O Amor do Demônio

14. Café da manhã

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Amber

─Lhe pagar por ter deixado você? ─dou uma risada nasal. ─Fala como se eu tivesse o abandonado.

─Mas foi exatamente o que você fez! ─vociferou.

Reviro os olhos e o sinto pegar em minha cintura, me puxando para seu corpo.

─O que eu já disse sobre revirar os olhos, hum? ─perguntou, podia perceber que seus olhos estavam mais escuros. ─Vamos pra casa, agora!

Segurou minha mão e me puxou, mas eu fiquei estática no mesmo lugar e soltei minha mão da dele.

─Minha casa é essa em que você está pisando! ─afirmei. ─E eu vou comer porquê estou morrendo de fome.

─Poderia estar com a barriga cheia se não tivesse saído da nossa casa! ─debochou.

Me virei para trás e observei meus amigos e os amigos de Charles, por alguns segundos havia esquecido deles. Os seis ainda se encaravam e podia jurar que ouvia alguns rosnados dos demônios, principalmente de Matteo. Esse encarava Giovanni como se dependesse disso para viver.

─Eu vou fazer café para nós. ─avisei a Charles. ─Pode avisar para seus amigos, por favor meu amor?

─Me chamou de que? ─perguntou com um sorriso enorme no rosto.

─De nada...Meu amor. ─sai em disparada para a cozinha.

Mas antes passei no lado dos cães no cio e puxei meus amigos para eles me ajudar. Alessandra, Javier e Matteo rosnaram para mim. Levantei as sombrancelhas com a audácia. Charles veio para minha frente e rosnou para eles também. Deixei eles lá e fomos para a cozinha.

─Eu não sei o que fazer. Não consigo ter uma ação sequer na frente dele! ─Giovanni disse sobre o companheiro.

─Eu também! ─Emma e Isa falaram juntas.

─Vocês são sempre cheios de atitudes, isso é até um pouco estranho pra mim. ─suspirei. ─Mas não os culpo, eles parecem ter um tipo de dominância sobre nós.

Nós preparamos o café e nos juntamos a mesa. A maioria do tempo foi silencioso. Javier, Alessandra e Matteo trocaram poucas palavras conosco. Eles pareciam mais interessados em ficar observando seus companheiros. Charles fez a mesma coisa, mas não conseguia sustentar seu olhar por muito tempo, ficava envergonhada.

Depois do café, os demônios pegaram seus respectivos companheiros e os levaram embora. É hoje que esses três vão sentir o que eu passei ontem. Posso ser uma péssima amiga, mas eu não os ajudei a escapar. Seria inútil, afinal, o mesmo ocorreu comigo. É quase impossível fugir.

─Então... ─voltei minha atenção a Charles, assim que os outros passaram pela porta. ─Acho que também está na hora de você ir embora, né? ─perguntei com um pouquinho de esperança e um sorrisinho no rosto.

─Não. ─respondeu, meu sorriso murchou. ─A gente vai para nossa casa!

─Olha Charles. ─suspirei e cheguei perto dele. ─Eu realmente não posso, amanhã tenho trabalho, você sabe disso.

─Ok. ─disse e eu estava prestes a agradece-ló, quando ele disse:

─Ficarei aqui então! ─piscou, pegou seu celular e se distanciou conversando com alguém.

Fiquei de boca aberta. É sério? Já to vendo que vai ser difícil de lidar com esse homem. Revirei os olhos e fui até meu quarto. Me deitei na cama, me cubro com um cobertor e ligo a TV, na esperança de ter algo bom para assistir. Olhei para o lado ao sentir a presença de Charles, ele estava encostado na porta me olhando com um sorriso de lado.

─Estava planejando assistir sem mim? ─perguntou colocando a mão sobre o peito. ─Fiquei magoado!

─Deita de uma vez nessa cama, brutamontes!

Ele todo bobo chegou mais perto, tirou sua roupa, ficando apenas de cueca e se deitou ao meu lado. Coloquei um filme qualquer e me deitei em cima do seu peito. Seu corpo musculoso e quente me fazia tremer. E por mais que quisesse dar pra ele agora, estou muito cansada para fazer isso. Senti a mão dele em meu cabelo fazendo um cafuné gostoso. Beijei seu peitoral, me afastei e olhei para ele. Lhe dei um selinho, voltei a me deitar e aos poucos senti o sono me tomar.

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Gratidão demais!❤

E vocês pediram uma maratona e eu atendi o pedido de vocês!