Sakura e Itachi, em uma cabo de guerra invisível, ficaram sem se falar dentro da própria casa desde o momento em que chegaram de Konoha até a hora de dormir, quando a costumeira sensação de intimidade foi substituída por um grande incômodo de se deitar na mesma cama.
— Sakura, você vai fazer esse jogo mesmo? Não vai mais falar comigo? — O marido, sentado na beirada da cama, observou a mulher se acomodar entre os lençóis, fazendo a mais absoluta questão de ficar o mais longe possível dele.
— Itachi, eu estou cansada da viagem, você fez um papel ridículo, me expôs na frente da sua família me acusando de coisas, eu não quero falar com você. — Com um olhar baixo se cobriu virando-se para o outro lado.
— Amanhã você vai encontrar o seu amante, por isso não se importa mais comigo — disse provocativo com a voz áspera.
Sakura sentou-se na cama e o fitou com ódio.
— Eu não admito que você continue falando assim comigo!
— Se você não quer nem conversar comigo, como podemos voltar a ficar numa boa? — perguntou, incomodado.
— Eu não sei se vamos voltar a ficar numa boa.
— O que você quer dizer? — Aumentou o tom de voz e se inclinou para ela, agarrando o seu pulso. — Você não me ama mais?
— Itachi, por favor. — Olhou para seu pulso e voltou a olhar para o marido. — Está me machucando.
Numa velocidade e agilidade enormes, subiu na cama e se posicionou sobre ela, a imobilizou com o peso de seu corpo e segurou seu maxilar com uma das mãos, as bochechas subiram com a força da compressão.
— Eu não vou deixar, Sakura; você não vai me trocar por alguém como o Obito, está me ouvindo? — sussurrou de maneira assustadora perto de seu rosto.
Desceu uma das mãos e enfiou por debaixo do lençol, passou calcando com urgência pelo seio esquerdo e continuou pela lateral do corpo alcançando os quadris, apertou a lateral com a mão aberta, sacudiu as carnes da mulher, que o observava com certo temor.
— Você é minha, Sakura, tudo isso aqui é meu, eu sou homem e tenho direitos sobre você, por isso nos casamos.
— Me larga, eu não sou sua, não sou de ninguém! — Tentou se desvencilhar dele e o empurrou com as mãos.
Ele parou e saiu de cima dela. Estava perdendo o controle da situação, não enxergava que assim a afastava ainda mais. Sentou-se um pouco desorientado, esfregou a mão no rosto e sentiu-se dominado por uma instabilidade desconcertante.
— Me desculpa. Me desculpa. — Sem olhar para ela, pegou seu travesseiro e foi para a sala. Acabou dormindo por lá.
De manhã, quando Sakura saiu do quarto, Itachi não estava no sofá e nem em parte alguma, tinha saído. Ela sabia que às vezes ele saía bem cedo para correr, mas não se preocupou em descobrir, aproveitou sua ausência e foi para a Fujutsu.
Ela se sentia mal, estava inconformada com o jeito que Itachi estava fazendo as coisas, mas se sentia culpada, havia beijado outro homem, ele não sabia, mas ela sabia que ele tinha razão para seu ciúme, afinal, ela não gostaria que ele beijasse outra mulher, se colocou no lugar dele e entristeceu. Precisava se acalmar e se acertar com ele, queria ter seu antigo casamento de volta, sempre foram muito felizes e ela ainda o amava.
Estava decidida, tinha pensado por um bom tempo durante à noite e se afastaria de Obito, era uma decisão tomada, irreversível.
Saiu do metrô, caminhou pela calçada e tinha sua ideia fixa, firme na cabeça, falaria com Obito e daria um ponto final naquela amizade que acabou virando outra coisa, outra coisa que ela não queria. Sakura amava Itachi, não tinha nenhuma dúvida. Obito era bonito, sedutor, cavalheiro e produzia nela um sentimento avassalador, mas era um capricho, uma ilusão, sua vida era com Itachi.
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Rivalidade Uchiha
Fiksi PenggemarO coração de Sakura Haruno sempre teve um só dono: um Uchiha que mantinha um segredo e um grande rival. A mulher, bem sucedida no amor e na carreira, acaba descobrindo que há outros Uchiha's no mundo e que seu coração é muito imaturo quando se trata...