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Charles
Alessandra ainda me encarava com um sorriso de canto. Sua expressão era animada, como se tivesse acabado de ganhar um prêmio. E eu sei bem qual era o prêmio.
─Queria muito saber o porquê meu querido irmão estar aqui. No lar doce lar. ─disse irônica.
─Estou apenas estressado, Alessandra. ─me limitei a dizer.
─Por acaso tem algo haver com nossa última conversa? ─se aproximou.
─Claro que não! ─desviei o olhar.
─Está nervoso! ─bateu uma palma. ─Eu sabia que a encontraria.
Me levantei escutando seus protestos para não deixá-la falando sozinha. Segui até meus aposentos e por lá fiquei. Precisava urgentemente de minha companheira. Antes de sentir aquele odor maravilhoso, achava que era amaldiçoado pela deusa da Lua. Acreditava estar destinado a ficar sozinho pelo resto de minha vida. E por isso fiquei rancoroso com o passar do tempo. Quando não encontrava minha predestinada, ficava com uma raiva imensa, o que me fazia a cada dia parar de ter esperanças de encontra-lá. Agora estou enlouquecendo com a possibilidade de finalmente ter encontrado ela.
Hoje faz 5 dias que estou no submundo. Mas sinceramente não aguento ficar aqui por mais tempo, então vou voltar para a terra. Alessandra decidiu ir comigo, ela não vê a hora de conhecer minha companheira, e eu também. Só de imaginar tê-la em meus braços meu sangue ferve.
Assim que chegamos a terra meu corpo fica pesado, como se eu não dormisse há dias. Isso é por conta da diferença do ar e do tempo. No submundo os dias passam mais lentos e o ar é mais pesado. Por isso nosso corpo reage dessa forma.
Meu corpo pedia por descanso mas recusei, precisava falar com Lorenzo. Tenho que obrigar o mesmo a adiantar a porcaria do baile. Assim minha companheira voltará para cá e eu a terei finalmente.
Alessandra decidiu ficar e dormir em um dos quartos. Preguiçosa. Mas ela não tem nada de interessante aqui, já eu não posso dizer o mesmo.
Sigo para frente da mansão, onde meu motorista já me esperava. Mando que me leve para a empresa de Lorenzo. No caminho meus olhos começaram a pesar, mas me recusava a dormir, por mais que minha forma humana implore por isso.
Já na empresa de Lorenzo a recepcionista me libera para subir. Dentro do elevador esfrego minhas têmporas, merda. Chego ao andar, saio do elevador, Lorenzo me esperava do lado de fora de seu escritório.
─Achei que demoraria para voltar. ─disse, o acompanho até sua sala.
─Não aguentava ficar lá, sabe que odeio aquele lugar. ─pisco meus olhos repetidamente.
─Por que está aqui? Sabe que seu corpo precisa de descanso. ─me avisou.
─Quero que adiante o baile. Preciso da minha companheira!
─M-mas... ─o interrompi.
─Mas nada! ─vociferei. ─Não vê que estou desesperado? Então estou ordenando que faça essa festa o mais rápido possível!
Saio de perto dele indo para porta. Quando abro minha visão fica embasada. Escuto um grito e sinto um cheiro maravilhoso antes de desmaiar.
Contínuo?
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O Amor do Demônio
Romance1° livro da Série Demônios Em tempos antigos, todos ouviam falar em uma criatura cruel que era temida por muitos. Sua aparência é como de um homem comum, ele vaga pela terra, mas seu lugar é no submundo. Apesar de bonito e poderoso, a criatura mais...