🌼Daisy🌼

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Abro e fecho a mão direita percebendo como senti falta de não ter conseguido movê-la assim por um mês inteiro

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Abro e fecho a mão direita percebendo como senti falta de não ter conseguido movê-la assim por um mês inteiro. Ainda sinto meu braço um pouco fraco pelo tempo que passou imobilizado e a pele que antes estava coberta pelo gesso está mais clara que o resto do meu corpo, mas isso não me incomoda, não depois de me livrar do pesadelo que foi passar um mês com o braço engessado.

Ainda preciso tomar algumas precauções para me recuperar completamente, mas já me sinto completamente bem, talvez por saber que posso coçar o meu braço agora se precisar sem correr o risco de complicar o meu quadro ainda mais.

- Vou precisar passar na gravadora antes de voltarmos. – Castiel diz ao ligar o carro. – Não vai demorar, tem problema?

Desvio o olhar a pele desbotada do meu braço e ajusto a manga da minha roupa até que ela fique alinhada perfeitamente junto ao pulso, normalmente, graças às atividades da fazenda, eu não costumo usar com frequência as roupas que gosto, mas fico feliz somente em usá-las em oportunidades como essas.

- Claro que não. - Digo em resposta. – Na verdade, se você puder me deixar no mercado antes de ir, seria ótimo.

Ele olha para mim por um instante antes de responder.

- Você ainda não pode pegar pesado.

- Sei disso, mas como estamos na cidade eu pensei em repor alguns itens que estão acabando. Não vou me exceder.

Ele assente e acho que acaba concordando a contragosto.

Viver na fazenda me permite produzir boa parte dos itens que consumo, mas coisas como amaciante de roupas não podem ser colhidas da minha horta.

- Tá, mas não força o braço, espera eu chegar. – ele diz antes de mudar a rota e seguir em direção ao mercado no centro da cidade.

Faz um bom tempo que não venho aqui, geralmente faço a reposição dos itens da minha despensa no mercado do vilarejo próximo a fazenda. Eles não têm tanta variedade, mas suprem bem as minhas necessidades. Eu não me importo em ter que fazer as compras no vilarejo, mas se tenho a oportunidade de economizar tempo, então eu farei.

Realmente não estou interessado em forçar demais o meu braço e acabar tendo alguma complicação indesejada, por isso tomo cuidado até mesmo quando retiro o carrinho de compras, e quando o empurro, tento poupar ao máximo meu braço direito.

Acabei me esquecendo de trazer uma cesta para Dra. Bascher, mas de qualquer forma não foi ela quem me atendeu hoje. E, além disso, tive a impressão de que a emergência estava agitada hoje, visto que vi duas ambulâncias entrando a toda velocidade na garagem que dá acesso a emergência.

Houve um tempo em que eu pretendia viver em cidades movimentadas como essa, mas hoje me parece um sonho muito incoerente diante das coisas que me agradam hoje em dia. Não me vejo levando a vida como Castiel leva, e imagino que as pessoas que dedicam a vida trabalhando nas emergências dos hospitais devam lidar com níveis de estresse dos quais não conheço e certamente não saberia lidar.

Sunshine Girl - LysandreOnde histórias criam vida. Descubra agora