1° livro da Série Demônios
Em tempos antigos, todos ouviam falar em uma criatura cruel que era temida por muitos. Sua aparência é como de um homem comum, ele vaga pela terra, mas seu lugar é no submundo. Apesar de bonito e poderoso, a criatura mais...
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Charles
Dou o primeiro passo para fora do meu jatinho. Olho para os lados vendo a típica movimentação brasileira. Vivo atualmente na Itália, por escolha própria e por conta da minha empresa. Claro que existe algumas filiais espalhadas pelo mundo todo, afinal dinheiro não é o que me falta. Nada modesto, eu sei. Mas é a realidade.
Comandar uma empresa não é nada fácil, ainda mais se ela é a mais famosa do mundo. Exige muita responsabilidade, além de dedicação. Tenho uma vida agitada admito, mas gosto disso. O silêncio do inferno já não me agradava mais. Então decidi vir para a terra a alguns anos. Posso dizer que foi uma escolha sábia, mas muitas vezes devo voltar para o submundo por conta de algumas questões.
Estou em São Paulo para resolver alguns assuntos com um velho amigo. Ele é dono de uma empresa de publicidade. O conheci em uma confraternização nos Estados Unidos, desde então ficamos próximos nos negócios e na vida pessoal. E sim, ele sabe que sou um demônio, já que o mesmo sentiu o meu cheiro. E claro que eu reconheceria um lobo de longe, eles fedem a cachorro molhado e terra. Ninguém além dele e sua família sabem sobre mim. Eles foram os únicos que se mostraram ser leais para saber de tal fato.
Hoje mais cedo liguei para sua empresa. Mas quem me atendeu foi sua secretária, bom eu pelo menos acho que era. Eu a interrompi, mas mesmo escutando sua voz por poucos segundos senti algo. Meu demônio se revirou dentro de mim, agitado. Logo ele se acalmou, mas fiquei ainda com aquela sensação, estranha, assim vamos dizer. Sei que sou grosso -em dois sentidos- porém nem sempre sou assim, mas naquele momento estava irritado por causa de alguns problemas que havia surgido com o decorrer da viagem. E também que Lorenzo, aquele figlio de puttana, não me respondia, o que deixou mais furioso ainda.
Agora estou mais tranquilo pois meu braço esquerdo, Javier, está cuidando de tudo com o Lorenzo. Caminho até meu carro onde meu motorista esperava e o peço para que me leve até minha casa. O trânsito estava como da última vez, um caos, São Paulo parecia a mesma de sempre. Há algum tempo eu já havia estado aqui, mas fiquei apenas três dias. Desta vez pretendo ficar um mês, mas se algo acontecer terei que retornar antes do esperado.