Baseado na história de "A Saga Crepúsculo" da autora Stephenie Meyer.
Caso Jimin pudesse ao menos perceber seu erro, teria não apenas fugido daquele ser perfeito que tirava sua atenção e toda a sua energia, mas evitado a sua verdadeira identidade...
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— Filho, o que faz aqui? Pensei que já estivesse em casa. — Charlie me recebeu na delegacia assim que Jungkook me deixou e foi embora para ir à caça.
Ver meu pai em um momento de sufoco como esse me faz querer sair correndo e largar tudo o que tenho feito aqui em Forks, talvez contar tudo para ele. Odeio mentir para meu pai.
Seria mais fácil passar por essa coisa toda junto com ele, quem sabe não ficaria tão louco como estou agora. Eu confio nos Kim's, tenho certeza de que vão me ajudar com esse bicho que me quer por algum motivo, mas se Charlie soubesse seria tão... tão mais fácil.
Espero um dia poder contar pra ele.
— O Jungkook me trouxe pra cá, estava vendo os Kim's jogar e acabou havendo um imprevisto. Será que posso ir pra casa com você?
Me aproximei da mesa dele e peguei uma das canetas disponíveis, comecei a girar ela entre os dedos na tentativa de me distrair.
— Pode, com certeza, Jimmy. — Ele sorriu minimamente e se levantou, parou na minha frente e tocou meu ombro — Vou me sentir mais seguro se você for comigo.
Eu concordei e tentei devolver o sorriso forçado. Um silêncio intenso se instalou na sala e eu quis de alguma forma quebrar ele, mas estava cansado de falar.
— Está tudo bem, filho?
— Por que não estaria? — Ergui a cabeça em pânico.
— Calma haha, eu só perguntei. — Descontraiu o clima tenso — Tenho percebido que algo tem te preocupado... ou melhor, mudado você. Não te vejo mais sorrindo como o Jimin que vi chegando aqui em Forks, aquele meu filho que ama ver a natureza e conhecer lugares novos. Não vejo mais o brilho nos seus olhos e isso me preocupa.
— Pai... — Arqueei as sobrancelhas tentando segurar o choro.
— Me diz o que tá acontecendo, filho. Sabe que pode falar comigo, não é? — Ele parou por um segundo e voltou a falar — É forks? Vir pra cá não te fez bem, é isso? Você pode voltar pra sua mãe quando quiser, filho, eu não quero que pense que está preso a mim.
Agora foi a minha vez de tocar o ombro dele, não só isso, mas eu o abracei também, o abraço que eu deveria ter dado desde o dia em que vim pra cá. Sinceramente tudo isso tá me corroendo por dentro, ver aquela situação e não poder fazer nada.
— Não é nada disso, pai. Eu tô bem, eu prometo que está tudo bem. Está tudo perfeito aqui em Forks, morar com você é perfeito. É só que... Forks me fez ter uma outra visão de mundo, uma visão que talvez eu nunca mais vá esquecer. Mas eu estou ótimo.
