Eduarda abriu os olhos depois de sentir que alguém tentava despertá-la. Devia ser Melissa checando pela milésima vez se ela estava ou não bem. Quando abriu, de fato, os olhos contemplou uma imagem que achou ser loucura de sua cabeça.
Ela apertou os olhos de novo, sacudiu a cabeça e se sentou na cama de um salto.
— Sam! – Ele estava sentado na cama ao seu lado. – É você? Eu não estou sonhando?
— Não. Eu estou aqui. – Eduarda desmaiou.
Dez minutos depois de quase matar Melissa e André do coração, Sam conseguiu atravessar a casa em plena madrugada com os dois para acudirem a pobre da Eduarda que tinha desmaiado.
Quando chegaram no quarto ela estava acordando e tentando entender o que tinha acontecido. Melissa começou a checar a pressão. André ainda tinha um sorriso bobo nos lábios.
— Eu sabia que tu não tinhas morrido! Eu sabia!
— Xi! – Sam fechou a porta do quarto. – O Mauricio não pode saber que eu estou aqui.
— Deixa ver? A culpa de tudo é dele? – André perguntou e Sam acenou.
— Como ela está, Melissa? – Ele se aproximou preocupado. Eduarda voltou a se deitar.
— Ela não pode passar por esses aperreios, homem! Você está doido?
— Me desculpa, é que eu estava com saudade. Eu tinha que ver ela, você não tem ideia do que eu passei. Eu ainda estou todo machucado. – Ele levantou a camisa e mostrou o ferimento. Melissa se desesperou.
— Isso está infeccionado. Eu preciso cuidar desse ferimento agora. André vai no meu quarto buscar a minha maleta.
— Tô indo.
—Sam... – Eduarda murmurou esticando o braço na direção dele. Sam se inclinou na direção dela ignorando todas as dores que estava sentindo no corpo. Eduarda pousou a mão sobre o rosto dele, a sua barba vasta e loira. Dava a ele um semblante adoentado.
— Eu estou aqui. Eu estou bem. Eduarda eu sobrevivi. Eu só passei esse tempo longe porque até duas semanas atrás eu não conseguia nem andar. Se não eu tinha vindo antes.
— Onde você esteve? – Ela começou a chorar. Sam não respondeu e apenas a abraçou.
— Já passou.
— Eu achei que você tinha morrido. – Ela falou num choro abafado.
— Não, eu não morri. Você ainda vai ter que me aturar por muito tempo, porque eu sou duro na queda. Pode acreditar. – Ele tentou brincar e segurou o rosto dela com suas mãos. – Eu não podia morrer, Eduarda. Deus não deixou, eu acho. Tenho muita coisa para viver com você. Esqueceu do que falou para mim naquele dia? A gente tem que fazer nossos filhos, ver eles crescerem. Deus não ia me impedir de viver isso.
— Sam... – Ela pegou na mão dele e olhou para Melissa. A prima acenou com a cabeça sorridente. – Eu estou muito feliz que você esteja vivo, porque estava desesperada achando que... – Ela deu uma pausa para respirar. – nosso filho sozinha.
— O que? – Ele olhou para a Melissa e depois para Eduarda. Os olhos verdes dele pareciam esbugalhados
— Não precisa mais se apressar. – Eduarda continuou. – Você já vai ser pai.
Ele demorou a sorrir, ficou dez segundos sério. Mas depois, ignorando a dor e qualquer necessidade de fazer silêncio e deu um salto e um grito.
— MEU DEUS! EU VOU SER PAI!
— Sam! – Eduarda puxou a mão dele e ele se abaixou vibrando pondo a mão na boca para abafar o grito.
— Eu estou muito feliz! Minha nossa! – Ele, então, a beijou e o beijo foi tão apaixonado que Melissa sentiu necessidade de tossir quatro vezes para eles se apartarem.
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Eu Não Devia Amar Você [FINALIZADA]
RomanceA história vai explorar as aventuras romanticas de Sam e Eduarda enquanto ela tenta fazer o hotel-fazenda Estrela se tornar um cinco estrelas sensacional.😎 Espero que vocês possam se divertir e se gostarem divulguem. 👍