E se o fim estivesse longe?
Emma Hernandez, agora proxima de seus 21 anos, a mesma segue uma vida tranquila no vilarejo de Encanto, junto de seu noivo, Camilo madrigal.
A mesma seguia sua vida com a família após a "morte" de seu pai, achando que o...
Olho para o lado e vejo meu pai, com uma cara assustada.
- O que foi? - me levanto segurando suas mãos.
Ele me guia para dentro da casa, onde toda a família estava.
- Estão me assustando, oque está rolando? - pergunto me sentando.
- Eu tive uma visão...- Bruno fala com receio.
Admito que suas visões quase nunca tinham previsões boas, mas nunca foi motivo de brigar ou de me afastar dele.
- Tá tudo bem..- seguro suas mãos trêmulas - Me conte oque viu, com calma. - lhe dou meu melhor sorriso, fazendo o mesmo me olhar ainda mais receoso.
- Eu vi você e o Camilo, com 3 pequenas crianças. - ele mostra a visão, todos estavam surpresos, mas eu estava paralisada
3 crianças? Como assim 3 crianças?
Sinto minha pressão cair, uma tontura forte e um enjoo.
Se não fosse por Julieta, eu teria caído no chão.
Me ajeito na cadeira olhando para todos, meu rosto de apavorado passa para o feliz.
Eu ia ter filhos..
Sorrio com meus próprios pensamentos, eu ia ter filhos.
- Eu não entendo.. - depois de minutos e silêncio, foi a primeira coisa que falei - Se a visão foi sobre eu ter filhos, qual é o problema, pai?
Meu sorriso se desfaz quando seus olhos ficam marejados.
- O problema é que..na outra parte da visão, eu via apenas Camilo com as crianças, você não estava lá.. -
- O que? Eu os abandonei? - me levanto desesperada, como assim meu futuro era engravidar e abandonar minha família?
- De certa forma sim..- ele pega outra placa de visão, dessa vez, ela tinha um tom avermelhado - Foi a primeira vez em anos que eu tenho uma visão desse jeito..
Ele me entrega.
A visão era como se fosse dois homens, Camilo e eu. Camilo estava sentado, sua expressão era dolorosa, um dos homens apontava uma arma para mim, em questão de segundos, eu estava deitada no chão.
Depois de ver a visão, eu acabo derrubando no chão, eu ia morrer?
- Por que? Por que tinha que ser eu? - minhas pernas ficam fracas, quase que eu caio no chão.
Coloco a mão na minha barriga, imaginando que em breve, teria três doces crianças ali, mas infelizmente eu não faria parte da vida delas.
- Eu quero ficar sozinha. - falo antes que qualquer um pudesse falar algo.
Subo as escadas correndo, entro no meu quarto e tranco a porta.
Me sento no tapete, eu já não tinha mais sentido.
Meu mundo desabou, eu ia morrer e infelizmente deixaria minha família, isso não era justo.
Pessoas morrem, mas não era justo eu morrer cedo.
Escuto uma batida na porta, murmuro casita, em segundos a tranca é aberta, eu queria ficar sozinha, mas não havia motivo para ser grossa.
- Eu sinto muito, cariño. - Isa se aproxima.
Isabela, Luísa, Dolores e Mirabel estavam lá.
- Não tem oque sentir, não vai ser você quem vai me matar haha.. - solto uma risada sem humor.
Não era o melhor momento para piadas, mas não tinha mais pelo oque chorar, vou deixar minhas lágrimas para o dia que irei deixar esse mundo.
- Será que a visão não diz alguma outra coisa? Talvez você não morra. - Mirabel falava desesperada.
- Eu não sei, mas eu vou ter filhos.. - essa história ainda não entrava na minha cabeça.
{...}
Não lembro muito oque aconteceu ontem, eu desmaiei.
Acordo no meu quarto, Camilo provavelmente me deixou sozinha para chorar.
Hoje eu tomei uma decisão.
Se eu for morrer, quero ter os dias mais felizes da minha vida, e se eu for ter filhos, vou aproveitar esses 9 meses.
Levanto e vou até o banheiro fazer minhas higienes matinais. Visto um vestido claro com margaridas desenhadas.
Desço correndo e chego na cozinha rápido com ajuda da casita.
Entro e vejo todos com cara de morte, o clima estava terrível desde ontem, mas ninguém culpou Bruno pela visão, já é uma vitoria.
- Olha só, eu não quero ninguém com cara de morte durante..- parei e pensei - 10 meses, até lá eu quero que vocês me ajudem a aproveitar o resto dos meus dias. Ninguém me matou ainda, tenho tempo o suficiente para fazer todas as merdas que eu quero fazer. - sorrio animada.
Eu não tenho medo de morrer, tenho medo de abandonar eles sem ter aproveitado um pouco.
Me martilizar por uma coisa que irá acontecer daqui 10 meses ou até mesmo um ano, não é lá a melhor coisa.
Continua...
Aiai, não digo nada pra n tomar processo.
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