capítulo 16

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- Então, qual filme você quer ver? - Perguntou Fernanda, visivelmente animada, enquanto ela e Matheus lavavam e secavam a louça do almoço.

- Não sei. Mas poderíamos ver uma comédia romântica. O que acha?

 Fernanda sabia o motivo de ele querer logo um romance. Era claro para ela que o amigo tentaria algo com ela, ainda mais estando os dois sozinhos. Decidiu se arriscar, depois de tanto tempo de luto. "Desculpe, Marcos, meu amor, mas eu preciso seguir em frente." pensou.

- Claro, vamos escolher alguma coisa na Netflix. - Concordou, pegando seu notebook e conectando à televisão. - Pode ser A verdade nua e crua? Adoro esse filme!

- Coloca aí, eu nunca vi não. Mas se você diz que é bom, vou acreditar. - Sorriu para ela. Aquele sorriso fazia com que Fernanda imaginasse tantas coisas.

 Após dar o play, sentaram no sofá. Mesmo estando um pouco sem graça, decidiu sentar encostando a cabeça no ombro do menino, de maneira que ficaram bem próximos. Conforme o filme ia passando, eles riam e brincavam um o outro, ambos sentindo o clima entre os dois aumentar. Fernanda não entendia muito bem, mas sentia um forte desejo de beijá-lo, e quase no fim do filme, o fez.

 Foi um beijo quente, cheio de desejo, mais intenso do que aquele da noite anterior. Antes que pudesse perceber, já estavam os dois deitamos no sofá, ela em cima dele, com as mãos em sua nuca, puxando-o para si. Matheus passeava com as suas mãos pelo o corpo de Fernanda, apertando-lhe a cintura, e depois a bunda; a garota gemeu entre os beijos, e forçou-se mais ao encontro do corpo do amigo.

 No meio de tudo isso, Fernanda começou a sentir que talvez aquilo não fosse o certo a se fazer. Matheus parecia muito agitado, não percebia seu incômodo na situação. Tentou se desvencilhar, mas o garoto pareceu não perceber, tamanha era a sua agitação.

 Desesperada, começou a pensar que não poderia sair dali, quando, de repente, a campainha toca. Ela ameaça se levantar, mas é interrompida.

- Deixa, Nan. Não deve ser importante. - Voltou a beijá-la.

 Tocaram mais uma vez, e outra, e outra. A pessoa parecia desesperada.

- Melhor ir logo atender, então. Parece que não vão desistir - Respondeu, cabisbaixo, já ajeitando sua roupa.

 Fernanda agradeceu mentalmente a, até então, pessoa desconhecida, arrumou suas roupas, e foi abrir a porta.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntou a garota, surpresa.

O que será depois de você?Onde histórias criam vida. Descubra agora