Herdeiros Do Vidigal

CAPÍTULO 08

Segunda
21:30hrs

Pk

eu só queria bater em neguin por causa da demora, namoral, quase certeza que veio pra comer alguém.

vi alguem sair de lá de dentro e vi ele vindo, cruzei os braços e fiquei esperando o outro chegar aqui.

Pk: que demora da porra em -falei e ele veio pra moto sem falar nada- que foi?

Igor: nada, me leva pra praça -falou e eu nem tinha entendido-

até me ligar que era a praça do morro, esperei ele subir e piei rápido, já que tava sem capacete.

tive que pegar atalho porque os cara tava tudo na pista, ia nem dar mole de perder minha bebê.

quando chegou lá, ele desceu indo pra lá  e ainda tinha um povo na praça, mas ele foi pra perto da quadra, onde não tinha ninguém.

Pk: qual foi em maluco -falei sentando na cadeira e vi ele colocar os pino na mesa- se liga, vai ficar usando esses bagulho e vai se foder depois com tua mãe

Igor: fique de boa que isso nem sair daqui vai -falou fazendo uma carreirinha na mesa- tá afim?

Pk: parei com esses bagulho -falei e vi ele cheirar uma de uma vez- vai nessa, tô logo avisando que não levo ninguém pra casa

Igor: deu certo teu bagulho com a bea? -falou e eu olhei logo pra ele- qual foi? acha que ninguém sabe não é?

Pk: mas nem tem bagulho nenhum -falei dando os ombros- foi dois pega só, mas ela tá sei lá

Igor: uma mina que eu ficava no passado voltou, e ela voltou com um filho -falou e depois cheirou outra carreira- na hora pensei que era meu tá ligado, principalmente quando ela disse que a pirraia tinha um ano e dois meses, mas ela disse que não era, aí fiquei na minha cara

Pk: tu gostava dela? -falei e ele parou-

ele ficou um tempo olhando pro nada e voltou a cheirar o bagulho.

já tinha quase dado uma overdose nele, mas quem disse que o filho da puta para?

já dei várias ideia, disse que esse bagulho não era da hora pra ele e tudo mais, mas entra por um ouvido e sai pelo outro.

Igor: sei lá, tanto faz também -falou depois de cheirar outra carreirinha- agora eu tô de boa

vi ele encostar na cadeira, mas nem demorou pra gente ver os cara avisar do toque de recolher.

a gente se levantou e eu levei ele pra casa dele , na boa.

fiquei esperando ele subir na janela e depois ele fechou ela , ri daquilo e quando ia sair, vi a bea indo pra janela dela.

Pk: fugindo de casa bea -falei e ela parou , olhando pra trás- tá aprendendo com seu irmão é?

Bea: ele saiu de casa? -falou e eu ri , assentindo- caralho, não sabia disso, mãe vai adorar saber.

Pk: entrega o cara não, ele foi fazer um bagulho digno -falei e vi ela indo subir- cuidado pra não cair- triz

Bea: vai se foder , garoto -falou abrindo a janela-  cuidado com essa sua moto aí não, vai que você cai e ela quebra toda né, ia ser um favor você parar de fazer barulho com ela

Pk: isso é inveja porque você nunca andou nela ne ? -falei e ouvi a gargalhada dela- eu sei bem como é, mas cuidado pra não morrer sufocada com seu veneno, invejosa

Bea: é muito baixo né? -falou e eu ri- acelerando a moto- nossa, tchau

ri com aquilo e fui pra minha casa, os cara quando pega os outros na rua, fica gritando que chega dá vontade de dar um murro.

coloquei a moto na garagem e entrei dentro de casa, passei no quarto da Ana e mandei beijo pra ela, que sorriu, retribuindo.

fui pro meu quarto e só tomei meu banho , cai na cama e ainda fiquei vendo as coisa no celular , as mensagens de gente que eu nem conhecia, nem visualizava também.

vi uns vídeos da página da comunidade, que só sabia falar da vida dos outros e eu gostava de ficar sabendo, mas se metessem a minha, o bagulho ia ficar pequeno.

depois de um tempinho eu apaguei a luz e fui dormir, tinha nada pra fazer e esse bagulho de recolher, tava chato pra caralho já.