Lados Gêmeos

Capítulo 4 - As pessoas sempre partem e te partem

Como prometido, venho com outro capítulo fresquinho. Mais uma vez, agradeço a todos que vieram aqui e deixou um voto na fanfic, bem como um comentário, isso me motiva demais, sério! O próximo sairá na próxima sexta-feira!

Bom, chega de blá blá, borá pro capítulo. 

"Aprendi que é possível seguir em frente, não importa quanto pareça impossível. Com o tempo a dor diminui."

Se arrependimento matasse, Rabastan já estaria a sete palmos debaixo da terra. Desde que retornaram de Godric's Hollows, o moreno se encontrava arrependido de ter proposto a visita de visitarem o túmulo dos pais da companheira. Holly estava cabisbaixa, e mal foi capaz de ter uma noite de sono tranquila devido aos constantes pesadelos que teve durante à noite.

A jovem acordava gritando, tendo fragmentos de memórias a respeito daquela fatídica noite de 31 de outubro de 1981. No final, a ruiva somente conseguiu dormir às sete da manhã. E embora odiasse ficar trancafiado em um quarto minúsculo por acreditar que estava outra vez em Azkaban, o maior continuou firme e forte ao seu lado, saindo apenas para tomar banho.

Neste ínterim, Rabastan cochilou várias vezes. No entanto, ele não foi capaz de ficar deitado durante muito tempo. Aproveitou que a amada estava dormindo para dar uma varredura em seu guarda-roupa. Praguejou, amaldiçoando Camille Rosier por ter ousado enganá-lo após colocar inúmeras vestimentas curtas no armário da mulher dele.

Queimou boa parte das vestes, deixando somente aquelas que considerou apropriadas para sua princesa. Assim que terminou, enviou um berrador à amiga, dizendo que era melhor ela dormir com os olhos bem abertos, porque assim que tivesse uma oportunidade, o homem a enviaria até a cova mais próxima.

Por volta das catorze horas, Holly acordou. Em um ato de impulsividade, inclinou-se para lhe dar um demorado beijo casto nos lábios. Apesar do choque inicial, a garota não o afastou em momento algum. Pediu desculpas, embora no fundo, não se arrependesse de nada. Após toda a situação constrangedora, começou ajudá-la a tomar as poções receitadas por Severus.

Em seguida, a pegou no colo, enquanto caminhava em direção ao lavabo. Colocou-a sentada no balcão da pia, chamando a elfa doméstica para auxiliá-la durante o banho. Depois de vinte minutos, seu anjinho retornou ao quarto. Saíram do aposento enquanto desciam as escadas, encontrando todo mundo sentado na extensa mesa de jantar dos Malfoy.

— Até que fim, hein — Bellatrix zombou do novo casal.

— Nós pensamos que vocês não sairiam mais do quarto. — Rodolphus também brincou com o casal de pombinhos à frente.

— Eu não dormi bem à noite — Holly tentou se desculpar, mas o ato não cessou as piadinhas.

— Você não lhe deve satisfações — Rabastan aproveitou a distração de Holly para torcer as bolas do irmão, que berrou como uma garotinha assustada. — Deixa-a em paz! Se você tirar sarro dela de novo, eu arranco seu amiguinho para sempre.

— Solta! — Rodolphus soltou um grito fino. — Socorro, Bella!

— Solte-o, agora! — Bellatrix sacou a varinha, apontando a mesma para Holly. A mulher não iria fazer nada, ela queria apenas fazer o cunhado tremer na base, o que acabou funcionando.

O caos se instalou. Enquanto Rodolphus chorava segurando as partes íntimas, Rabastan havia pulado no pescoço da esposa, buscando arrancar a varinha da morena de suas mãos, já Holly ficou gaguejando à medida que se desculpava por ter se atrasado para o almoço. Tudo parou quando todos escutaram a voz sonhadora de Luna Lovegood, que anunciou sua chegada.