Ana sorriu, olhando nos olhos de Vitória. A maior deu um beijo na testa de Ana, a abraçando fortemente. Para ela, era como se a morena fosse escapar de seus braços a qualquer momento.
— Vitória, tem gente na porta! – ouviu Maju gritar do andar de baixo. Revirou os olhos levemente, suspirando e fazendo Ana rir baixo.
— Tenho que ir. – falou, abraçando-a por mais alguns segundos. Selaram seus lábios rapidamente, e então as duas saíram do banheiro. Vitória logo ficou à frente de Ana, dando uma piscadela antes de sumir de seu campo de visão.
A morena a observou de longe, dando um longo suspiro. Esperou um tempo e então seguiu até a sala, se sentando no sofá. Olhou as pessoas que haviam acabado de chegar, já as conhecia de vista de seu colégio. Entortou os lábios, pegando seu celular e respondendo as mensagem de Ester e Pedro: “e aí, deu tudo certo?”
"deu sim.", respondeu. Logo, ergueu o olhar pra Vitória, a observando conversar com alguns de seus amigos.
Aceitou mais um copo de bebida alcoólica desconhecida quando lhe ofereceram e ficou bebendo enquanto cantarolava a música que tocava no ambiente.
Durante a noite, Ana aceitou mais alguns copos desconhecidos. O suficiente para procurar Vitória algumas vezes, mas ela sempre parecia tão inacessível.
Era como se aquela Vitória, na frente daquela gente esquisita, não fosse a sua Vitória. Não fosse a Vitória de horas atrás que disse que a amava exagerado.
Ana se frustou ao perceber que Vitória tinha duas faces, mas que ela não conseguia amar só uma delas.
— Vi? Posso ter um pouco do seu tempo? – pediu, chegando por trás da cacheada, quando ela ficou sozinha por alguns segundos.
— Oi… – Vitória sorriu, oferecendo à Ana seu copo. Como de praxe, Ana aceitou, virando uma boa quantidade e devolvendo o copo à cacheada. — Vamos na cozinha?
Ana suspirou e seguiu a loira até a cozinha. Assim que chegaram, a mais alta puxou Ana Clara pelo pulso, selando seus lábios demoradamente.
— Tá gostando da festa? – foi o que Ana perguntou assim que os lábios se separaram, apesar de outra coisa se passar pela sua cabeça.
— Sim! Tô adorando, principalmente porque você tá aqui. – ela respondeu, sorrindo. A menor sorriu fraco, pegando na mão da cacheada.
— É… – Ana soltou uma risadinha. — Tu viu? Que eu tava aqui.
— Como assim? – a loira perguntou, olhando para o rosto da morena.
— Tu praticamente não me conhece na frente dos teus amigos, Vi. – a mais baixa murmurou, mas antes que Vitória respondesse, ela colocou o indicador na frente de seus lábios, em sinal de silêncio. — Mas tanto faz.
— Tu sabe que… – a mais velha tentou justificar, mas Ana a cortou.
— Não diz nada. Já disse que tanto faz. – a mais baixa repetiu.
A loira suspirou fundo, e na falta do que dizer, beijou Ana Clara novamente. Após alguns segundos, levou sua mão até o rosto da menor, acariciando levemente sua bochecha. Porém, cessou o beijo ao ouvir um barulho vindo de perto, olhando para a porta e soltando a respiração, aliviada, ao ver Maju vindo na direção das duas.
— Tem bastante gente… – ela comentou. Enquanto a cacheada riu baixo, se afastando minimamente de Ana.
— Pois é. – Vitória falou simples, olhando para Ana. Pôs as mãos na bochecha da menor, selando os lábios rapidamente. — Eu vou voltar pra lá, tá bom?
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Todas as noites
RomanceNuma cidade pacata, tudo se transforma em novidade, então, a chegada da nova aluna no tradicional colégio de Araguaína passa a ser comentada por todos. Ana Caetano não se importava o suficiente pra isso, ou ao menos pensava que não. Um pouco de álco...