Todos os dias tem sido assim. Eu vou para a cama não por sono, mas meu corpo morto precisa ficar morto por um tempo, e este tempo é o que nós chamamos de "dormir".
Mas estes dias, eu realmente me sinto um peso morto. Não sinto fome, mas meu corpo pede por um alimento que, agora, eu considero natural. Preciso de sangue, e isso me faz perceber o quanto eu tenho em comum com pessoas normais. Ambos precisamos de sangue para nos manter vivos.
A pior parte é levantar. É como ressuscitar todas as manhãs, você simplesmente acha que está vivo e entra em desespero porque não consegue respirar, e isso só passa quando eu tenho a triste lembrança de que estou morta a quase um ano e não preciso respirar.
Preciso sair da cama...
Já estou levantando quando ouço alguém me chamar.
- Madeleine! Levanta esse traseiro preguiçoso da cama e vem pra sala! Sem demoras!- Percebo que a voz é do meu irmão.
Visto um jeans azul e uma regata totalmente branca, coloco os chinelos e vou até a sala. Vejo as pessoas que estavam no jantar e alguns outros. Estes outros são bem diferentes dos que eu fui apresentada.
- Bom dia!- eu saúdo a todos.
- Bom dia Madeleine!- Estefânia responde - Pedi que te chamasse pois quero lhe apresentar outros amigos, estes estavam em uma missão durante o jantar, por isso não estiveram conosco.- Então ela começou a apontar a pessoa e indicar cada dom que ele desenvolvia.
- Este é Ângelo. Não se deixe levar pelo nome ou aparência, este cara pode fazer suas veias estourarem e o pobre coitado que entra em seu caminho, sangra até a morte. Isso apenas olhando nos olhos da pessoa, imagina o que pode fazer se tocar...
Ela estava falando de um garoto de uns dezessete anos meio nerd. O menino tinha uns 1,80 mas era magro, tinha os olhos de cor indefinida, parecia que mudava de cor a cada ângulo que ele olhava. Posso dizer que os olhos eram a única coisa que chamava atenção no garoto.
Estefânia continuava com as apresentações, agora só restara três:
- Este é Phill. Ele tem uma incrível ligação com o ar, sua intimidade com ele o permite voar por cerca de dois minutos. Temos que trabalhar para ver se conseguimos prolongar este tempo.
Agora ela falava da pessoa que eu imaginei saber fazer qualquer coisa, menos voar. O homem tinha aparência de uns quarenta, uma barriga bem grande e a falta de cabelo eram coisas bem comuns, porém, estas eram as únicas coisas que chama vem atenção.
- Esta é Ruby. Ela assim como você, pode correr bastante sem que o cansaço a derrote.
Ela mostrava agora uma mulher, esta vestia uma calça preta bem justa, umas botas, camiseta azul, e tinha um corte chanel em seus cabelos. O que chamava atenção era seu físico, realmente parecido com o de uma atleta.
- Este é... Sherman. Entre todos estes, este é o mais parecido com você. Também é um vampiro.
Apontava para um cara MUITO estranho... ele tinha marcas escuras ao redor dos olhos castanhos, tinha um bom físico. Como sei? A sua camisa está toda rasgada, mostrando assim seu corpo definido.
- Ele era a nossa missão de ontem.- disse Ângelo.
- Ele precisou ser resgatado do cativeiro onde se encontrava aprisionado a dez anos. Sua família toda tinha dons, menos ele. Alguns homens mataram sua família na tentativa de descobrir a origem de seus talentos, eles conseguiram aprender algumas coisas sobre pessoas como nós, então o levaram em cativeiro para ver se desenvolviam alguma forma de transforma-lo.
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A verdadeira doença após a morte
VampirTodos conhecem as histórias de vampiro, lobisomem, e muitas outras histórias. Tem muita gente que diz não ter medo, mas o seu único refúgio para não temer, é ter a consciência de que eles não existem. Mas eu vou contar a história. E essa, você pode...