Eadlyn "America"

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-Além dessa celebração, esperamos que possam nos procurar sempre que precisarem. Contatando os prefeitos de suas províncias, que vão nos passar qualquer detalhe. -Ok, eu consegui !! Senti orgulho de mim mesma por conseguir dizer isso sem gaguejar.

  Os murmúrios cessaram quando Maxon e eu realizamos a primeira dança e ele depositou em meu ouvido suas preocupações. Ele temia que as castas mais altas se revoltassem, já que essa decisão foi mal vista pelos conselheiros e prefeitos. Já começamos há um tempo a fazer esse tipo de união entre todos, mas depois de 6 meses sem nenhuma novidade o ritmo começou a acelerar, o que era justo, até porque precisaríamos fechar novas alianças rapidamente, para melhorar a situação ideológica do país, e essa era a condição.
  Maxon me fez girar pelo salão, e eu, em uma reverência impecável, inclinei um pouco a cabeça, me aproximei, e lhe dei um suave selinho.

-Estamos muito felizes em ver tantas mudanças nesse país America. Já estava na hora - confessou Nicolleta, com seu forte sotaque italiano, e logo foi repreendida pelos pais.

   A conversa estava boa, quando um súdito se aproximou demais e um guarda quis interferir.

-Tudo bem, pode deixar.
-M-majestade- cumprimentou a senhora, com roupas simples e até um pouco rasgadas. Devia ser 8.
-Não precisa de formalidades, fique calma. O que deseja ?
-Eu sou mãe de Eadlyn, quero saber como minha filha está.

    Eadlyn, a garotinha que eu trouxe para o palácio há uns meses para justamente cuidar dela. Como pude esquecer ? A verdade é que ela nunca conseguiu sequer sair da ala hospitalar, pois sua situação sempre veio piorando. Ao final dos dias sempre ia fazer uma visita, e se nunca entrei em contato com sua família foi por nem encontrá-los. Eles não tinham registro, um problema comum dos 8. Tudo que eu sabia era que ela estava... Mal.

-Venha comigo - chamei, com o coração apertado e um nó na garganta. -

  O projeto de trazer as crianças doentes para cá não foi atendido, por isso decidimos levar o médico até elas. Pretendíamos construir um centro de reabilitação em Angeles, justamente para isso. Um hospital central, no entanto, enquanto as castas estivessem sendo dissolvidas não poderíamos nos desviar muito desse objetivo. Eadlyn foi a única que teve todos os cuidados avançados do palácio.
  Foi descoberto na menina um tumor avançado e algumas infecções, então, conforme os medicamentos eram aplicados, ela ia piorando. Lucy se ofereceu para visitá-la quando podia e se apegou bastante.

-Majestade, ainda bem que está aqui. A menina Eadlyn, faleceu.

Felizes Para Sempre. Ou quase | A Seleção- FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora