CAPÍTULO 2

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Domingo
18:30hrs

Beatriz

a palavra silêncio, é literalmente desconhecida dentro dessa casa, de verdade.

minha mãe grita de um lado, meu pai pai outro e o igor junto, pra piorar tudo.

Rn: isso não foi eu quem peguei , cara -murmurou-

ele já tinha falado isso umas dez vezes e minha mãe insistindo.

Maria: foi quem então, caralho -gritou-

ela tava com um pino de cocaína, que tinha achado não sei onde e acordou todo mundo, pra descobrir de quem é.

Pk: é meu -gritou abrindo a porta -

ele veio pra perto da minha mãe e pegou o pino, deixando um beijo na cabeça dela.

Maria: como você entrou aqui? -falou cruzando os braços- eu não falo mais nada, não deixa essas suas merdas aqui na minha casa Pedro

Pk: jae po -falou colocando o pino no bolso- amanda tá te esperando na praça

fiquei olhando pra cara dele sem entender, porque a amanda tinha ido pra casa da amiga dela hoje.

Pk: eu te levo -falou me puxando- eu quero meu pudim, Maria

só deu tempo de pegar meu celular e colocar ele no bolso, sai de casa junto dele e vi ele soltar minha mão.

Bea: amanda não foi pra casa da amiga dela? -falei seguindo ele, até um beco-

Pk: é pra me beijar garota, se liga -falou me puxando e eu senti sua mão descer pra minha cintura- você lerda desse jeito, por isso não beija ninguém

Bea: me chamou pra que então -falei batendo no peito dele- é um filho da puta mesmo

ele ficou rindo e beijou minha bochecha, fiquei olhando pra cara dele e fiquei observando ele sorrir.

ele quase não sorria, tinha cara fechada pra todo mundo, e ele não mudou nada, tá chato do mesmo jeito.

Pk: bora sair mais tarde -falou colocando uma trança minha atrás da orelha- pagodinho lá na pista, rapidinho

Bea: não é você que diz , que é compromissado com o trabalho? -murmurei e ele assentiu-

Pk: mas tô livre pra você minha gata -falou me dando um selinho- bora , sem papo de demorar pra se arrumar também

sorri de lado e segurei o rosto dele, esse homem era gostoso demais, puta que pariu.

beijei a boca dele, sentindo o gosto de maconha, misturado com um gostinho de álcool.

senti a mão dele descer pela minha cintura e parar na minha bunda, onde ele apertou e me puxou mais pra perto.

digamos que essa é a segunda vez que a gente fica, a primeira foi ontem, no baile daqui.

me afastei dele quando ouvi um barulho de moto e olhei pra fora do beco, vendo várias passar e acelerar mais.

Pk: vai pra casa -falou me empurrando pra fora do beco- agora

Bea: por que tu acha que manda em mim , que caralho -falei olhando pra cara dele, que olhava para os cara da moto-

Pk: vai logo beatriz, mais tarde a gente resolve -falou e eu virei indo pra casa.

quando eu ia abrir a porta, meu pai abriu e ficou me olhando, de baixo pra cima.

Rn: achei que eu ia ter que te buscar -falou e eu revirei os olhos- revire mesmo, tá doidinha pra ficar sem

entrei sem dar importância e me sentei do lado do Igor, que tava concentrado no jogo da televisão.

deu nem dois minutos e começou os tiros , isso já tava virando rotina aqui.

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