CAPÍTULO 55

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Domingo
10:06hrs

Pk

hoje ia ser a social do rn, festinha em angra, só sei que ia ter bebida pra caralho e eu ia confirmar minha presença querendo ou não.

Pk: dois dias ou mais fora, pega umas roupa da hora -falei passando a mão na cabeça-

Sara: além de ter piolho, fica querendo se meter em assunto que nao é seu -falou arrumando as roupas- certeza que eles não vão me querer lá, nenhum foi com minha cara e nem sei porque você insistiu em ir comigo

Pk: não posso te deixar sozinha sarinha -falei deitando na cama- meus bagulho tá tudo arrumado já, e você nessa

Sara: vou ficar caladinha -murmurou.

ela voltou a arrumar as coisas dela, enquanto eu ficava só olhando, ontem a gente conversou e ela disse que eu não devia ter feito aquilo com a menina, sendo que eu nem machuquei nem nada, so não queria ouvir ela falando o que pensa, sendo que era tudo errado.

Ana que veio falar comigo, amanda tava com raiva de mim por algum motivo e eu nem sabia o por que, bagulho de doido namoral mermo

Sara: conversou com sua irmã? -falou e eu assenti- olha, eu sei que você não machucou a menina, mas aos olhos da sua outra irmã, você deve ter machucado, sei lá, ela também tava errada em falar o que nao sabe de você e ainda mais te deixar aí, sem saber como você tava, agora volta de uma vez ou outra, noiva e querendo saber de você, em noivado ainda

Pk: não ligo não -falei vendo ela dar ar de riso.

Sara: você usou drogas pedro -falou séria- você usou pó, você teve a porra de uma overdose, você por acaso lembra disso? você não quis nem conversar comigo, e foi eu quem te ajudei, entre sua irmã e eu, você ligou pra mim, e cara, ver você daquele jeito, mesmo com pouco tempo de amizade, me doeu muito e eu peço que você não use isso denovo, se você me quer por perto, não usa.

fiquei calado só lembrando do dia, eu tinha saído de um baile e tava louco parceiro, louco mermo, foi quando eu tinha voltado pro morro, fui em um baile pra marolar e nem ia usar nada, nunca usei pra exagerar.

mas cai na tentação e a cada cheirada que eu dava, eu lembrava dela, lembro que usei lança, usei a porra toda naquele dia, foi o dia que eu mais me soltei na real.

foi quando eu tive a overdose no beco do baile, liguei pra minha irmã umas três vezes, mas ela não atendia e eu nem era muito chegado a Sara naquele tempo, mas liguei pra ela e ela veio, me levou pro hospital e o médico disse que se eu tivesse ficado mais uns minutos lá, eu morria por parada respiratória.

passei uma semana no hospital, tinha que limpar meu corpo pra eu não passar mal na rua e acabar desmaiando, algo assim e foi ai que eu me aproximei da Sara, bagulho louco do caralho.

ela terminou de arrumar os bagulhos e a gente meteu o pé na estrada, tava geral lá desde manhã, umas 7hrs pelo que a Ana disse.

[...]

Ana: vocês podem dormir no mesmo quarto -falou indicando os quartos- esse aqui

ela abriu a porta e tinha uma cama de casal, tava doidinho pra colocar a Sara pra dormir no chão e eu dormir na cama sozinho.

Sara: obrigada -falou sorrindo-

Pk: vão pra praia de que horas? -falei colocando a mão na cintura.

Ana: acho que de 17hrs, vão ficar até a noite e tudo mais -falou sorrindo- agora é mais a social do rn, ele disse que quer ver todo mundo bebendo sendo que ele vai ser o primeiro a cair

assenti e entrei no quarto fechando a porta, me sentei na cama e a Sara me olhou, ela tava puta desde quando a gente entrou no assunto da overdose, fazia tempo que a gente não entrava.

Pk: se liga feia -falei chutando a perna dela devagar- vai ficar com essa cara os dia todo é? fica de boa

Sara: eu estou de boa -falou pegando um biquini- nós vamos pra piscina comer churrasco, pois eu estou sentindo um cheirinho forte dele

Pk: tá? -falei tentando sentir- tá sentindo demais parceira, pelo amor de deus, se trate.

peguei uma bermuda solta e fui pro banheiro, deixando ela trocar de roupa no quarto mermo, fiquei uns minuto lá depois de terminar esperando a bonita terminar, quando ela terminou, eu sai olhando pra ela.

Sara: poderia ajudar aqui? -falou e eu neguei- bom que seu sobrinho quando nascer, sinta ódio de você por negar ajudar a mãe dele

fiz cara de deboche pra ela e ri, indo amarrar o biquíni atrás, quando amarrei, ela colocou um short por cima e disse pra eu descer com ela, porque ela tava com vergonha do povo que ela não conhecia, faz até graça.

a gente desceu com ela me xingando, dizendo que eu era isso e aquilo, quando chegou lá as mina tava tudo olhando pra ela e ela já tava incomodada.

Ana: fica quieta cara, pelo amor de deus -falou quando cheguei perto- qual a boa?

Pk: sei lá, não sei qual foi da Amanda aí -falei vendo ela rir- não entendi, tinha se dado bem com a garota e agora tá assim, tá muito chata

Juininho: carência -falou chegando do meu lado- tá assim desde que viu a garota, fica tranquila po, sarinha é de casa, mina firmeza pra caralho, briga atoa de vocês, nunca entendo isso

Amanda: atoa por que? -falou rindo- ela nem dá família é pra estar aqui, vocês criaram laço com ela do nada e querem que a gente se acostume? me poupe

Juininho: do nada o que garota -falou colocando a alicia no meu colo- mina chegou depois de vocês vazarem, todo mundo aqui gosta dela, se vocês não gostam, aí o problema é de vocês, mas deixa guardado e evita demonstrar perto dela, porque em nenhum momento ela falou que sentia raiva de vocês ou demonstrou algo, parem de ser ridículas

ele saiu me puxando e eu fui rindo, ele me tinha real como babá da alicia, mandei o cara contratar uma, mas ele disse que não confiava deixar a filha dele nas mãos de qualquer um, não falei nada porque ele tá certo, querendo ou nao.

Sara: ali -falou prendendo o cabelo

Alicia: sasa -murmurou fazendo ela sorrir e pegar a menina.

elas eram um grudezinho do caralho, quando eu passava final de semana com a alicia, Sara sempre queria ver ela, aí virou esse grude.

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