Eu Não Devia Amar Você [FINALIZADA]

Capítulo 7 - Vinho de 37

— Duda, você está bem? Duda! DUDA! – Melissa empurrou a prima com força. Ela se desequilibrou do degrau da escadaria.

— Meu Deus, por que essa violência? – Ela se sentou novamente com cuidado.

— Foi o único jeito! Você estava aqui com essa cara parada pro nada. Parece que o HD bugou. Estava pensando no que? – Eduarda se voltou para prima e segurou nas mãos dela.

— Você vai ter que me jurar que não vai contar para ninguém. Se você falar alguma coisa, eu prometo que vou contar para titia que a sua primeira vez com o filho do Antenor.

— Cala a boca! Por que você foi lembrar disso? – Ela olhou para todos os lados. – Se ela descobre que foi com aquele garoto, ela me mata e vai atrás do pobre do rapaz lá no Canadá. Você sabe que ela odeia a família dele.

— Eu vou falar, estou te avisando, hein. Você vai guardar segredo?

— Prometo, juro por Deus que não conto a ninguém. – Ela ficou com tanto medo que realmente ativou no cérebro o baú de segredos de estado.

— Sam e eu nos beijamos. De novo. Quer dizer a gente quase... ficou. Quer dizer... – Ela cobriu o rosto que queimava e depois abriu um sorriso tão grande. Que Melissa não tinha dúvidas alguma. Ela estava apaixonada.

— Ah, que lindo! E aí me conta, o que aconteceu exatamente?

— A gente ficou conversando através da porta do meio, e aí ele ficou me desafiando, eu não sei o que me deu. Quando eu me percebi estava na porta do quarto dele o beijando.

— E ele? – Eduarda fez um meneio de cabeça. – Tá, ele caiu na sua. Mas me conta por que não foram adiante?

Ela respirou fundo e recordou o que houve horas antes.

Sam correspondeu-a com muita paixão. Ele a beijava de forma insaciável. Tinha uma ferocidade que a deixava literalmente inebriada. Era difícil acompanhar os movimentos dele. Era para ser um beijo, mas ele conseguiu puxar a manga da camisa dela, expondo parte da alça da camisola que ela vestia.

Ela estava perfeita e não usava aqueles pijamas largos que certamente dificultariam qualquer retirada sensual, que ele visualiza em sua mente. O cheiro de loção para a corpo invadia suas narinas. A pele tão macia ao toque de seus lábios enlouquecia mais que tudo. Sam estava pronto para amá-la.

Ele queria beijá-la por inteiro, mostrar toda a sua paixão. A boca não era o suficiente para ele, aquele pequeno espaço descoberto de seus ombros tão pouco. Mas ele se conformou com aquilo...por enquanto.

— Sam. – Ela chamou-o e ele subiu os lábios dos ombros dela até sua boca novamente. Achou que ela queria apenas ser beijada, nada mais que isso. Só que ele não conseguia evitar. A desejava tanto. Se pudesse ao menos não ser tão afobado.

— Está bem. – Ele parou e viu que ela estava sem ar. Literalmente sem ar. Então, compreendeu. Engoliu em seco e segurou o rosto dela com carinho. Acariciando os lábios vermelhos pela pressão dos seus beijos. – Está tudo bem.

— Acho que foi pago a nossa dívida. – Ela disse sem muita convicção. Sam poderia se sentir ofendido porque foi beijado com essa intenção. Mas não era isso que ele queria? Não a provocou de propósito para que seu orgulho fosse totalmente atacado?

Sorriu porque o plano deu certo.

— Sim. Acho que foi pago mesmo. – Ele concordou se inclinando para beijá-la de novo. Agora devagar, sem pressa, nem desespero. Suas bocas se encaixavam tão bem, parecia coisa de novela.