28- rivalidade

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— Esperem, eu não abri nada ainda!— exclamou Cherry, nervosa com a curiosidade dos amigos

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— Esperem, eu não abri nada ainda!— exclamou Cherry, nervosa com a curiosidade dos amigos.

Antes de abrir a caixa Cherry resolveu chamar seus amigos, estava nervosa demais para fazer isto sozinha. Ela passou a mão pelo primeiro envelope, lendo baixinho para si mesma. " Caccini's Fondazione " logo ao lado, havia um pequeno mapa da Itália, sem gravuras ou algo do tipo, apenas o esqueleto.

— Que símbolo é esse? — Cherry estava tão focada em abrir a caixa, que nem se deu o trabalho de responder Kelce.

— É o mapa da Itália, burro— Rafe respondeu o garoto de forma indignada, oque o fez revirar os olhos.

— Itália antiga— a menina o corrigiu, ainda olhando para o envelope.

— Abre logo!— pediu Dora em uma entoação animada, oque fez a garota o abrir de forma cuidadosa. Com medo que o papel fosse sensível.

Nele haviam diversas plantas do local, engearias e desenhos muito bem feitos, fotos e papéis que indicavam a compra da fábrica.

Mas aquilo não era suficiente para o grupo de amigos, eles precisam de mais respostas. Cherry passava a mão por todos envelopes que estavam dentro da caixa, os jogando em cima da mesa de madeira. Cherry abriu uns dos últimos envelopes, " Giornali e la sfilata" Ela podia sentir sua intuição gritar para que ele fosse aberto.

— Oque está escrito?— questinou Topper.

— Jornais e a parada. Provavelmente a fábrica foi desativada por alguma coisa.— explicou Cherry, abrindo-o de forma rápida.

— "Carlos Caccini começou a construir a Caccini's Fondazione em 1918, mas só foi aberta para trabalhadores em 1919. A fábrica foi um sucesso e trabalhadores de todas as partes da ilha procuraram por vagas de emprego, já que essa seria uma ótima oportunidade de conhecer a cultura italiana e os Caccinis, que se tornaram a família mais rica e influente da Itália e de diversos países, em 1780. Infelizmente a fábrica foi desativada 10 anos depois; Dylan Cameron, o sócio do local, veio a público se pronunciar após o ocorrido. —"Foi um trágico acidente, tínhamos tudo para a frabica funcionar perfeitamente. Mas, Carlos decidiu abandonar os negócios para voltar a sua terra Natal."— As palavras ditas por ele geraram uma onda de revolta para os moradores da ilha, pois todos os trabalhadores perderam seus empregos sem nenhum tipo de explicação de Dylan."

O clima tenso estalou-se no local de forma rápida, os olhares estavam sob Cherry, e a feição de dúvida era evidente para todos. A garota detestava esse tipo de clima, mas mesmo assim, tinha que passar por isso se quisesse continuar com toda essa caça ao tesouro.

— Os Caccinis e os Camerons já tinham essa porra de rivalidade antes.— murmurou a garota, em tom calmo e baixo.— Por que as coisas sempre dão errado para minha família?

— Nem tudo deu errado, sua família é a mais rica de vários países. Isso não é pra qualquer um.— disse Dora, tentando desfazer os pensamentos céticos da amiga.

— Crianças...— chamou Athena, adentrando o local com calmaria.— Cherry, temos visitas. Infelizmente...— murmurou a mulher enquanto revirava os olhos.

Não era nenhuma novidade que os Italianos não eram muito simpáticos e receptivos, odiavam responder as pessoas na rua, turistas ou pessoas que achavam ser melhores que eles. Por isso, odiavam receber visitas inesperadas ou até mesmo planejadas.

— Quem são?— perguntou a menina.

— Ward e Rose Cameron.— respondeu ela, fazendo os cinco se entreolharem.— Tem algum problema?

— Ah, lógico que não há algum tipo de problema!— disse Topper, transparencendo ansiedade.

— Ótimo então... eles querem conversar com vocês. Espero que não tenham arrumado problemas.— disse ela, direcionando o olhar para Cherry.
...

Os Cameros estavam sentados no longo sofá preto, enquanto seguravam pequenas xícaras brancas e delicadas. Os cincos podiam sentir a ansiedade percorrendo seus corpos de forma rápida; sentaram-se em grupo, do lado ao contrário do casal. Ward tinha um olhar indecifrável, parecia calmo, mas, ao mesmo tempo com um turbilhão de outros sentimentos.
Luigi e Athena sentaram-se ao lado do casal, ainda fixando o olhar sobre a filha, pois sabiam de seu temperamento e das coisas que a menina era capaz de fazer.

— Então, oque queriam falar conosco?— perguntou Cherry tomando a iniciativa. A garota respirou fundo sentindo seu corpo se acalmar lentamente.

— Ontem a oficial de xerife veio em nossa casa, parece que teve algum tipo de confusão na festa do menino Thornton.— começou Ward, fazendo Luigi negar com a cabeça.

— E? oque minha filha tem haver com isso?— perguntou ele, levantando-se e indo até uma grande bancada com diversos tipos de bebida, enchendo um copo com uma dose com whisky.

— Os Pogues, especialmente o grupinho de Jonh b, denunciaram nossos filhos.— naquele momento, os olhos de todos na sala arregalaram-se.— Então, pelo oque parece, nossa querida Cherry apontou uma arma para eles, depois de Rafe quase espancar um deles.

Quatro dos cincos tinham o olhar fixado sob o chão, menos Cherry. Ela sabia que não adiantaria inventar qualquer desculpa para essa situação; já que não era a primeira vez que acontecia uma coisa do tipo.

— Eu quem apontei a arma.— mentiu Rafe, na tentativa de proteger a namorada.

— É verdade... eu apontei sim uma arma pra eles. E apontaria de novo para proteger meu namorado.

— Namorado?!— exclamou Luigi.— Minha filha ameaçou pessoas e ainda está namorando.

— Eu quero saber oque aconteceu, Cherry.— pediu Athena, com a voz calma.

— Cherry...

— Tudo bem, eu aguento essa.— disse a menina com um sorriso amarelo nos lábios.— JJ me chamou de vadia, Rafe não gostou e foi pra cima dele, acabou que uma amiga dele se meteu no meio da confusão; quando vi que a situação estava passando dos limites, acabei me deixando levar. Desculpe-me, não foi minha intenção ameaçar alguém.

— E precisava apontar uma arma?— perguntou Rose, oque fez Athena direcionar seu olhar para mulher, quase a fuzilando.

— Você acha que eu vou brigar com alguém? eu sou uma Caccini, Rose. Nós somos superiores.

— Ward, Rose... acho que tudo já foi muito bem esclarecido. Amanhã irei comparecer na delegacia para ter uma conversa com a oficial. Muito obrigado por ter nos procurado, mas o assunto está sendo encerrado aqui. E, se puder; não comente mais nada sobre ele.— pediu Luigi, em entoação de ameaça.

— Tudo bem, Luigi. Muito obrigado pela recepção.— disse Ward, engolindo em seco.

— Crianças, acho melhor vocês irem para casa. Já está tarde, não?— pediu Athena.— se quiserem eu posso pedir para os motoristas levarem vocês.

— Tudo bem, senhora Caccini. Nós já estávamos de saída mesmo.— mentiu Dora, levantando-se e puxando os meninos consigo.— Não precisamos de carona, muito obrigado mesmo.

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𝖘𝖚𝖒𝖒𝖊𝖗 𝖓𝖎𝖌𝖍𝖙𝖘| rafe cameron ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora