Capítulo 3.

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6 de agosto de 2038. - 14h04min45seg.
Jardim Zen.

*Connor POV*

Em um piscar de olhos, surgi no imenso Jardim Zen. Lá era uma espécie de interface gráfica que a Cyberlife fez para que eu pudesse revisar os casos dos divergentes com Amanda.

Amanda: confiança.

Comecei a andar pelos caminhos feitos por mármore branco, buscando por ela. O lugar era extremamente calm e agradável, cheio de plantas e flores, e um lago calmo e cristalino. Identifiquei-a no centro do jardim, mexendo com algumas rosas, provavelmente cortando as suas ervas daninhas. Me dirigi em sua direção, e quando cheguei, abri um pequeno sorriso.


— Olá, Amanda.
— ... Connor. Fico feliz em te ver. Soube que vocês conseguiram retirar informações do último divergente, estou orgulhosa.
— Obrigado, Amanda. Foi difícil, mas eu e os outros conseguimos fazer um bom trabalho.
— Poderia me dizer o que ele te falou?
— Bem... Segundo ele, para o dono, nada do que ele fazia estava certo, e a vítima o tratava de maneira muito abusiva. Foi aí que ele sentiu raiva, mas principalmente medo de morrer ou de ser destruído. Portanto, o android matou ele por causa disso. Ele também disse que não quis fugir pois não sabia o quê fazer, já que ninguém estava mandando mais nele.
— Entendi. Algo mais?
— Na verdade, sim. Eu tinha encontrado, dentro do banheiro na casa, várias escritas compulsivas de "RA9", como se fosse uma oferenda religiosa. Perguntei para ele, e ele falou que essa espécie de entidade seria a única que poderia salvar os androids.
— Interessante... Como vai a relação com o tenente e com a detetive?
— Sobre eles... O ten. Anderson é um pouco... Intrigante, por assim dizer. Ele é irritável, e não vejo muitas chances dele desenvolver um bom relacionamento comigo por enquanto, mas também é um ótimo profissional. Já a det. Lacroix é totalmente ao contrário. A presença dela é agradável, e me trata de uma maneira bem gentil. Até me salvou de quando aquele mesmo divergente tentou atirar em mim, e...
- Ele tentou atirar em você?
- Sim. Após o fim do interrogatório, ele começou a se auto destruir, então alguns policiais foram tentar intervir. Sem sorte, o android conseguiu pegar a pistola de um deles e mirou em mim. A det. Lacroix me salvou e me jogou no chão. Ele acabou se matando, mas pelo menos conseguimos entender o porquê do crime ser feito.
— Certo. Novamente, estou orgulhosa, mas não podemos perder o foco. Há vários casos de novos divergentes surgindo, Connor. Precisamos dar um basta nisso. Estamos ficando sem tempo.
— Não irei te decepcionar, Amanda.
— Espero que assim seja. — Ela deu uma pausa. — Um novo caso acabou de ser confirmado. Vá falar com o tenente e com a detetive sobre.
— Entendido.
— Até outra hora, Connor.
— Até.

Depois de me despedir de Amanda, a minha visão escureceu e voltei para a realidade. Eu estava dentro do Departamento de Polícia de Detroit, sentado em uma cadeira ao lado da mesa de Hank, à espera dele e da detetive. Quando ela veio em minhas lembranças, fiquei curioso para saber qual era a mesa dela. Talvez eu pudesse conhecê-la melhor assim.

*Procure a mesa de det. Lacroix.

Me levantei, e olhei para a mesa que era de frente para a do ten. Anderson. Andei até ela e olhei a placa, que estava escrita "det. Lacroix". Era ali. Aproximei-me da mesa, e comecei a análise.


○ Analisando...

Livro sobre psicologia criminal. "Psicologia no Comportamento Criminoso", escrito por Luiza Cristina de Azevedo Ricotta. 1° edição - 2015. Livro escrito em português brasileiro.
Flores. Mais especificamente, rosas amarelas muito bem cuidadas;
Quadro de foto. Angela Lacroix e Amelie Lacroix, a sua mãe. Notou a falta do pai na foto. Será que ele morreu ou as abandonou?
Pelos caninos presos na cadeira. A raça seria um Golden Retriever;
— Vários vasos de planta pequenos na mesa, além das rosas.

Penso, Logo Existo (A Connor Fanfic | DBH). - Pause.Onde histórias criam vida. Descubra agora