Separated by blood

3 ans atrás

Tinha pessoas por toda a casa, em dois dias seria meu aniversário de décimo oitavo ano, como uma boa garotinha do papai o meu aniversário era minha data favorita do ano, eu recebia toneladas de presentes e uma grande quantidade de bolos de dinheiro no dia da festa. Era uma tradição trazer notas para a aniversariante.

Eu costumava amar tudo àquilo há uns anos atrás, quando pensava que o dinheiro vinha do trabalho daqueles homens, mas hoje sei que esse dinheiro não é tão honrado assim.

* vem no escritório me encontrar hoje ??

* no meu horário de aula !

Eu estava acostumada a matar aulas, mas nós últimos 6 meses, eu saia pra me encontrar com Billie, estávamos cada dia mais apaixonadas e era tão bom está com ela.

Eu eu acho que a maior parte disso era que ela não se importa com quem eu era e não me tratava como uma boneca, e ela não tinha medo do meu pai, ela era a única que poderia esta na mira da sua arma e não tremer com isso.

Como combinado, cheguei no escritório dela, eram um clube em um lado obscuro da cidade, os seus guardas já me conheceiam e me deixaram entra sem qualquer resistência, fiz meu caminho até  sua sala.

Billie estava lá, coberta de vermelho sangue, ela parecia com uma garota de filme de terror, lindos olhos azuis celestiais e pele extremamente branca, e é claro coberta de sangue de alguém.

— Baby pega uma roupa limpa pra mim por favor — ela diz ainda tendo limpa as mão de sangue.

— Teve um dia agitado? — pergunto indo até seu armário ali.

Seu trabalho as vezes ficava sujo, então ela sempre tinha roupas limpas no escritório, e eu amava escolher roupas pra ela. Ela tinha um estilo maravilhoso, e ela se importava muito com isso, apesar de que ela ficava quente com qualquer coisa.

— Camiseta preta com a frase " minha arma minha melhor amiga " shorts minúsculo de academia e sutiã de renda branca, o que acha ?

— Perfeito, cadê a calcinha ? — ela pergunta.

— Ei eu estou tentando ter menos trabalho mais tarde e você acabou de perder o direito de usar sutiã — digo em um tom de raiva

— Ok, você quer ir ao banheiro comigo ?  — ela pergunta.

— Não com você assim — aponto para o sangue todo na sua roupa.

— já voltou.

Quando ela some no banheiro vou para o bar, estava afim de alguma bebida, algumas das prostitutas estão lá, ela me olham de cima a baixo quando me aproximo.

— Posso ter alguma bebida? — pergunto pra garota atrás do balcão.

— Claro — ela sorrir.

— Ótimo mais uma pra mandar — diz uma das prostituta em um tom baixo.

— Não liga, elas estão assim por que Billie não vai mais atrás delas e nem o Finneas — ela solta uma risadinha.

— Tudo bem — Dou de ombros.

Elas continuaram cochichando enquanto tomava a gim tônica que a garota do bar tinha preparado.

— Ok, vão se arrumar, tá na hora ! — gritou a garota do bar para as prostitutas.

Ela revirou os olhos e voltou a falar comigo.

— Elas não aprendem o lugar delas — ela diz — Você é a Alyssa né?

— Sim, e você ?

— Claudia — ela sorrir.

Ela tem grande olhos verdes e um largo sorriso, ela está vestindo roupa de academia e agora olhando melhor ela não parece uma garçonete.

— Você trabalha aqui ? — pergunto.

—Sim... mas não sou garçonete, só tô dando uma força pra Serafine, eu sou lutadora...

— E dona do meu coração... — diz Finneas nos interrompendo — Oi Alyssa

Billie tem me mantido afastada da sua família, exceto naquele dia do almoço, mas ela não me levou na casa dos seus pais até então. 

— Oi Finneas...

Billie apareceu e me puxa do banco e olha estranho por copo a minha frente, digo que queria beber um pouco, ela desconversa e diz que temos que ir, me despeço rapidamente deles e vou com ela.

— Você está calada hoje... — ela comenta — Pensei que tava animada pro seu aniversário.

Sorrir por que ela lembrou disso, mas ainda estava incomodada com o jeito que ela me mantinha longe da família dela.

— Você tem vergonha de mim ? — perguntei 

Seus olhos vieram até mim antes de voltarem para a estrada.

— Claro que não, por que acha isso ?

— Você parece não querer me envolver com a sua família...

— Minha família vive e respira a Marfia, você parece odiar isso, não quero te entediar.

— Ah Billie, não gosto do jeito que levamos a vida, mas é nosso mundo, de qualquer forma não podemos fugir disso...

— Você tem razão... — ela olha pra tatuagem no seu braço.

É uma coroa com uma faca enfiada nela, é quem ela é, uma integrante da marfia dos o Connells da Costa Oeste.

E não quero que ela reprima quem ela é por mim e muito menos por qualquer um.

— Eu tenho orgulho de você Billie, de quem é —  seus olhos se enchem de surpresa — você é uma lenda, desafiar o pai e se torna capo...

— Mas minha maior conquista é você Belladonna...

Daquele dia em diante eu passei a entender mais sobre o que é ser da marfia, e o orgulho que seus integrantes sentem, é como o amor, e incrivelmente assustador e ao mesmo tempo o que você mais quer, e algo pelo qual você morreria.