IX.

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- Não precisas de te apressar - sinto o seu tom de voz um pouco desiludido.

- Eu sei que não, mas não quero incomodar-te - eu pouso o copo numa mesinha perto do sofá e continuo a encara-lo. Ele solta o copo também e enquanto o faz, revira os olhos e começa a bater com a perna

- Tu não incomodas porra - ele desvia o olhar - Quanto mais tempo ficares aqui, melhor para mim.

- Obrigada então - como assim??? O meu coração está a todo o gás. As minhas pernas tremem, assim como as minhas mãos e o frio parece que invade, apesar de eu mesma estar a sentir calor por todo o corpo. - Eu vou dormir. - levanto me e direciono me a porta.

- Já? - ele levanta-se rapidamente e coloca-se à minha frente - Não queres ficar a falar mais um pouco? - a sua mão encontra o meu rosto e acaricia o mesmo e eu pouco a minha cabeça na palma da sua mão.

- Tu sabes que se eu ficar, não vamos só falar - a minha respiração começa a ficar ofegante e eu temo não me aguentar mais de pé.

- Por isso mesmo que eu quero que fiques mais um pouco - ele aproxima o seu rosto e os seus lábios murmuram no meu ouvido, o que me dá uma enorme onde de prazer - Fica. - ele implora.

- Eu fico Jamie, eu fico - eu desprendo-me rapidamente de si e agarro o seu rosto beijando-o completamente. Ele agarra na minhas coxas e eleva-me para o seu colo e cerco a sua cintura com as mesmas.
Ele carrega-me nos seus braços até o sofá e atira-me como se eu fosse apenas roupa que ele acabara de despir. Ele tira a sua tshirt e agarra no cinto dos meus jeans e puxa-me só para ele.

- Nós não devíamos fazer isto - ele abre as minhas pernas e desaperta os meus jeans.

- Engraçado como isto é o que eu quis fazer desde que te conheci - ele inclina o seu corpo sobre o meu e planta-se beijos pelo meu pescoço e o meu peito. A sua mão agora entra dentro das minhas calças e explora um pouco pelo meio delas. Sinto os seus dedos a alcançar a minha cueca e logo solto um suspiro. Ele ainda nem começou e sinto que já me estou a vir.

- Eu desejo-te tanto - ele diz, enquanto os seus dedos acariciam a minha área prazerosa e vai penetrando os mesmos.

- Jamie - eu mal consigo falar. A única reação que solto é o arquear das minhas costas. Eu quero me dar por inteiro a este homem, eu quero ser dele esta noite.

Os seus dedos entram e saem de mim e eu agarro no mesmo pulso que controla essa mão, mas agarro com muita forca, como se me ajudasse a controlar a minha gritaria.
Logo, de imediato, ele tira os seus dedos e puxa os meus jeans para cima e volta a carregar-me nos seus braços.

Ele caminha comigo até ao seu quarto, enquanto me beija loucamente. Ele leva-me até à cama e abre a gaveta do lado da mesma e tira um preservativo.
Ele rasga com os dente e baixa de imediato as suas calças, colocando-o no membro.
Ele coloca-se em cima de mim e olha-me nos olhos.
- Tu queres o mesmo que eu? - ele questiona-me. SIM!! Eu quero tudo dele agora. Quero sentir o Jamie por completo em mim.

- Quero, Jamie - eu agarro nos seus braços na tentativa de puxá-lo para mim. - Eu quero-te dentro de mim, agora! - ordeno.

Ele acena e antes de me penetrar, ele enrosca a sua língua com a minha e devora-me por completo.
Ele entra dentro de mim e a minha pele arrepia-se por completo. O seu olhar conecta-se com o meu como se já estivéssemos conectados há mais tempo, para além do dia em que nos conhecemos.

Eu agarro na sua nuca e ele afoga o seu rosto no meio do meu pescoço e sinto a sua respiração quente, ofegante contra a minha pele... e os seus lábios chupam suavemente a minha pele, deixando marcas no meu pescoço.
Os nossos corpos se fundem e neste momento, eu tenho a certeza que estou completamente apaixonada por este homem.

...

- Espero que não estrague a nossa amizade - Ele ri-se, enquanto ele encara o teto e eu estou deitada em cima do seu peito.

- Nós não éramos assim tão próximos - brinco - Mas espero que não te iludas... não vai passar disto - aviso. Mas o quê que eu estou a fazer?? O plano era fazer ele se apaixonar e depois obter todas as informações... parece que quanto mais gosto dele, mais o afasto.

- Tu conheces muito bem como eu sou - ele brinca com o meu cabelo e eu franzo a testa e ergo a minha cabeça para olhar pra ele.

- Que irónico, há pouco, lembro-me de mencionares que eu não te conhecia de todo! - ele encolhe os ombros e levanta-se da cama.

- E não vais conhecer - mal as palavras saem da sua boca, uma faca é espetada no meio do meu peito. Até sinto o sangue a escorrer do mesmo e a minha vulnerabilidade agora está mais à vista.

- Não quero - eu levanto-me também e pego nas restantes das minhas roupas que se espalham no chão e apresso-me para ir em direção ao meu quarto.

Ele está encostado na porta com os braços cruzados enquanto observa-me.
- Estragas sempre tudo! - ele reclama ao mesmo tempo que estou a passar por ele.

- Eu? - direciono o meu copie para ele - Tu é que és um bronco que não tem em consideração os sentimentos dos outros - atiro

- Tu é que disseste para eu não me iludir que não ia passar de sexo - ele avança para mim e ficamos os dois a centímetros um do outro. Típico meu... afastar todos os outros e depois colocar a culpa neles e não em mim.

- Esquece-me - é tudo o que sai de mim. Eu viro as costas e ouço a porta atrás de mim a fechar com força. Se não tivesse olhado para me certificar que a porta estava em condições, pensaria que ele a tivesse partido.

Corro para o meu quarto e a minha fúria toma conta de mim. Tento manipular todas as informações que obtive dele ao longo da semana e escrevo tudo em papéis. Eu vou fazer a vida dele se tornar num inferno, só mesmo por esta sensação de inferno que ele me está a fazer passar.
Ninguém fala comigo assim, ninguém!

{Maybe the devil wasn't him}Onde histórias criam vida. Descubra agora