cruzar a porta do seu quarto mesmo que em silêncio, já ouviu os passos no corredor.

— O que aconteceu? Que barulho era aquele? Jeongguk, onde você estava?

As perguntas foram mais como bombas em um ataque, se Jeon Naomi fosse uma mina, com certeza estaria explodindo a casa toda com essa enxurrada de perguntas. Jeongguk não sabia o que responder, pois ainda estava processando o que havia acontecido na loja de discos e guitarras, o seu coração ainda estava desenfreado e a respiração acelerada.

— Filho, você está bem? — sussurrou a mais velha, fechando a porta e se aproximando do menor, tocando as mãos dele com cuidado. — Você está gelado.

— Mãe, eu acho que beijei o Taehyung. — confessou o menor, literalmente jogou outra bomba na usina nuclear que a sua mãe havia criado no seu quarto. — Só… não sei o que deu em mim, apenas beijei ele, mas…

— Calma, Jeongguk. — pediu Naomi, puxando o filho para cama e se sentando, fazendo-o se sentar também e então tocou o rosto dele. — Me explica isso.

— Eu fui andar para espairecer um pouco e aliviar o estresse do dia, então fui até a cafeteria para beber um café, ele apareceu lá e… — Jeongguk parou de falar, franzindo as sobrancelhas ao se questionar mentalmente se estava sendo seguido pelo mais velho. — A gente começou a conversar enquanto tomávamos um café, mas então eu quis ir para a floricultura como a vovó fazia, mas ele não deixou e me levou para a sua loja.

— E então vocês se beijaram? — perguntou a mais velha, vendo como o filho parecia desesperado e agoniado, como se tivesse cometido um homicídio.

— Não! Ele colocou um disco da banda Kiss para tocar na vitrola, mas então aquele idiota começou a cantar a primeira faixa do disco, se aproximando de mim e eu acabei empurrando ele assustado. — disse afobado, buscando o colo da mãe para se acalmar e sendo bem acolhido pelo carinho da mais velha, sentindo o cafuné em seu cabelo. — Só que daí você ligou, foi depois de eu dizer que estava indo embora e encerrar a ligação que algo estranho aconteceu, porque eu nunca fui corajoso, mas acabei sendo para beijá-lo.

— Filho, por que está agindo como se cometeu um homicídio e escondeu o corpo da vítima? — perguntou Naomi, suas sobrancelhas se franzindo e rapidamente encarou os olhos do filho com curiosidade. — Você se arrependeu de ter tomado coragem e beijado ele? É isso que está te atormentando agora?

— Eu não sei. — respondeu sincero, sua expressão mudando de afobada para uma confusa, pois não pensou na questão se tinha ou não se arrependido, apenas sentiu que deveria de fugir como um bom covarde que sempre foi quando se trata de sentimentos tão profundos e desconhecidos.

— Então quando você souber a resposta me conte, sim? Estarei aqui para te ouvir e te acolher. — falou a Jeon mais velha, afastando o filho do seu colo e se levantando, deixando um beijo na testa dele. — Um conselho agora, não fique se privando tanto, precisa sair e conhecer pessoas.

Jeongguk não respondeu a nada do que a mãe disse, apenas fez uma careta e cruzou os braços acima do peito, naquela típica expressão de quem não se agradou com o que ouviu, exatamente como a sua mãe costuma fazer com o seu pai quando ele reclama.

— Tenha uma boa noite, filho. — desejou Naomi, acenando para o filho e se retirando do quarto dele, deixando-o com os seus próprios pensamentos confusos. — E não é que o danado do Taehyung conseguiu mesmo.

[ • 🎸 • ]

Duas semanas se passaram desde que ocorreu aquele momento tão impulsivo e confuso para Jeongguk, mas mesmo assim as implicâncias continuavam as mesmas.

Entre rosas e guitarras [ Taekook ]Onde histórias criam vida. Descubra agora