11 | Limites

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Vinnie Hacker


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Depois de andar com Cheryl por todo o resort, e assistir a todos os homens olharem para ela, e ter vontade de quebrar as mãos de todos eles também, nós finalmente escolhemos um lugar para passar a tarde.

Eu me deitei em uma das cadeiras confortáveis, flexionei os braços e observei minha suposta noiva.

Ela tirava o xale preto com a graça e elegância de uma modelo, e o cabelo preto caía em suas costas em uma cascata linda de fios ondulados. Sua cintura fina e o quadril grande faziam seu corpo ter a silhueta perfeita.

Me sentei depressa e ela esticou o canto dos lábios.

Eu fechei os olhos, sentindo minha respiração acelerar.

Os dedos finos de Cheryl tocaram meu rosto com delicadeza e o levantaram.

Eu engoli em seco e abri, meus olhos encontrando a íris azul e intensa dela. Assisiti a ela passar o polegar pelo meu maxilar, meu queixo e então meus lábios. Minha respiração falhou e eu coloquei minha mão sobre a sua.

- Cheryl...- Era para soar como uma ordem, mas eu começava a perceber que não conseguia fazer nada soar como uma ordem quando estava perto dessa mulher.

Ela tirou a mão do meu rosto.

- Limites no jantar, certo?

Eu assenti, sem ser capaz de desviar os olhos dos dela. Cheryl suspirou e deu um meio sorriso.

- O que foi? - Eu murmurei enquanto ajeitava discretamente a bermuda.

Ela sorriu ainda mais.

- Por que você me apresenta para todos os seus amigos como Cher, mas sempre me chama de Cheryl?

Eu revirei os olhos.

- Eles não são meus amigos, cara. - Ela ergueu as sobrancelhas, esperando uma resposta, e eu passei a mão por meu cabelo, bufando. - Se eu te apresentar como Cheryl, eles vão te chamar assim, e eu não quero.

Ela franziu o cenho, achando graça.

- Você não quer que eles me chamem pelo meu nome?

Eu pisquei e me levantei, a supreendendo. Cheryl abriu a boca para dizer alguma coisa, mas eu inclinei meu rosto na direção do dela e nenhum som saiu de lá.

Eu levei minhas duas mãos até sua cintura, sua pele descoberta me convidando a toca-la. Cheryl era tão pequena que meus dedos se encontravam em suas costas, e quando eu a puxei em minha direção sabia que ela sentiria minha ereção contra sua barriga.

Ela arfou e eu sorri.

- Não, para eles seu nome é Cher. Foi o que você me disse no primeiro dia, lembra? Eu te perguntei seu nome e você levantou a cabeça daquele seu jeito encantador e disse ''Cher". - Apertei mais seu corpo contra o meu e sua respiração falhou. - Eu sou o único que te chama de Cheryl. Não vou deixar os canalhas daqui pronunciarem seu nome, de jeito nenhum.

Ela assentiu, seus seios subindo e descendo rápido.

A mulher era tudo de bom.

- Precisava de um "banho de água fria", literalmente.

Ela soltou uma risadinha e negou com a cabeça.

- Você nem tirou sua roupa, Hacker. Meu Deus.

Eu ergui as sobrancelhas.

- Você quer me ver sem roupas, cara? - Eu começava a prestar atenção em suas reações quando falava italiano, e percebia que ela gostava.

Cheryl revirou os olhos e me deu um soquinho.

Broken Pieces // Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora