Fase II: Bem-vinda à cidade

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O caminho para sua nova vida foi tranquilo, Rebekah era uma ótima parceira de viagem. A loira não falava muito e tinha o gosto musical parecido com o da jovem, Holly não tinha do que reclamar.

Assim que cruzaram a entrada de New Orleans, o carro foi parado por uma bruxa. A morena acelerava mas o automóvel não se movia, não levou muito para que o pescoço da o original fosse quebrado e Holly apagasse, e tudo sem um mínimo toque físico. Quem quer que fosse aquela mulher, seu poder era inegável.

A morena acordou em um quarto, era pequeno porém possuía duas camas. Sua cabeça ainda doía e todas suas coisas que antes estavam na mala de seu carro, agora estavam naquele pequeno cômodo.
A jovem se perguntava o que aquilo poderia ser, ela caminhava cuidadosamente pelo ambiente e achou um banheiro, também vazio.

-Quem é você? -Uma mulher disse atrás da morena, seus cabelos também eram castanhos, porém mais curtos e com alguns fios brancos.

-Holly Shared. Que lugar é esse? -A morena sua frente baixou a guarda e nesse momento Holly teve certeza de onde a conhecia, ela era a razão para que a jovem estivesse ali, ela era a bruxa que havia apagado-a.

-Eu não me lembro de muito também, é só um tipo de prisão. Eles me tiram daqui quando querem e me colocam aqui quando querem, eu já nem me lembro ao certo quando vim parar aqui. -Aquela mulher na sua frente pareceu viajar no tempo um pouco, sua cabeça variava.

-Você me trouxe aqui, você parou meu carro. Onde está Rebekah? -Aquela mulher na sua frente tinha uma feição duvidosa. Ela se esforçava, mas não existia qualquer mínima lembrança na sua mente sobre aquela jovem na sua frente.

-Rebekah Mikaelson? Eu não a vejo faz muito tempo, posso te garantir. Desde que eu cheguei nesse inferno, gostaria muito de vê-la. -Não demorou muito para que a morena mais jovem se desse conta do que acontecia, aquela mulher realmente não tinha acesso a todas suas memórias.

-E qual o seu nome? -Ela tentava ser simpática com a mulher agora sentada em uma das camas, ela parecia tão vítima quanto Holly.

-Davina Claire, o que é uma das poucas certezas que eu tenho sobre mim. Esses dias eles trouxeram essa cama, eu fiquei me perguntando para que ela serviria durante muito tempo. Acho que a pergunta mais exata seria "para quem?", no final. Você já sabe o sexo? -A mente de Davina não estava sã e ela tinha seus picos, por vezes funcionava além de sua capacidade e por outras muito abaixo da mesma. A mulher apontou para a barriga já aparente de Holly, a jovem logo completaria seus quatro meses de gestação.

-Eu não consegui ver na minha última consulta, a doutora disse que em no máximo duas semanas conseguiríamos descobrir. -A jovem viajava entre suas memórias, enquanto acariciava sua pequena barriga. Suas memórias focavam bastante aos diversos momentos em que teve com Stefan e aqueles bebês, o sorriso do loiro ao acariciar aquela pequena barriga e sentir os pequenos seres viventes ali eram uma perfeita fonte de esperança para a morena. Holly precisaria bastante disso nos próximos dias.

-Se você conseguir sair daqui. Não quero ser pessimista, mas eu não me lembro nem quando cheguei nesse lugar. -A verdade era que a mulher não lembrava de muitas coisas sobre sua própria vida, mas ela sabia muito bem daquilo. Estar sozinha naquele quarto durante tanto tempo e sem completo acesso às suas memórias haviam mexido muito com a mente de Davina, talvez ter Holly fosse a ajudar.

As horas se passavam sem que as moças no cômodo pudessem ter noção, Davina se guiava pelas refeições, já havia se acostumado com aquela vida. Holly não aceitava aquela prisão e tentava por toda maneira deixar o ambiente, já havia batido nas portas, gritado por socorro e até tentado ensinar a Davina um feitiço que Celeste vivia por praticar.

Os 30 anos depois da Elena | VOLUME ÚNICOOnde histórias criam vida. Descubra agora