Capítulo dezoito

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Notas da autora:

Oi meus anjos!
Passando para avisar que os parágrafos com “ aspas ”, na verdade são diálogos longos e que eu costumo dar continuidade desse jeito.
Boa leitura, babys! <3

( † )


Mais três meses se passaram, tornando tudo cada vez mais especial para Taehyung e Jeongguk, principalmente porque o menor tomou a iniciativa de começar a ir para a terapia, passando com uma psicóloga cujo status era excelente no currículo e por isso se sentiu mais seguro.

Quando Jeongguk comentou com o namorado sobre procurar ajuda referente ao seu passado e também os traumas que pessoas ruins causaram no tempo de escola, Taehyung rapidamente o apoiou e disse que estaria acompanhando-o nas sessões com a psicóloga, porque queria que o menor se sentisse seguro para de abrir.

No início Jeongguk ficava acanhado nas sessões com a psicóloga, passava pelo menos duas vezes ao mês, pois a doutora Lee Sarang achou melhor para que o menor pudesse se sentir mais à vontade e tranquilo. Jeongguk contou como era estudar na sua antiga escola depois que passou a crescer, tendo algumas turmas que faziam bullying consigo e às vezes o maltratavam, jogando-o em latas de lixo e o chamando de dentuço.

Às primeiras sessões Taehyung acompanhou o namorado na sala da psicóloga, mas depois do segundo mês Jeongguk disse que entraria sozinho e por isso o mais velho ficava do lado de fora, foi difícil, mas não impossível, por isso mais uma vez Taehyung estava na sala de espera do consultório da doutora Lee.

Jeongguk estava sentado no sofá, suas pernas juntas de modo tímido e as mãos brincando com a jaqueta de couro marrom que pegou emprestada do namorado e nunca mais devolveu-lhe. A doutora Lee estava observando as ações ansiosas do menor, preparando dois cafés com uma dose fraca de adoçante e então o serviu com educação, se acomodando na cadeira atrás da sua mesa.

— Como está se sentindo, Jeon? — perguntou após um tempo de silêncio, atraindo a atenção do menor e acabou sorrindo acolhedora. — Quer retomar ao passado hoje?

— Acho que vai ser bom, pelo menos desabafar mais um pouco com alguém que não seja os meus pais, porque sinto que preciso de um norte. — respondeu o menor, bebendo um gole de café e aprovando o sabor, se ajeitando no sofá corretamente. — Vamos retomar de quando eu falei que sofria bullying, talvez isso tenha me tornado alguém traumatizado para se aproximar das pessoas sem soar rude e ignorante.

— Entendo. — concordou a doutora, deixando o seu café na mesa e avaliando Jeongguk com o olhar, analisando todo o comportamento dele. — Então vamos retomar na sessão passada, onde me revelou sobre as coisas que os alunos faziam na época de escola.

— Sim… bem, eu contei que eles me chamaram de dentuço, às vezes me jogavam em latas de lixo ou apenas batiam em mim, principalmente por conta do meu estilo e também a minha… sexualidade. — disse Jeongguk, engolindo a seco e brincando com a xícara de café que estava bebendo. — Eu confesso que isso afetou muito a minha vida social, porque comecei a crescer e me afastar das pessoas, meus pais eram os únicos amigos que eu tinha e às vezes eu me sentia sozinho por pensar que a minha aparência era a causadora do bullying que sofria.

“ Foram muitos anos pensando que talvez eu sendo dentuço ou diferente dos padrões dos meus outros colegas na época de escola, era o que me fazia não ter amigo algum ou nem mesmo alguém de companhia para fazer os trabalhos em dupla ou talvez atividades em turma.

Todos os meus anos na escola foram péssimos, porque os meus colegas de classe faziam bullying com a minha aparência e também meu estilo, fora o meu gosto musical e também os gêneros para livros, filmes e séries, tornando tudo algo mais difícil para mim suportar, porque eu sempre achava que o problema não era as pessoas, mas sim eu era o problema e eles não me aceitavam. ”

Entre rosas e guitarras [ Taekook ]Onde histórias criam vida. Descubra agora