Não podemos continuar juntos com desconfiança

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O coração que não é preparado, agoniza muito mais do que o sofredor compulsivo. Obito mal se lembrava quando havia sido a última vez que seu coração sofreu por alguém, mas naquele instante em que Sakura fechou a porta e foi embora, ele desabou.

Ela havia se entregado para ele, ele sentiu sua energia, não tinha sido apenas sexo, ela mesma disse, eles fizeram amor!

Ele não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer, ele contemplou o jeito que ela o olhava, sentiu o jeito que ela o beijava, não eram beijos comuns, eram beijos que queriam experienciar a alma, foi entrega total.

As carícias trocadas naqueles beijos, os lábios ardentes, línguas molhadas e respiração caliente... Como ele poderia esquecer isso tudo agora?

Como assim: "Isso não vai mais acontecer"? Como ela podia dizer isso? Nem parecia a Sakura que ele conhecia, parecia fria e indiferente.

Como ela podia simplesmente ter ido embora e deixado ele perdido e vazio? Sentado no chão frio, cerrou os punhos e com um olhar determinado, decidiu que era a hora de fazer o que fosse possível para ter Sakura de uma vez por todas.

Naquela noite mesmo, Obito foi até a casa de Deidara.

— Capitão! — Deidara olhou estupefato para os olhos opacos e ao mesmo tempo raivosos de Obito, nunca tinha o visto assim. — Entra. O que aconteceu com você, tá doente?

Hinata se aproximou rebolando e com um sorriso estampado no rosto, foi de encontro ao Uchiha, que a empurrou de leve com a mão e sequer a olhou.

— Me deixa, Hinata, preciso falar com o Deidara.

O loiro olhou para Hinata depois que fechou a porta e, com o cenho franzido, fez um sinal para que ela ficasse quieta.

— O que aconteceu, meu irmão? Algum problema sério?

— Eu aluguei o apê, posso levar a Hinata amanhã? Preciso fazer isso, Deidara... preciso.

Obito estava com um aspecto abatido e parecia querer suplicar com urgência a ajuda do amigo.

— Tá ok, Obito. — Deidara não havia aprovado cem por cento a ideia de Obito, mas com a voz baixa e conformada, anuiu com a cabeça. — Pode, né, hime? — perguntou para ela, que concordou. — Espero que ela consiga te ajudar.

A garota de longos cabelos negros e brilhantes somente ficou olhando de onde estava, sentada a uma certa distância dos dois.

— Obito, você está assim porque vocês se beijaram? Não fica mal assim, Capitão, seu plano vai funcionar, não esquenta — disse Deidara.

— Não, Deidara... Já passamos para a próxima fase — retrucou.

— Ahhh... — Deidara se encostou no sofá e com a boca entreaberta de surpresa, esperou por mais palavras do Uchiha.

— Ela foi embora, Deidara. Ela me quis, foi intenso demais, ela virou meu mundo do avesso.

— Puta que pariu, Obito!

— Eu sei que ela me quer, uma coisa assim não tem explicação, não posso deixar acabar.

— Vai na fé, Obito, se ela gosta de ti, você não vai estar fazendo nada errado, mas... E aquela história de não furar olho de amigo? — perguntou, sorrateiro.

— O Itachi não é meu amigo. Não mais.

Os olhos de Hinata brilhavam enquanto ela observava e ouvia tudo o que Obito dizia. A garota era apaixonada por Deidara, eles eram realmente um casal, um pouco extravagantes, mas se gostavam de verdade. Tirando o fato de ela sentir calafrios quando Obito estava por perto, ela era dedicada e fiel ao namorado. E apesar de Deidara saber do fogo que ela sentia pelo Uchiha, não se aborrecia, achava que era o seu jeitinho maluquinho de ser e até se excitava lembrando disso quando estavam a sós. E outra, ele confiava em Obito.

Rivalidade UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora