15 | Entre quatro paredes

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Vinnie Hacker


Você deve correr riscos. Beije o cara errado na hora certa. Beije o cara certo na hora errada. Basta viver cada dia como se não houvessem restrições.

×

Cheryl passa o dedo por minha extensão dura e coberta, e eu fico tenso, a apertando em meus braços.

Inclino a cabeça e roço o nariz na parte exposta de seu pescoço, e ela arqueja.

- Eu quero você. Hoje. - Minha voz sai rouca quando eu digo, e posso sentir a respiração ofegante dela contra minha pele.

- A gente...Vinnie, você sabe que não podemos.

Eu beijo sua bochecha, seu queixo, seu lábio inferior.

Cheryl engole em seco.

- Sim, cara, sexo vai complicar as coisas. Eu sei que vai. Mas eu não acho que vou aguentar mais dois dias ao seu lado sem estar dentro de você. - Eu me afasto um pouco e encaro os olhos dela, suas pupilas dilatadas.

- Nós tínhamos regras, lembra?

Eu dou um sorriso leve, com o canto dos lábios.

- Você tinha. Nada de eu te dar ordens, nada de te observar dormir, nada de invadir sua privacidade e nada de te olhar como se eu quisesse te fazer minha por inteiro.

Ela prende a respiração e assente, esperando.

- A regra número um pode ser modificada enquanto estivermos nesse resort, ja que no carro, quando você perdeu, me disse que faria o que eu quisesse. - Eu começo a leva-la para um canto mais afastado do salão, ainda dançando. - A regra número dois eu já quebrei, desculpe. Você é adorável dormindo.

Eu pego a mão de Cheryl e a puxo para trás de uma coluna gigante, pressionado seu corpo contra a pedra gelada e colocando cada uma de minhas mãos ao lado de sua cabeça.

Ela inclina a cabeça.

- Acho que estávamos nessa mesma posição no dia em que selamos nosso "contrato". Parece que você gosta de me por contra a parede.

Eu respiro fundo, deixando que seu cheiro se infiltre não apenas em meu corpo, mas em minha mente, meus pensamentos, minha alma.

- Com você existem pouquíssimas coisas que eu não gostaria de fazer, Cheryl. - Ela estremece ao som de seu nome em meus lábios, e uma onda de satisfação me atinge. Anotado. - Agora, sobre suas outras duas regras: eu acredito que esteja lhe dando toda a privacidade que deseja.

Ela assente, sem tirar os olhos de minha boca.

Eu suspiro.

Ela sorri.

Eu encosto nossas testas, fechando os olhos com força.

- Não consigo olhar para você de qualquer outro jeito, querida. Você é a coisinha mais ousada, esperta e linda que eu já vi. Não consigo fingir que não é, que você é só qualquer mulher. Não consigo.

Ela respira fundo.

- Mas sexo muda as coisas.

Eu aperto os olhos, me afastando para poder olhar em seus olhos azuis. Tão azuis.

- Só essa noite.

Digo, meus olhos brilhando.

- Só essa noite?

A voz de Cheryl mal passa de um fiapo.

Eu assinto, e minha mão deixa a lateral de sua cabeça e desce por toda a extensão de seu corpo, parando no ponto em que o tecido da fenda do vestido acaba. Sua coxa, nua.

Broken Pieces // Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora