CAPÍTULO 72

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Terça
01:03hrs

Sara

aqui estava eu, dando de mamar pra uma criança que nasceu a mais ou menos uma hora ou duas atrás, eu sentia amor e dor ao mesmo tempo.

Sara: ele puxa -falei vendo todo mundo rir- obrigada por estarem aqui comigo, de verdade, acho que vocês nesses meses foram o mais perto de família que eu pude ter

Maria: eu não conhecia você direito, nunca tive proximidade e peço desculpa por tudo que as duas bonita fizeram -falou e eu assenti- mas qual é o nome do boneco?

Pk: Gael Miller Machado -falou e eu olhei pra ele- eu que fui colocar o nome dele lá, maior moral

era interessante, saber que ele colocou o sobrenome dele no Gael, mesmo ele não sendo o pai biológico, mas isso faz com que ele seja o pai e eu preferia ele, do que o gerador de esperma.

Ana: acho que ela precisa descansar né, vamos embora? -falou e a Maria olhou pra ela- Maria para com isso, parece até que é avó

Maria: me sinto vó dele sim, qual problema? -falou indignada e a ana ia empurrando ela pra fora.

Amanda: bem vindo gaelzinho -falou e eu sorri.

todos tinham saído, menos o pedro, que tava olhando pra minha cara e parecia um besta, enquanto tinha um sorriso no rosto.

Pk: curtiu que eu coloquei meu sobrenome nele também? -falou e eu assenti- achei que você não iria gostar, sei lá, coloquei pra não ficar só Gael Miller, feião

Sara: colocou porque você virou um pai babão -falei vendo ele me olhar com indignação- pois é, a verdade dói em poucos, mas dói amor

Pk: se liga mulher, ele esperou por mim pra vir ao mundo -falou e eu revirei os olhos- foi mal mermo, não queria deixar tu esperar não, queria ter entrado antes pra ver ele nascer tá ligada

Sara: Isis gravou, ela disse que iria ser especialmente pra você -falei rindo e vi ele abrir um sorriso- espero que eu tenha paz, porque o caos que eu passei, ver você quase morto nos meus braços, eu não quero nunca

Pk: to ciente que tu me ama -falou beijando o pé do gael- nosso bagulho mais precioso aqui, bagulho surreal, ele ser meu presente de aniversário parceira

sorri vendo que o gael dormia mas não soltava o peito, o que me fez rir e eu nem sabia o que fazer, mas pedro me ajudou, ele disse que era pra eu tentar tirar a boca dele do meu peito e eu tava com medo dele puxar e doer mais.

Pk: vai doer não cara, coloca ele mais pra frente que ele solta -falou apontando- ai nos coloca a chupeta na boca dele, sacou?

neguei e ele veio puxando devagar, tanto que o gael soltou depois de um tempinho e eu agradeci por não doer, ele colocou a chupeta na boca dele e pegou o gael, balançando ele no braço.

no mesmo momento a enfermeira entrou, atraindo a atenção de nós dois, para ela.

- pelo visto vocês conseguiram tirar ele -falou e eu ri- bom, se quiserem podem colocar ele no berço, geralmente os bebês dormem muito e isso vai ser bom para vocês

Pk: quando alicia nasceu, eu fiquei no bagulho com ela -falou e eu prestei atenção- aqueles que os bebês fica, quando uns nasce quando não tá na hora e tudo mais, aí ela nem dormia parceiro, ficava me olhando pelo vidro e eu olhando ela, bagulho mó bom, mesmo ela estando em um estado ruim

- pelo menos hoje em dia ela está bem? -falou e o Pedro assentiu- ótimo, qualquer coisa que precisarem, eu estarei pelo corredor, acabou de chegar uma gestante e eu to acompanhando ela, mas qualquer coisa, chamem pelo corredor

a gente assentiu e ela saiu do quarto, fiquei olhando o pedro ficar de um lado para o outro pelo quarto, enquanto eu peguei a água que tava na bancada e tomei o restinho que tinha.

a gente ficou ali o resto da madrugada todinha, gael acordava as vezes e ficava olhando pro Pedro, ele ficava todo besta dizendo que ele tava curtindo ele, e ficou rindo, sorri com aquilo sentindo uma paz imensa.

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