09 | E ela sorriu

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Vinnie Hacker


E eu fico aqui na minha, observando...Observo detalhes, seu jeito, suas manias, observo você. É incontrolável. Irresistível. É uma sensação louca de te ter, te conhecer, te reparar.

+

Entrei no quarto e fui imediatamente para o chuveiro. Fechei os olhos, deixando a água gelada fazer o trabalho de acalmar meus nervos.

Estar com Cheryl era intenso, torturante e delicioso. Eu estava tão complemente ciente da presença dela o tempo todo que chegava a ser exaustivo, mas mesmo assim eu sentia certo prazer masoquista nisso.

Com os olhos fechados, as lembranças das pernas dela nuas invadiram minha mente. Suas coxas grossas e tão lindas, macias...O pé sempre descalço, sua panturrilha, que tinha aquela curva sensual e...

Olhei para baixo. Eu estava duro. Denovo.

Estava duro pensando nas panturrilhas da mulher, pelo amor de Deus.

Me frustrei ao perceber que já era a terceira vez hoje que ficava com uma ereção por causa da mesma pessoa.

Acontece que Cheryl era o tipo de mulher que, antes de dormir, debaixo dos lençóis, os homens pensam enquanto se masturbam.

Levei minha mão até meu pau duro e suspirei.

Eu não era a exceção, aparentemente.

Comecei a mover minha mão para cima e para baixo devagar, imaginando ela ali, no mesmo boxe que eu. Seu cheiro delicioso e doce, a pele molhada...

Soltei um gemido rouco ao imaginar meus dedos dentro dela, fundos, fortes e rápidos. Imaginei que sons ela faria durante o sexo.

Seria o tipo que grita? Ou que geme baixinho?

Eu me apoiei na parede, acelerando os movimentos. Imaginei o gosto de Cheryl em minha língua, meus lábios. Ela gemendo meu nome, puxando meu cabelo...

Abri a boca apertando mais os olhos.

Uma imagem de Cheryl contra a parede arfando enquanto meu pau entra fundo nela...

Senti um líquido diferente da água do chuveiro sobre minha mão. Meu corpo estemeceu, e eu ofeguei.

Faziam só três dias que eu a conhecia e ela ja tinha me deixado no limite da excitação, do autocontrole, da paciência.

Cheryl disse que nossos limites precisariam ser bem demarcados, mas como eu vou demarcar os meus limites se ela consegue quebrar cada um deles com um simples olhar? Ou com aquelas pernas deliciosas...

Bufei. Os próximos três meses seriam impossíveis, se os últimos dias fossem algum indicativo...

+×+

Ouvi o barulho dos habituais saltos e me virei. Cheryl descia a escada com a cabeça erguida, os cabelos pretos presos em um coque elegante e apertado. Ela usava uma camisa de botões azul, de sedã, e conforme ela se aproximou pude perceber que os últimos dois botões estavam abertos, revelando alguns centímetros daquela pele esculpida pelas mãos dos próprios deuses.

Ela usava uma calça preta simples e justa, com saltos pretos também. A própria figura do distanciamento. E eu até acreditaria que essa era a intenção dela, se não fossem aqueles olhos azuis que me olhavam com tanta atenção.

Eu me aproximei dela, com as mãos nos bolsos.

- Você está linda, cara. - Ela me lançou um olhar avaliativo.

Broken Pieces // Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora