Cherry é uma garota fútil e inconsequente que veio de uma família milionária e respeitada. A um pouco mais de dois anos se mudaram para outer banks, a fazendo conhecer um garoto Kook. Ela só não esperava que iria se apaixonar por ele e viver em uma...
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O céu possuía uma coloração alaranjada, oque indicava que o fim da tarde estava próximo. Cherry percorria o caminho de volta para casa vagarosamente, enquanto pensava sobre a burrada que cometeu ao beijar o garoto Cameron.
Ela chegou em casa percebendo o total silêncio estalo no local. Duas empregadas que limpavam a cozinha cumprimentaram Cherry, que sorriu indo em direção ao escritório de seu pai. A porta estava encosta entre-aberta, sinal que Luigi estaria lá dentro; ela bateu na porta, ouvindo um "entre" de seu pai.
Ela entrou no local passando os dedos na mesa de madeira clara, e se sentando logo em seguida. Mirou os olhos para o quadro em sua frente com a moldura dourada. Apesar de parecer antigo, estava em ótimas condições; ela se lembrava de já ter visto o quadro antes, mas nunca havia parado para o observar calmante.
O quadro transmitia dúvida para Cherry, ao mesmo tempo uma agitação subia pelo seu corpo— a mulher desenhada era estranhamente parecida com Cherry. Porém, não poderia ser um retrato da menina, pois o quadro pertencia a seu pai muito antes dela nascer.
— Gostou do quadro, Cherry?—perguntou Luigi enquanto abria uma pasta cinza.— Você costumava ficar horas olhando para ele quando pequena.
— Não me lembro muito bem—disse ela dando de ombros— Qual a história por trás?—questinou ela se aconchegando na poltrona.
— Ela foi uma duquesa francesa, Ella Durand. O cunhado a matou envenenada, e na agonia da morte jurou que voltaria para se vingar... mas isso é só uma lenda.— deu de ombros.
— Bom, isso é assustador.
— Acho vocês parecidas. Mundo pequeno e conhecidencias gigantes!— disse o homem, guardando suas coisas.— Tenho que encontrar um cliente, sua mãe está fazendo compras. Qualquer coisa, me avise.
Luigi pôs seu sobretudo azul marinho e saiu da sala logo em seguida. Cherry continuava a encarar como se fosse um segredo a ser revelado. Ela se levantou subindo na cadeira de seu pai, tentando tirar o quadro da parede.
Ela o posicionou em cima da mesa, afastando alguns papéis que estavam espalhados. A garota começou a mecher no quadro, procurando qualquer coisa que pudesse fazer sentido em toda história do colar. Cherry acabou achando um pequeno papel com cordenatas, fazendo seu coração bater rapidamente.
Cherry não era a melhor em ler esse tipo de coisa, a sua única opção seria Rafe Cameron. Afinal, é ele quem está procurando pelo colar. Ela pegou seu celular discando o número do garoto, seu coração acelerou por ouvir a respiração pesada do garoto através da linha.
— Cherry? — Oi... é que eu achei uma coisa, e acho que pode ser sobre o colar. — Posso ir aí? você sabe, para ver oque achou... — Lógico que pode. — Tudo bem, chego aí em menos de três minutos.
Rafe segurava o pequeno papel com toda delicadeza do mundo. Os olhos de Cherry percorriam pelo corpo do garoto, ela não deixava escapar sequer um detalhe. Rafe havia acabado de sair da academia, seus cabelos loiros estavam bagunçados, e ele usava uma regata branca. Seus olhos repousaram no de Cherry por um segundo, sendo desviado logo em seguida.
— Eu acho que essa condenada da para a costa da ilha. Não tenho certeza, mas acho que sim.— disse ele, sem olhar para garota.
— Ele não esconderia um quadro na costa.—Cherry falou amarrando seu cabelo, na tentativa falha de não olhar para o Cameron.
— Foi um naufrágio.—disse o garoto com toda certeza do mundo.— Eu me lembro de meu pai citar algo sobre um naufrágio na costa da ilha quando criança. Só precisamos saber mais sobre ele.
— Chapell Hill?—perguntou Cherry, vendo o garoto concordar.
Cherry pegou seu celular tirando uma foto do quadro. Então subiu na cadeira o colocando exatamente no mesmo lugar de antes.
— Vamos?—questinou ela vendo o garoto a encarar de forma séria. — Põe um casaco, está frio lá fora.
Ela soltou uma risada fraca e saiu do escritório, vendo o garoto a seguir.
— Vai aonde? — Se vamos para Chapell Hill, precisamos estar bem vestidos.
— Como se fizesse alguma diferença, todos sabem quem você é. Sabia que sua família é a mais rica daqui né?
— Não me importo. Levanta da minha cama, você acabou de sair a academia e está fedendo a suor.
— Você gosta do meu cheiro, não?— perguntou Rafe, percebendo o olhar nervoso de Cherry.
— Não gosto de cheiro de suor. Vai tomar banho, e rápido. — Tudo bem, senhora. —disse Rafe se levantando indo até o banheiro.
(...)
Cherry estava sentada em um pequeno banco de madeira esperando Rafe achar algo que fizesse jus as suas paranoias. Ela podia ouvir a fraca chuva batendo sobre a janela do local, seus pés se mexiam de forma rápido, transparenco sua ansiedade.
Ela sentia uma onda fria em seu corpo, tendo que se agarrar em seus braços para que não congelasse alí mesmo.
— Tudo bem? toma meu casaco.—o garoto percebeu seu gesto involuntário e se levantou pondo seu casaco preto sob o corpo da garota.
Passaram-se trinta minutos que Rafe lia a mesma página do livro que havia encontrado. Cherry olhava para o garoto de forma gentil, percebendo o quão lindo ficava concentrado. Talvez não fosse um erro ter o beijado, ela sentiu o gosto do garoto e os arrepios que seu toque causavam. Mas tinha medo de ter perdido a amizade do Cameron, afinal ele ainda não conseguia manter o mínimo de contato visual com ela.
— Achei!—exclamou Rafe fazendo ela dar um pulo do banco que estava sentada.— Está preparada?