Capítulo 4.

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6 de agosto de 2038. — 15h46min51seg.
Clima: agradável, poucas chances de chuva.

*Angela POV*

Naquele momento, eu, Hank e Connor estávamos dentro do elevador do prédio que iríamos investigar. Para ser sincera, eu estava meio... Tensa. Além daquele elevador ser um pouco duvidoso em relação à manutenção, estava pensando em Gabriel. A conversa que tivemos uma hora atrás não foi nada boa. "Com quem eu fui me meter?", pensei. Eu até me senti observada, mas não estava muito focada nisso. Eu realmente tenho que dar um basta nele, ou do jeito que ele é, as coisas podem acabar piorando.

Depois de alguns minutos, o elevador finalmente chegou ao andar. A porta se abriu, e eu e Hank saímos. Quando eu ia seguir caminho até a porta, eu percebi que Connor ainda estava dentro do elevador, de olhos fechados.

— Connor?

Sem respostas. Hank decidiu chamá-lo.

— Connor!
— Perdão. Eu estava enviando um relatório para a Cyberlife.
— ... E pretende ficar aí dentro?
— Não. Estou indo.

Dei de ombros, e segui na frente dos dois. Notei o nível de precariedade que aquele corredor se encontrava. Era um bom lugar para alguém se esconder, já que as pessoas fogem desse tipo de lugar, então não chamava tanta atenção.
Cheguei diante à porta, e bati na porta. Os meninos chegaram, e cada um ficou de um lado meu. Enquanto isso, escutei os dois conversarem.

— Você disse que estava enviando um relatório para a CyberLife... Tu consegue fazer isso apenas fechando os olhos?
— Resumidamente, sim.
— Olha, quem me dera... Seria tudo bem mais fácil.

Ninguém atendeu a porta, e olhei ambos. Connor manteve a sua expressão, e Hank deu de ombros. Respirei fundo, e logo bati mais forte na porta, fazendo com que o barulho fosse um pouco mais alto.

— Olá? Alguém em casa? Abra, Polícia de Detroit! — Falei em um tom de voz alto, mas ninguém atendeu.
— Urgh, vocês dois. Vão pra lá. Só tem um jeito de resolver isso.

Escutei Hank, e dei um sorriso. Eu e Connor fomos para trás, e com facilidade, ele arrombou a porta com um chute. Eu gostava de vê-lo em ação.

— Agora, vamos.


Hank foi na frente, eu fui atrás dele e Connor atrás de mim. A casa estava quase no mesmo estado que o corredor, só que um pouco pior. Paramos em outro pequeno corredor, que tinha três portas. Logo, notei algo bem estranho no chão do corredor.

— Aquilo são... Penas?
— Sim. Da espécie Columba Pilia. Mais especificamente, são penas de pombos comuns.
— Mas por que tantas penas? Será que é pelo estado do apartamento?

Passei na frente de Hank para chegar na porta que estava no final do corredor, mas ele me puxou na hora que escutou um barulho estranho vindo de lá.

— Espere aí, Angel. Você está desarmada.
— Ah... Tudo bem. Cuidado.

Hank sorriu minimamente, e me afastou. Ele realmente parecia estar em um filme de ação, ou se achando em um. Sempre era assim. Connor, que estava atrás de mim, foi especionar o banheiro, então eu fui atrás.

— Esse banheiro é grande... Seria bem bonito se passasse por uma reforma, não é?
— ... Sim, concordo.

Eu sorri com aquela resposta. Talvez eu possa começar a fazer perguntas à ele como aquela. Mesmo que ele não seja para isso, eu não quero tratá-lo como um "android". Connor percebeu o meu sorriso, e ficou me olhando por alguns segundos, mas depois, desviou o olhar. O silêncio foi quebrado por Hank, que tinha aberto a porta.

Penso, Logo Existo (A Connor Fanfic | DBH). - Pause.Onde histórias criam vida. Descubra agora