Eles tinham ensaiado os passos de dança de manhã e decidiram voltar para a casa após o almoço. Sam achou melhor ocultar de Eduarda o que ouvi-a dizer em seu sono. Para não atrapalhar aquele momento tão importante de progresso de sua amada.
Mas como uma pedra no sapato aquilo se estendeu por todo o almoço e no caminho de volta para a fazenda. No trote manso do cavalo, enquanto ela descansava a cabeça sobre as costas dele. Sam tomou coragem e falou.
- Você falou o nome do Juliano enquanto dormia.
- O que? - Eduarda se alarmou.
- Disse que precisava dele ou coisa assim.
- Eu não lembro. Eu...
- Tudo bem. Eu imaginava que não lembraria.
- Você ficou chateado? - Ela não tinha sequer percebido o aborrecimento dele.
- Um pouco. - Ele voltou o rosto para ela. - Mas eu sei que você me ama, não é?
- Claro que sim. - Ela beijou as costas dele, apertou seu braço ao redor da cintura do esposo para garantir a ele a veracidade de suas palavras.
- O que me incomoda é que eu vou ter que ser ainda mais dedicado.
- Dedicado?
- Sim, porque você fala o nome de outro depois de uma noite de amor comigo. Algo não está certo, não acha?
- Sam, me perdoe. - Ela ficou sentida.
- Tudo bem.
Eles seguiram em silêncio por mais alguns minutos, mas Eduarda não se sentia convencida pela facilidade de compreensão do esposo. Ele era um homem ciumento, o que houve? Por que ele estava tão tranquilo? Até assoviava despreocupado.
- Eu prometo não falar mais essas coisas sobre o Juliano.
- Você não tem como me prometer nada disso, você fala dormindo, meu amor. - Ele respondeu condescendente.
- Ok, mas eu vou me esforçar.
- Sabe o que eu vou fazer, vou ficar atento enquanto você dorme, quando você falar qualquer coisa feia, como esse nome ridículo. Eu vou te cutucar e te acordar na hora. Vai ser minha nova obsessão.
- Sam, pelo amor de Deus.
- Você não terá sossego, dona Eduarda. Isso é uma promessa. - Ele falou olhando-a de canto de olho. Eduarda sentiu mesmo que a maldita porta do meio seria esquecida e agora seu maior pesadelo seria dormir ao lado desse homem maluco.
***
As preparações para a festa foram feitas à tempo. A fazenda fervilhava de um canto ao outro no entardecer do dia do evento. Eduarda ainda coordenava junto à prima Melissa os últimos detalhes, quando a tia a chamou para vestir-se. Como uma das anfitriãs ela tinha que estar pronta para receber os convidados que já estavam chegando.
É importante contar como estavam dispostas as tendas e também o palco de dança montado especialmente para o evento. À frente do casarão ficaria o estacionamento dos veículos, motos e carros.
Do lado esquerdo do casarão foi empilhado em fileiras um gradil de madeira que fazia o enquadramento de 300 metros quadrados. Talvez fosse pequeno, mas concedia ao evento um aspecto ruralista. Esse detalhe não tinha sido acordado com a secretaria publica que estava organizando o evento.
Foi uma ideia de Tia Leni, que os peões passaram alguns dias fincando no chão. Além dos gradis de madeira formando o que iria ser o quadrado onde aconteceria o evento. Foi montado o palco também de madeira. Tinha pouco mais de 20 metros de largura da direita para esquerda, 1m30 de altura e 5 metros de profundidade.
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Eu Não Devia Amar Você [FINALIZADA]
RomanceA história vai explorar as aventuras romanticas de Sam e Eduarda enquanto ela tenta fazer o hotel-fazenda Estrela se tornar um cinco estrelas sensacional.😎 Espero que vocês possam se divertir e se gostarem divulguem. 👍