Princesa, Por Legado - TRILOGIA PRINCESA

Capítulo 30

Polo

— Ela deu todo aquele showzinho sobre pontualidade para no final, resolver ser a que atrasa? — resmungo baixo para Pérola que vira o rosto em forma de protesto — Quantas vezes tenho que dizer que não vou roubar ela de você? Qual foi, Pel!? Era minha única opção

Nos levantamos em forma de reverência a ao rei e rainha que acabam de chegar, junto com Lua e meu pai.

— Perdão por ter os deixado esperando, tivemos um pequeno contratempo — Soren diz

— Não precisa se desculpar, majestade. Não esperamos muito — Harry diz

Lua ignora o lugar ao meu lado e se senta entre Pérola e Hina, dando assim motivo o suficiente para meus pais me olharem buscando alguma coisa em meu olhar, que me julgue culpado de algo que tenha feito contra a astro da noite.

Enquanto o jantar é servido Soren conversa com meu pai sobre nosso reino

— Quero parabenizar você, Arthur, e também a Esmeralda. Cadloe é o primeiro reino que visitamos onde conselheiros se juntam a mesa. Isso é algo que diz muito sobre seu reinado. Algo que falta em muitos países

— Eles são nossa família, não poderíamos o tratar de outra forma — Mamãe diz — Hina e Edwin estão com a gente a mais de vinte anos. Temos uma grande bagagem de histórias juntos, já Lua e Chase são os caçulas, mas já muito amados

A rainha olha pra Lua e sorri. Talvez essa garota seja como a tia Marie, uma grande bruxa e já enfeitiçou toda a minha família, principalmente meu irmão. É ridiculamente ridículo a forma com que os dois se olham. As vezes tenho vontade de vomitar.

— Poderia ser um pouco menos expressivo? — Pérola pergunta baixinho e sem entender, eu a olho — Você olha para os dois como se estivesse com ciúmes. Isso deixa minha fanfique sem graça

— Eu não sou um personagem da sua historinha, Pérola

Ela me belisca por baixo da mesa e sem querer eu deixo o garfo cair no chão ao me retorcer de dor 

— Perdão majestades — digo envergonhado e rapidamente Lua vem até mim e pega o que caiu, e repõe um novo talher em meu prato — Obrigada, Lua.

— Devo me sentar entre os dois agora? Pensei que já fossem bem grandinhos para ficarem fazendo esse tipo de coisa — ela fala quase num sussurro e Pérola abaixa a cabeça — Tenha santa paciência

— Como é trabalhar em dose dupla, Lua? — O rei Soren pergunta sorrindo — Acha que devo chamá-la pelo seu nome inteiro?

Percebo que ela fica sem graça, por não ter um sobrenome para dizer ao rei e ao olhar para Pérola e Harry, seu pintinho colorido. Eles estão mais sem graça que eles.

Bom momento para se ter amigos.

— Lua já é um nome muito intenso para se preocupar com sobrenomes não é mesmo? — brinco e ele sorri confirmando

Lua me olha e oferece um sorriso amarelo.

Ridícula.

O jantar é retirado da mesa e então todos nos levantamos e caminhamos até nossos aposentos. Lua e Harry vão em direção ao jardim e eu os sigo por algum momento mas paro ao ver os dois sorrindo na beira do lago enquanto Harry joga pedrinhas na água.

— Isso é tão antiquado

— Antiquado é você que não sabe o que quer — Pérola diz atrás de mim

— O que quer dizer com isso?

Ela suspira e vem ao meu lado

— Eu queria saber exatamente o que dizer, mas não sei. É difícil compreender você, Polo — fala olhando para os dois — Não sei se você gosta da Lua, ou só não gosta do fato dela gostar do Harry. Você está se apaixonando, ou é soberbo demais

Eu suspiro pesadamente

— Pérola, eu realmente não sei o que pensa da vida. Qual parte do eu tenho uma namorada você não entende?

— Polo você não ama a Alisha! — ela se altera — Ela é só alguém que você não quer perder, e você sabe muito bem o motivo!

— Então me diga, vamos lá Pérola, diga-me o motivo — falo mais alto e então mamãe para no corredor e nos chama atenção

— Porque estão falando nesse tom? — pergunta — Há algum episódio que eu tenha perdido?

Eu olho para a janela e Pérola abaixa a cabeça

— Estou falando com vocês

— Desculpe mãe, não vai mais acontecer — digo e ela nos olha fixamente

— Não quero que briguem novamente, okay? Nem um dos três. Está ouvindo, Polo?

— Sim - respondo

— Pérola?

— Sim, mamãe.

Mamãe e papai sempre foram do tipo "não briguem" lembro-me diversas vezes na infância que me fizeram pedir desculpas aos meus irmãos por eu ter feito algo. E sempre eram coisas pequenas, do tipo, empurrar da escada para chegar primeiro a sala de jantar e outras dessas coisas

— Desculpa — digo a minha irmã antes de sair e quando vou abrir a porta do meu quarto vejo que Lua deixou um bilhete na porta

"Tenha uma boa noite, príncipe. Amanhã teremos um dia cheio"

Eu rasgo o papel com toda raiva que há acumulada dentro de mim.

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Capítulo curtinho hoje, mas o próximo prometeeee