Capítulo 2.

109 10 4
                                    

5 de agosto de 2038. - 7h48min55seg.
Clima: chuvoso.

*Angela P.O.V*

Quando todos nós entramos no carro, sentei-me no banco do passageiro, Hank no do motorista e Connor atrás, mas ficou no assento do meio. A curta viagem foi silenciosa, nenhum de nós falamos uma palavra sequer. Eu, no caso, não falei por perceber o mal humor de Hank, que era visível em seu rosto. Eu só não sabia se era por causa da presença de Connor ou porque já tínhamos que ir a uma cena do crime às 7h da manhã... Talvez seja pelas duas razões.

Já estávamos chegando ao nosso destino, até que o céu começou a escurecer bastante. Notei aquilo, e para quebrar aquele clima meio "desagradável" que reinava dentro do carro, falei o que eu via.


— Oh, nossa... O céu tá bem cinza. Engraçado, estava ensolarado até uns minutos atrás...
— Bem observado, se você não falasse, eu não teria percebido- - Hank respondeu com a mais pura ironia, mas logo foi cortado por Connor.
— 98,77% de chance de chover daqui a 5 minutos. Melhor nos apressarmos para que não fiquemos molhados com a chuva.
— Ah, você acha? Então fala com esse carro de merda aí na frente para andar mais rápido.

Connor ficou em silêncio. A sua LED girou apenas uma vez na cor amarela, mas voltou para a azul em seguida.

- Hank, fica calmo... Já, já chegamos lá. - Falei com um tom suave. Não queria que ele perdesse a sua desconcentração.
- É, você é a única que pensa assim.

A partir disso, ficamos em silêncio novamente, e a chuva começou a cair, exatamente em 5 minutos após a previsão de Connor. Apenas escutei um "tsc" vindo do meu lado, mas não me importei. Mais 5 minutos depois, finalmente chegamos à cena do crime: uma casa simples, não tão bem cuidada por fora. Parece que, ou o dono não fazia manutenção em sua área externa, ou o crime tinha acontecido mais de 5 dias. Precisava conhecer mais sobre a vítima para ter certeza daquilo.

Hank estacionou próximo às outras viaturas que já estavam ali, e quando iríamos sair do carro, ele virou para nós dois.


— Vocês, esperem aqui.
— Quê? Mas eu sou uma detetive. Eu não vou ficar aqui, e nem Connor. Ele também faz parte da investigação-


Hank saiu do carro, e não deu ouvidos para mim. Fiquei irritada, é claro, mas logo me virei para Connor.


— Eu imagino que também não queira aqui, só esperando.
— Bem... Eu não tenho vontades. Mas isso vai contra as minhas instruções. Então, não.
— Hah, entendi. Vamos lá?

Connor afirmou com a cabeça e abri um sorriso. Nós saímos do carro e fomos até a fita eletrônica que separava o quintal da calçada, logo mostrei o meu distintivo para um dos policiais que cuidava daquele local.

— Detetive Lacroix. Ele está comigo.

Falei, olhando para Connor brevemente. O homem liberou o acesso, e passamos. Hank ainda estava parado diante à casa, e quando nos viu, fez uma cara impaciente.


— De que parte de esperar no carro vocês não entenderam?
— Perdão tenente, mas a sua ordem fere as minhas instruções. Det. Lacroix também está trabalhando no caso, então não podemos esperar no carro.

Concordei com a cabeça, e ele revirou os olhos.


— Tá, tá... Tanto faz. Angela, tome cuidado. Você não encosta, não fala e não fica no meu caminho, entendeu? - Ele se referiu à Connor.
— Entendi.

Respirei fundo, e depois desviei a minha atenção para o det. Ben Collins.

— Bom dia, tenente. Pra você também, Angel.
— Bom dia, Ben.
— Pensei que você não iria aparecer, Hank.
— Pois é, esse era o plano até esse android aparecer pra encher o meu saco...
— Então você comprou um android, huh?
— "Haha", muito engraçado. Vamos, conta logo o que aconteceu.

Penso, Logo Existo (A Connor Fanfic | DBH). - Pause.Onde histórias criam vida. Descubra agora