39|especial como você

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Eu posso até parecer o tipo de pessoa que odeia aniversários em decorrência de todo o meu histórico em não gostar das coisas, mas é aí que as pessoas se enganam sobre mim

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Eu posso até parecer o tipo de pessoa que odeia aniversários em decorrência de todo o meu histórico em não gostar das coisas, mas é aí que as pessoas se enganam sobre mim. Eu, verdadeiramente, gosto do meu aniversário. Não sou daquele tipo de pessoa que acha que o aniversário é o dia exclusivo dela e que se sente no direito de fazer qualquer idiotice só porque é aniversário dela. Mas eu gosto da data. Gosto de pensar que eu nasci e tenho um propósito aqui. Que a cada ano eu posso aprender coisas novas, conhecer pessoas e...

Conhecer pessoas.

Conhecer Aimee, sem sombra de dúvidas, foi o momento mais incrível, mágico, único e especial do meu ano. Mesmo que seja conhecer aquela versão dela que me mostrava, aquela pequena parte dela da qual, realmente, se abria para mim, conhecer um lado de Aimee Lyn bastou para que eu me apaixonasse perdidamente. E não importa quantas pessoas eu conheça daqui para frente, nenhuma delas será capaz de ser metade do que a metade que ela me mostrou. Eu acreditaria em cada maldita palavra daquela boca mentirosa, ou omissa. Eu acreditaria em qualquer coisa que ela me dissesse.

Apesar de gostar, na medida do possível, do meu aniversário, existia uma parte dele da qual eu odiava. Festa surpresa. Eu até perdoo Anne por não saber, mas o Otávio não. Porra, ele me conhece mais do que qualquer outra pessoa e mesmo assim escolheu planejar uma festa surpresa pelas minhas costas? E pior, ele jurou mesmo que eu não iria descobrir?

O que aconteceu foi que: Otávio, com toda a sua grana ou com a grana do seu pai, tanto faz, resolveu que a casa deles de praia seria o lugar perfeito para fazer uma festa surpresa da qual ele sabia, claramente, que eu seria contra. Então, o gênio resolveu, também, entrar em contato com Isis, mas se esqueceu de avisar à ela que de um pequeno detalhe: que a festa seria surpresa. Como resultado final dessa confusão: recebi hoje cedo uma mensagem da irmã dizendo:

—Podemos ir juntos para sua festinha de aniversário? Nem ia me convidar, não é?

Assustado com o conteúdo da mensagem, porque eu realmente não fazia ideia de qual festinha minha irmã se referia, perguntei à ela quem disse que teria festa, e ela na maior inocência do mundo respondeu:

—O anjinho, irmão mais novo Caccini.

Droga Otávio.

Olívia, a irmã de Otávio, e Isis no passado tinham uma proximidade até que legal. Não eram como melhores amigas que andavam juntas por todo o colégio, até porque viviam em panelinhas diferentes, mas por conta da amizade formada entre mim e Otávio, as duas até que se toleravam. Olívia sempre praticou luta, andava pelo lado das pessoas que acham que é a violência, às vezes, pode resolver conflitos. Já a minha irmã, sempre foi uma pacifista assumida. Isis sempre seguiu o lema de: "faça amor, não faça guerra" bem à risca. Por isso, como eu mencionei anteriormente, não eram melhores amigas.

As duas, quando por algum milagre estavam juntas, zoavam Otávio, chamando-o de anjinho porque segundo elas, era ele quem sempre me tirava de toda e qualquer confusão, era ele quem impedia os meninos mais velhos de me bater e também era ele que fazia com que eu não fosse tão zoado por ser "fechado" demais. O que não é uma mentira, devo admitir. Otávio sempre me salvou de tudo o que acontecesse. Qualquer coisa mesmo, ele sempre estava ali.

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