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" Uma luz ha de brilhar "

Como havia dito,meu aniversário está chegando, e advinha a notícia que recebi?

Minha mãe irá vir me ver e trará com ela minhas amigas que ficaram lá...

Estou pensando em fazer uma pequena festa na boate mais badalada daqui.

Estou sendo humilde ,mas pra falar a verdade,esta festa vai ser um arrazo.

Sei que 25 anos não é motivo de comemorar, aliás, além de ficar mais velha ainda que o Edgar, estou beirando a morte,a cada dia a mortalidade aumenta e as pessoas começam a morrer mais novas...

Brincadeira, só estou sendo eu,ou seja,dramática..

Hoje é o dia da peça e quem vai ser a atriz principal? Sim, sou eu. Mas não é qual quer peça. É a peça que vou pregar no meu chefe.

Cheguei sorrindo,com uma sensação boa...

Além de ver minha paciente favorita,já previ que iria me divertir bastante.

Assim que ela chegou,já pus meu plano em ação.

Ela iria distrair,enquanto eu fazia algumas modificações em sua sala.

Primeiramente colei chiclete em sua cadeira.

Ideia da natally. Só pra constar..

Depois arranquei o carregador de seu notebook e coloquei em minha bolsa. Fui ao banheiro e quebrei o cano que passava até o vaso. (Sei que exagerei) ,alem de arrancar uma perna da cadeira.

Esta tudo em ordem...

Passei do lado da natally e fiz um beleza pra ela.

Ela disse ao Edgar que já havia passado a dor que estava sentindo e entrou junto a mim pra minha sala.

- conta comigo natally...

3 2 1...

Paft.

Quando ouvimos um barulho. Devia ser ele caindo. E outro barulho,que devia ser ele escorregando na agua do cano e um berro que suponhamos que foi ao ver o chiclete grudado na calça.

Ficamos paradas,sem rir,esperando ele fazer algo.

Quando ele abre a porta todo molhado,com uma cara de bravo dizendo :

- alguém pode me explicar o que é isso?

Tirei uma foto,peguei minha bolsa e lhe disse:

- meu expediente acabou. Não tenho obrigação de responder agora.

Sai de mao dada com natally e segurando riso

Levei ela em casa,você acredita que ela nunca tinha andado de moto?

Dessa vez não entrei apenas me despedi e fui para minha casa.

Mal chego e a campainha toca.

Quem mais a não ser Edgar?

- olha,eu sei que foi você.

- opa opa mocinho, não me acuse assim.

Ele tirou do bolso minha pulseira e disse: "crimes perfeitos não deixam suspeitos".

- ta. Eu admito.

Ele ainda estava molhado e com uma cara muito ruim. Devia está sentindo dor.

- entra .

- não posso,tenho que me secar e tomar um analgésico.

- vou cuidar de você. Acho que te devo isso.

Ele entrou.

Ajudei a tirar sua blusa, e coloquei a toalha em cima dele .

O abracei pedindo desculpa de novo.

De repente bateu uma culpa.

- porque está fazendo isso?

- gosto de você.

- nossa. Quase me mata. Mas gosta de mim.

Fiquei calada,alias,eu estava errada.

Peguei água e um comprimido pra ele.

Peguei uma blusa minha de frio,daquelas grandonas ,eu usava na época de escola, as pessoas achavam maneira ,por incrível que pareça.

Ele gostou da minha blusa, falou que não ia devolver mais.

Ele sento no sofá e cobriu,tava um pouco estranho aquela certa liberdade e maneira que ele se sentia avontade.

Eu tinha algumas folhas de fazer chá e fiz pra ele.

Levei ate o sofá me cobrindo com um pedaço da corberta. Acabei encostando nele e ele sentiu dor. Ate gritou.

- desculpa

- tudo bem

Mandei ele tomar cuidado porquê o chá tava muito quente. Ele pegou o chá e colocou na mesinha.

- não cuspi não. Pode beber.

- não é isso. Quero te perguntar uma coisa.

Porque está a me odiar esses dias? Era pra eu ficar com raiva,porque dormiu com seu próprio primo mas você que andou me evitando.

- eu não dormi com ele,eu simplesmente deitei e quando vi estava la no outro dia. A gente teve uma história mas eu valorizo o agora e não o passado . eu pensei que fossemos...

- fossemos o que?

- achei que dariamos certo.

- vocês dois?

- não. Eu e você. - fiz aquele beiço de tristeza.

Ele levantou meu rosto, sorriu,e me beijou.

Fiquei na minha, pensei comigo:

- qual quer movimento quebro um osso dele.

Queria o abraçar, cuidar dele,dizer tudo que sentia mas pra essas coisas sou meio fechada.

Ele deitou no meu colo.

Ahh que lindo... Tive que beijar sua testa. Mas logo lembrei que momentos fofos assim já foram acontecidos antes,e ,que podem estar significando só pra mim.

- no que está pensando?

- em nada.

- não parece. De repente tu colocou a mão no queixo e começou olhar pra cima.

Nem eu percebi que fiz isto. Mas ri muito ao me imaginar fazendo.

- edgar?

- oi...

- quer dormir aqui?

- claro.

Logo ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora