Capítulo 37

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Lua

O Príncipe me olha surpreso, e para a surpresa dele, eu sinto mesmo.

- É, Polo. Eu sou órfã. Literalmente. Mas você não sabia disso, quer dizer que se preocupa muito com o histórico de quem trabalha pra você

Ele suspira

- Sabia que era órfã, e que trabalhou nesse orfanato. Mas não que você veio de um, e seus pais adotivos?

Sorrio

- Estude meu histórico depois conversamos, Príncipe

Ele nega com a cabeça e um carro atrás de nós buzina para ele liberar o caminho, pois a pista já está livre

- Quem ele pensa que é para... - ele olha no retrovisor e soca o volante - Porque diabos vocês o chamou?!

Olho no retrovisor e vejo que o motorista do carro de trás é um dos seguranças do Príncipe. Ele falou que seria discreto! Mas que droga!

- Em minha defesa, eu só quero o manter seguro, e sei que sozinha não consigo.

Ele bufa e acelera o carro. Checo novamente seu cinto de segurança e então fico dez por cento mais tranquila.

Polo tira o boné antes de passar pelos portões de Cadloe e eu sorrio ao ver seu cabelo bagunçado caindo sob a testa. É difícil vê-lo assim.

Sem paciência, ele para o carro no meio do caminho até onde deveria estacionar e sai batendo a porta com força.

E lá vou eu, novamente, exercer meu papel de babá de gente grande

- Quanta infantilidade, deveria estar feliz por eu me preocupar com você! Ele nem se aproximou de nós

Ele me olha repentinamente e eu paro de andar

Ele me olha repentinamente e eu paro de andar

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- Não é infantilidade. Eu só queria um dia longe de tudo isso. Mas você fez questão de me lembrar do que sou

- Você me falou que só queria comer num lugar vagabundo, não me disse que...

- É, Lua! Não disse! Mas e daí? - diz num tom mais alto - Eu só estava sobrecarregado, você quando erra, pede desculpas. Uma autoridade quando erra, envergonha toda uma nação, embora meu erro foi encoberto, eu falhei com meu povo. Eu não traí apenas a Alisha, eu traí meus pais, meus irmãos, eu traí Cadloe. Eu não mereço a coroa que eu uso

Ele dá as costas e eu não ouso segui-lo. Meu coração diz que fiz o certo como conselheira em prezar pela segurança do príncipe, aliás, é proibido sair do castelo sem uma escolta de segurança. Eu estaria desobedecendo o Rei. Mas do outro lado, minha mente diz que eu não sirvo ao Rei, e sim, seus filhos. Nada aconteceu conosco hoje, e se tivéssemos sem o segurança, também não teria acontecido. Eu não fiz o trabalho. Não servi o príncipe. Eu apenas segui regras.

Princesa, Por Legado - TRILOGIA PRINCESAOnde histórias criam vida. Descubra agora